
Porque você passa horas na frente do espelho, quando a parte mais bonita em você não se faz vista por quem deveria ver. Eu simplesmente me encolho, eu não dou bola, eu não encho o saco e nem a bola. Eu faço o que devo e deixo as pessoas pensarem sobre o que eu falo. Descobri que faço as pessoas meditarem, pensarem sobre a vida, sobre as escolhas e toda essa massa interrogativa e estereotipada. No fim eu deixo os pensamentos voarem em algum momento e corro de volta a época em que eu sentava no banco e não fazia nada. Mas essa fase passou, eu sou diferente, e se existe algo diferente é o saber que não tenho segredos.
Segredos, ah como eles sempre me fazem lembrar do verão. Não que eu tenha feito algo no verão, mas amo o inverno e o que ele sempre me traz. No último eu ganhei algo embrulhado numa manta, e a memória tornou-se persuasiva, não a esqueço tão fácil. Talvez fácil como aconteceu, mas as palavras me rompem como papel amaciado e eu me sinto tomado por elas. Enfim tudo mudou pra mim, e tanto tempo, tanto tempo mesmo passou pra mim. Como se semanas fossem horas e meses fossem segundos. O tempo se perdeu nos meus pensamentos.
Não me perdi. Me encontrei. Mais do que em qualquer fase da minha vida. Eu entendo agora o amor dos coríntios. Aquele da décima terceira conjugação, não se trata de paixão cheia de fogo, mas sim de saber viver alegria, tristeza, dias de sofrimento e também de alegria. Todos os tipos de sentimentos lavados de reviravoltas, de compreensão. Amor compreende, amor luta. Paixão dispersa, com pouco tempo leva a desistência. Eu penso nos amores, nos rostos infortunos do passado e lembro do meu futuro, dos meus presentes. Eu sei caminhar na direção certa, eu sei onde estou. E pela primeira vez na minha vida, eu sei onde estou. Nada muda minha alegria, nada rouba minha alegria. Ninguém consegue tirar nada de mim. Eu sou o que sou. Eu mesmo.
Apresento a vocês o irmão gemada, quem mandou pintar esse cabelo! E depois, não esqueçam festa na piscina da Sarah!
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