
Logo que ele descobriu que partilhávamos algumas idéias, me levou pro seu grupo de amigos, e alí eu convivi por muito tempo. Logo no primeiro ano, eu me espelhava muito nele. Era meu melhor amigo, um tipo de líder que eu tinha. Sempre torcia muito por ele em qualquer situação, até bem mais nas teatrais, e cada vez que fazia algo, xingava a sociedade ou falava sobre coisas que eu nem ao menos imaginava do que se tratavam, eu assinava em baixo, apenas por saber que tinha um bom amigo ao meu lado. Com quem eu repartia com mais duas pessoas chocolates nas tardes de inverno, o que me fazia feliz.
Por sinal esta é uma ótima memória minha que nunca colocaria em uma penseira, descer várias quadras do centro pra dividir entre quatro um tablete de chocolate, pra jogar papo fora e sentar. Já era tarde, quase escuro, mas ninguém se importava. Havia uma amizade muito forte naquele momento, entre todos. Um dia ele se formou, foi embora, viveu a vida com gente grande, e eu fiquei lá, chorei muito na despedida teatral, estava perdendo um irmão, e nós artistas, sempre fomos meio sentimentais, ossos do ofício.
Eu fiquei na escola, e ele sempre vinha visitar a gente. Mais tarde, nas festas, ou jantas, ou quando dava. Ou quando sobrava tempo, ou quando a gente se falava no msn, ou no orkut, ou em um comentário de foto, ou por avisos em celulares de outras pessoas. A distância veio com o tempo. E sim, eu também sou responsável por ela. Ocupado demais. Mas algo me diz que se hoje fosse ontem, e amanhã fosse hoje, a amizade permanece igual. O que muda o poder de uma amizade é a convivência e essa é minha opinião. Grande amigo esse que mudou meu ensino médio, como líder, como irmão, como herói, como grande parceria em todos os momentos. Uma singular pessoa.
Tu é o novato!
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