
Eu ainda tenho muito pra te dizer. Mas isso não fará as mãos assassinas pararem, permanecer e correrem o risco de não seguir seu manual mortífero. Isso está nos matando e ninguém quer saber sobre esse som estridente sobre o prédio. Tantas pessoas estão olhando para o topo, e a cobertura é o único lugar para onde eu posso olhar. Eu subo as escadas, eu anseio por tempo, entro em um elevador, chego ao destino. Quem me espera? A vida planejada, ou a música acentuada. Eu preciso de algo pra cantar, porque estou só.
Eu quero mexer meus pés, enquanto eu te pego nos braços e caio por mil andares, é tanto vento que meus cabelos desapegam a aparência habitual. Nós simplesmente aterrisamos, o inimigo está no chão. Parado, sistemático, imóvel, desentoado. Eu sigo uma rua com você. Iremos pro campo, antes que nos encontrem, ou antes que eu te encontre nos meus sonhos. Se for preciso, salvarte-ei quantas vezes preciso for.
Agora eu posso te dizer, e manter-te nos meu braços. Flores são apenas presentes, jóias são apenas materiais, cartões são apenas memórias. Meu abraço, seu abraço, nosso abraço, é tudo neste momento. Neste momento. E como é difícil fazer o tempo parar, o calor acabar, a chuva parar. Eu queria ficar aqui, parado, deixar que nos encontrassem. Mas eu não posso, eu corro, vivo fugindo, correndo sem sair do lugar, movendo os pés como a dança daqueles que nada sabem. Estamos a sós, nada acontecerá, estamos em segurança, e no momento é tudo que você precisa saber.
Amanhã eu preciso buscar o dvd no concerto!
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