"Eu os vejo parados no baile de formatura da faculdade. Vejo meu pai vagando sob o arco de granito ocre, as telhas vermelhas luzindo feito placas de sangue atrás de sua cabeça. Vejo minha mãe sobraçando alguns livros leves, parada ao pé do pilar de tijolinhos com os portões de ferro batido, ainda abertos atrás dela com suas lanças negras no ar de maio. Eles vão se formar. Eles vão se casar. São crianças, são tolos. Só sabem que são inocentes, que nunca machucariam ninguém. Quero ir até eles e dizer: "Parem não façam isso. Ela é a mulher errada, ele é o homem errado. Você farão coisas que nunca imaginariam fazer. Farão coisas ruins a seus filhos. Vão sofrer de maneiras que nunca ouviram falar. Vão quere morrer. Quero ir até eles sob o sol do fim de maio e dizer isto. Mas eu não vou, eu quero viver. Pego os dois como bonecos de papel de homem e mulher e esfrego pelo quadril feito lascas de pederneira para tirar faíscas deles. Eu digo: "Façam o que tem que fazer e eu lhes direi tudo.""Como a voz dele soaria agora? O que ele iria contar? Vi que expressar meus sentimentos cada vez fazia menos sentido. Chris estava escrevendo sua história... E só ele poderia contá-la." - Trecho retirado do filme - Na natureza selvagem - Into the wild.
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