segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Perdi o dezessete

E hoje foi o grande dia em que por falta de tempo e organização acabei perdendo um dia no blog. Não que eu tenha um pacto para escrever todos os dias, mas por ser o tipo fleumático, acho que faz parte de mim mesmo essa coisa de organização. Me sinto frustrado por ter postado aos primeiros segundos da meia noite, horário tarde demais para quem gostaria de um arquivo diário, mas só prova que a vida não é perfeita, e que em algum dia perderemos algo, algo que talvez seja realmente muito importante.

Sim, singular tristeza, seguido de um murmuro. Resultado de meu feito ao perder o post, e isso me lembra que quando eu erro, cubro-me de uma sensação estranha. Sensação de que minha vida está desorganizada, em uma dimensão na qual eu não consigo viver, como se meu mundo fosse uma biblioteca, e de repente um livro daquelas imensas prateleiras fosse jogado no meio da sala. Lacuna é aquilo que está vazio, que se prende ao nada, que se demonstra desprovido de algo necessário, pelo menos no meu caso. E apesar de tudo, a melhor maneira de vencer tal lacuna, é continuar a escrever, manter o ritmo e não parar enquanto o trabalho não está terminado. Porque na vida não existem borrachas, nem corretivos. Apenas uma caneta, que por muitas vezes resolve cometer erros. Aprendemos com estes também, e assim continuaremos com pequenas fórmulas que nos ensinem como agir, falar, e ouvir, como se fossemos pesquisadores da vida e do universo.

Assim, vivo meus dias, examinando as antigas linhas para descobrir o que pode ser mudado, onde existem faltas, e em quais áreas devo me integrar ou me abster. O segredo é apenas não parar quando todos te dizem que é hora de desistir porque algo no plano deu errado. Se você souber que sua história ainda não chegou no ponto final, e que há muito mais para ser contado, simplesmente continue escrevendo o tempo que for preciso.

Perdi o dia 17...

Um comentário:

Anônimo disse...

Quem me dera se todos os meus erros se resumissem em ignorar dias. Ou que houvesse somente um livro fora do lugar nessa imensa biblioteca.
Quando a gente recolhe um livro do chão, procura o melhor lugar pra ele e ao se virar: PLAFT! 15 livros saíram do lugar. x.x
Mas é isso que faz a vida ter graça. É por isso que a cada dia podemos dizer que estamos mais maduros que ontem. E é simplesmente ótimo poder contar com pessoas que se interessam pela nossa biblioteca.

Me empresta um livro duper?