
Parecia que não tinha passado nenhum dia, parecia que eu poderia como em um baralho de cartas juntar todos os dias, e cola-los, como se o mês passado tivesse sido ontem. Sabe, o resto não me importava muito, o resto era só passado, e tudo que eu realmente precisava estava alí. Parada na minha frente fazendo perguntas que eu com olhar altivo responderia. Tão piégas, mas real, aquilo acontece de novo, e sim, é um saco. Mesmos sintomas, mesmas idéias, mesmos problemas. Perdi a pressão, pensei o final de semana inteiro, uma intrometida em minhas dicas.
Daí então, eu escutei minha mãe me chamar, ela sente saudade do meu pai, ela chora e o meu coração aperta, permaneço parado por um momento, ela me diz o quanto sente sua falta, ela me diz que não tem graça sem ele, e eu penso, bem egoísta, confesso, que as folhas nas árvores talvez sintam menos dor que eu nestes momentos, elas não tem nada, a não ser o sol, mas nada sentem por si sós. Não invejo as folhas nas árvores, elas podem até não chorar, mas não sentem nada do que eu vivo. E viver, mesmo que triste ou alegre, é de longe melhor que pairar sobre o sol. Abraçado a ela, eu penso no quão triste tudo pode ser, quando se perde quem se ama.
E eu não aguento ver ela assim, tudo que você sente, pode mudar num piscar de olhos, tudo que você ama, sente, gosta, acredita, pode mudar quando menos espera. Então eu penso sobre o que me faz feliz, e o que me faz triste, e eu lembro que preciso me ater a realidade, que eu pulei algumas fases da vida, e que não há lavagem cerebral que me faça voltar, não é querer bancar o esperto ou coitado, mas ser realista sobre o que eu vivo, e onde eu vivo. De qualquer forma, estas duas pessoas, estes dois momentos, fazem meu mundo mudar, colidir, fazem sacudir o que vive de mais profundo em mim, seja em sentido de qualquer sentimento. Faz tremer tudo em mim.
Oi, eu preciso da tua opinião com estes aqui...
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