
Eu penso na minha quantidade de tios. Tenho um casal que mora longe, mas que de certa forma nos ligamos pelo modo fleumático de ser. Outros dois que moram perto, onde dividem sua filha para ser um tipo de irmã pra mim. Mais outro casal que com seus três filhos me fazem feliz para todo tipo de aventura. Eu tenho mais um casal com quem não falo há algum tempo. Eu prometi a este meu tio que iria visitá-lo, mas agora, depois de todas estas intrigas e todas as bobagens deste mundo eu me sinto afastado da pessoa que maior intimidade tinha com meu pai.
Meu pai morreu, mas eu lembro do quanto ele gostava de cuidar das pessoas, do quanto amava minha mãe, das conversas únicas que a gente tinha por ano. Das mil e quinhentas vezes que o telefone tocou o chamando para salvar alguém no dia do jantar em família. Eu realmente sinto falta dele, mas lembro o quão cansado ele estava no final de tudo. Eu lembro como ele me olhava quando pensava na vida e o quão bobo ficava quando queria brincar. Ele era o tipo que não media esforços para te fazer rir. Momento que eu não consigo recordar de ter há anos.
A família é o meu refúgio humano. Meu abraço quando me sinto triste e abatido, e todo tipo de porto seguro quando preciso correr. Meu avô me aconselha muito bem, e os anos tem pesado sobre ele, me dando conselhos melhores. Minha avó sempre me abraça, e eu nunca vou esquecer dos abraços dela, nem daquele sussurrar "eu te amo...". Não posso esquecer da minha mãe nunca. É ela quem cuida de mim, é ela quem me entende mesmo não entendendo e é com ela que eu conto quando preciso de uma mão. Tenho amigos, tenho pessoas com quem contar, mas o seu lar, sempre será a presença familiar ao seu redor. Sua família sempre te ama, mesmo com palavras difíceis. O amor está lá, só é preciso encontrá-lo.
Eu não sei o que vou fazer quando o vô e a vó partirem...
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