
Eu corri cambaleando, as pernas sentiam um pouco de dor, nada importante, mas exaustivo. Já era noite, por volta de dez horas. Cheguei logo, e ela me abraçou, outra já estava em cima da cama, ele me disse que não cuidava dos remédios dela, e a menor me contou o que tinha acontecido. Eu me sentei, peguei na mão dela e disse o que me veio na cabeça, não tinha nada muito realista pra contar ali, além das minhas piadas sem graça que a fizeram rir.
Após dez minutos com o médico conversando, eu entrei de novo, me ligaram, e eu precisei sair correndo de novo. No fim da noite, eu assisti um filme, deixei a cabeça um pouco descansado deste tumulto todo. Disse pra eles no hospital que se precisassem de mim poderia me ligar a qualquer hora. E sim, eu estava assistindo aquele filme. Henn e eu rimos em algumas partes, e andamos de carro durante a madrugada, Lajeado não é uma cidade muito cheia, e os programas noturnos são apenas vagar de carro pela cidade.
Cheguei em casa às quatro da manhã, logo amanheceria e eu correria pro trabalho, naquela altura do campeonato eu não acordaria facilmente, por isso dormi à luz da noite. Bem quieto, com a luz dos postes, com a luz das estrelas, com o frio da rua. Deitei no chão e enxeguei as ruas da minha cidade. Meu apartamento estava solitário. Não havia mais ninguém em casa, simplesmente acabado por um dia corrido, deitei, puxei o edredom e fechei os olhos tentando captar as últimas idéias de um dia tão corrido.
David, a minha mãe tá no hospital, vêm pra cá agora...
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