
E arrumadinho lá na sala, todo organizado com jogos, aplicativos e todo tipo de programa da época, descansava o meu computador. Eu fiquei meio que sem palavras, nunca fui bom em expressões quando recebo presentes. Eu costumo ficar feliz, quando ganho de um amigo, faço uma cara de agradecido e digo que gostei, mas quando seus avós te te presenteiam com algo, a expressão precisa ser maximizada, mesmo que você não queira, precisa agradá-los. Tudo que eles querem é ver um "Wow!" e muitos "Nooossa!", acho que você entende. Mas eu realmente fiquei sem palavras e agradeci bastante.
Acho que ficaram feliz na época em conseguir uma surpresa pra mim. Eu sempre reclamava que nunca ganhava algo que fosse uma surpresa. Todo presente me era dado o dinheiro e eu escolhia. Ninguém costumava pesquisar o que eu queria, e me surpreender, mas aconteceu, e foi muito bom, principalmente por sabaer que eles entenderam a mensagem na época. Bons tempos aqueles, em que eu pensava que ia ganhar um cachorrinho.
Depois de tudo aquilo, o computador se tornou um vício, que aos poucos eu precisei trabalhar para largá-lo. Se consegui ou não, é outra história, mas o que mais gosto de lembrar é que quando sento aqui me frente a ele, tenho em mãos uma surpresa, um presente dado com carinho, pensado, planejado, que talvez eu nunca mais ganhe igual. Tenho em minha frente uma lembrança, um momento, uma foto na memória do quão divertido uma manhã de sábado pode ser. E só pra saberem, não veio nenhum cachorrinho com o computador.
Filho, levanta, vem ver o cachorrinho que a gente comprou pra ti...
Um comentário:
Aaai Davi que legal..
eu adorei (:
Super alegre essa sua lembrança!
Beiijão!
Adoro voce..
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