
Entrei no msn, perguntei se não haviam problemas em ir até sua casa, e desci as escadas com meu embrulho nos braços. Algumas quadras depois eu subi uma pequena escada que me cansou muito, toquei uma campainha, abriu se uma porta e estendi meu projeto dos últimos dias. Ouvi dizer que alguém amava aquele tipo de coisa, e por alguns minutos fui atacado por certo tipo de canina rechonchuda. Desci a mesma quantidade de escadas e vi uma velha salinha cheia de memórias e dei mais alguns passos. Como sempre haviam pessoas na sala, mesmo que dentro de um computador, o que me lembrava que a vida não muda tão fácil, eu mostro alguém de terno, risadas afloram.
O assunto vem, a canina chora. Tudo está bem ele diz. A campainha toca mais uma vez. Salvo pelo gongo. Eu subo a escada, e dou o abraço de posts atrás. Mas será que foi esse, ele se pergunta. Finge um susto, dá outro abraço e caminha em direção a rua deserta novamente. Acena. Está tudo bem. Tudo está bem. Ele escreve isso na mente mais uma vez, antes que tentem dizer o contrário. Antes que alguma coisa desmorone e ele faça bagunça com os pensamentos. Ele só consegue lembrar do que Imogen Heap dizia, deixa que os pensamentos afluam e vira a esquina.
Duas ligações o abordam e ele sai delas. Coloca um casaco, sobe uma montanha, deixa que tudo seja levado pela noite. Grandes coisas aconteceram hoje ele diz. Ninguém vai impedir. O que talvez um dia venha a ferir o seu coração é a incerteza dos fatos a seguir. Do que você pode ou não dizer, ou fazer. Ser corajoso ou sincero às vezes é o combate mais correto para com a destruição dos seu muros. A verdade é que nunca completará o mesmo quadro, e você precisa acreditar que alguém conseguirá. Pra isso, precisa-se de muito fé. E eu preciso acreditar. Preciso.
Está tudo bem?
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