
Um milhão de pessoas, suas mãos levantadas pro ar. Uma mensagem, um coração, totalmente singular e em completa harmonia com o todo. Se era singular eu não sei, mas que era um conjunto de vozes, sim, pode se dizer que sim. Houve música, houve show, houve uma promessa no meio da multidão. E enquanto milhares de pessoas diziam o mesmo que eu, eu sentia, mesmo que pareça egoísta e achista da minha parte, que apenas eu dizia. Incrível como um, só um momento, possa tocar o teu coração, melhor que isso. Tocar a alma, o espírito e todo corpo periférico. Era só fechar os olhos pra ver.
Foi então que eu colidi. Eu colidi. Eu, eu colidi. Você pensa ser forte, e em um momento apenas, vem tudo que você não imagina, ou é claro já imaginava, mas não acreditava que ia acontecer tão cedo. Aqui, agora, bem, que leve quatro anos então. Ou quatro meses. Quem disse que precisam ser quatros, eu sempre tive mais tempo do que isso. A vida é boa, assim eu diria ao Henn, ou How you doin pra Konzen. Tempo passa, e o que você não queria volta mais uma vez.
A pele sente apenas o que você deixa. E o respirar transmite o que você quiser. De olhos fechados você enxerga as meninas. De olhos abertos os rapazes. Desde quando é tão difícil cruzar linhas imaginárias. Eu devia saber pra onde andar e pra onde ir. Principalmente se for verde ou marrom. Muito mais se for azul. Menos se fossemos parcialmente nublados. Tempos de colidir, de aprender, e aprender é algo que eu gosto. Gosto, mas limita muito trabalho, e trabalho é algo que eu sempre fiz. Ou operei. Basta fechar os olhos pra enxergar o que eu quis.
Eu vou fazer, eu vou fazer, eu vou ser, eu vou...
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