
Amigos de verdade não são fáceis de serem encontrados, na verdade em toda a vida, é possível contar nos dedos de uma mão talvez a quantidade daqueles que mudaram o curso da nossa vida. Não se trata de alguém que te deu a mão para subir em uma árvora, mas daquelas pessoas que choram contigo na hora do desespero, que lutam contigo na hora da morte, daquelas que fazem o que não costumam, só pra que você se sinta alegre. Acho que esta deve ser a minha definição pra bom amigo, ou pelo menos a momentânea.
Mas para que eu não me perca, eu não conto segredos. Eu me fecho, como uma concha, pra que ninguém saiba o que se passa aqui dentro. Os problemas amarelos eu abro com uma pessoa, os vermelhos com outra, e os azuis com alguma outra. Maneira estranha esta de ser, mas que me possibilita continuar a ser eu mesmo. Conheço apenas três pessoas pra quem costumo contar todas as cores e todas elas não estão aqui. Então eu componho histórias pra quando nos encontramos, ou nos perdemos.
A verdade é que o David gosta de compartilhar a vida, quando tem certeza de que ele confia, independente da pessoa ser confiável. Mas alí está a confiança dele depositada. Ele prefere contar para muitos, porque amigos verdadeiros, que após anos não vão embora, são poucos, e prefere dividir seus segredos, porque toda vez que pensa no porquê de fazer isso, ele ouve uma voz que por muito achar dizia com todas as sílabas e com todas as vozes. Você se fecha, não conta seus segredos.
A praia está o máximo, deixa eu te contar o que tá passando no cinema...
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