
Eu estou tão arruinado agora, tão afundado pela correnteza que mal penso no que fazer, mal penso no que dizer, no que pensar, eu só queria, eu só queria, eu só queria poder voltar oitenta minutos atrás e refazer tudo de novo. Acha que eu posso? Não. Daí bate o desespero, a insegurança, o medo. E tudo começa de novo, todas as dúvidas sobre nove anos de vida, sobre duzentas e trinta escolhas e todo tipo de pântano escorregadio que eu decidi seguir. Nem eu mesmo sei pra onde ir, é só uma questão de tempo até que alguma coisa aconteça.
Daí que me importa meia dúzida de murais na parede, tintas na parede, vermelho escorregando, quando o único lugar que precisava ser marcado se foi? Eu perdi tem noção do que é isso. A única coisa que eu não queria fazer. Agora é tarde, e sim o peso de consciência é enorme, tanto que acaba me esperemendo entre lembranças vazias que me fazem sentir vergonha quando penso no que me tornei, e no que falei.
Eu não quero esta realidade, eu não quero este final. Na verdade eu não tenho a mínima idéia de para onde minha história anda, então a única coisa que conta é a vontade de ser feliz, e a intrigante certeza sobre nada. Pior que sofer uma decepção de alguém, é sofrer uma decepção própria quando se acredita ser capaz de vencer. É melhor você começar a pensar em algum plano, porque pelo que eu imagino, ninguém pode sair ileso desta vez. O tolo sou eu, ou algo parecido, deveria ter ouvido as instruções, não entendo nem uma sílaba deste jogo e persisto em jogá-lo. Simplesmente não sei para onde andar nesta sessão. Prefiro correr sem saber pra onde ir enquanto fujo da decepção.
Vamos ver 2012!
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