
Eu não quero um amor para me prender. Eu quero minhas férias, e as minhas viagens, eu quero economizar e ter uma conta poupada. Quero desperdiçar naquilo que me alegra e me faz bem. Eu quero viver suas aventuras mesmo que causem minha morte. Eu quero fazer o pedaço de vinte um gramas que me foi dado valer a pena. Eu não quero ser mais um velho sentado em uma cadeira de balanço, eu quero sentir o vento de verdade, dizer que eu ouvi uma ópera quando não mais existiam.
Se eu ficar cansado segure minhas mãos para o céu até que eu pare de falar. Eu quero um Arão e três pedras. Eu quero desejar o bastante e ser respondido. Eu quero ser limpo e não emporcalhado. Dissipar uma fumaça escura e ver dentro das pessoas, seus limites com apenas um olhar ou toque. Gritem, soem tambores de couro. Queremos mais do que temos e não desistimos mesmo quando estamos afundados. Atolar-se não significa nada. Eu preciso de fé que todas as pequeninas coisas vão dar certo.
Você precisa de força, esperança assim como eu. Eu só vou ir para casa. Vou segurar nas mãos de muitos, verei olhos brilhando, bocas exclamando e um alto som dizendo que todos estavam errado. Somos mais do que irmãos ou amigos. Eu lutarei em uma grande batalha. Não haverão laços ou amarras, apenas armas. Correremos por campos, falaremos entre si. Sentiremos como muitos. Um gigante, um menino, nove meninos. Um chamado. Corram.
Daí eu esperei um minuto e ele veio chorando pra frente, eu não acreditei!
Um comentário:
voce escreve muiito bem (:
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