quarta-feira, 17 de setembro de 2008

For blue skies

Faz tanto tempo desde a última vez que nos falamos, cada compasso do meu coração faz relembrar aquele teu olhar. Cada gota me faz enxergar que no fim da nossa história, nem tudo era pra ter acabado como acontece com grandes heróis. Nossas almas ficaram cansadas no meio do caminho, e tudo que sobrou foram espadas trincadas que hoje descansam no canto da parede. Eu me lembro daquela noite e de todas as coisas que falávamos sobre as estrelas, quando você adormecia ao meu lado e não se importava com a quantidade de facas que eu guardava na manga. Hoje a noite você partiu, me deixou seu beijo.

Tudo parece mexer com o meu espírito. Cada frase guardada, cada vídeo, cada foto. Eu quero que aquele piano pare de tocar as mesmas notas, aquela bateria poderia parar de cumprir seu papel. Hoje. Só hoje, eu queria esquecer da tua existência, talvez por um pouco mais do que cinco minutos, eu quisesse arrancar você de mim. Porque eu não consigo me acostumar com isso, e eu nunca vou me acostumar com isso. Eu nunca vou me acostumar com isso. E pensando em todas as coisas, eu consigo fechar meus olhos, mas não consigo sair de mim mesmo.
Tudo que me disseram sobre o amor, a espera e a falta de atitude, que tudo isso se transformaria em algo melhor, era mentira. No fim das contas é só dor e lixo. Ninguém gosta de contar sobre o quão escura é a cor do mundo quando se coloca o amor em espera. E eu deveria deixar minha cabeça descansar sobre o travesseiro, deveria montar meus quebra-cabeças, e deveria encontrar o pedaço mais importante da minha alma, meu coração.

O céu está azul demais para que eu consiga enxergar através das estrelas, cada nota, cada batida, cada compartimento do meu coração parece explodir. A cada compasso a respiração parece parar, o oxigênio parece desaparecer, minhas mãos tremem. Os meus olhos se perdem na imensidão do teu olhar, no mais fundo dos teus olhos. E quando perdido, não quero voltar. Eu perdôo tudo e qualquer um, eu perdôo todos e quem quer que seja, eu perdôo quem eu fui e quem eu sou, pois eu só quero lembrar do quão azul o céu não era quando eu te conheci.

Velho, a verdade é que tudo isso é uma droga, e eu sabia desde o início!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O texto sobre o "Velho"

Eu tenho um amigo. De fato tenho muitos amigos, mas da quantidade imensa de posts que eu tenho aqui, nunca lembrei de colocar ele em palavras neste lugar, assim digamos. Quando estava no primeiro ano ele me disse que minha cara dava nojo para ele, no segundo ano, ele me achava estranho porque eu ficava batucando nas classes e no terceiro, ele virou meu melhor amigo. Tudo começou porque uma professora decidiu nos colocar na mesma fila. Supostamente ela queria nos ajudar a crescer. Bem, parece que de alguma maneira ajudou, começamos a conversar em aula, repetíamos as últimas palavras de cada vídeo educativo e fazíamos piada de tudo e mais um pouco.

Henn sempre foi um bom amigo, e eu agradeço a ele por isto. Quando viciamos em ping pong decidimos que devíamos comprar raquetes, quando fissuramos, decidimos jogar todas as tardes possíveis. Depois que a mania passou passamos a jogar video-game por hora. O que tornou-se um rombo nos nossos bolsos. Muita coisa aconteceu neste tempo, mas eu sempre pude contar com ele, uma grande parceria. Até mesmo quando ele deveria estar fazendo festa, mas eu estava triste, lá estava ele pra me dar uma força, e se me lembro bem, tudo começou quando ele me ajudou a fazer um cartão de aniversário.
Só pra constar a gente cantava em aula, declamava as músicas nas reuniões do nosso grupo, bebíamos coca-cola até não querer mais. Bons tempos que não acabaram. Quando o ensino médio terminou, continuamos a jogar sinuca, novo passatempo da galera.

Enfim, até uma tentativa de pescaria ele já tentou só pra me dar uma força. Cara gente fina que era parceria pra assistir os mesmos seriados. Às vezes ele me tira, mas é da natureza dele ser brincalhão e eu entendo, mas não gosto. Fazer o que, eu sou irritadinho mesmo. E em qualquer amizade que se preze mesmo quando criança o que faz ela permanecer é saber que se pode contar com os amigos. Todos os meus amigos tem valor, mas eu não poderia esquecer deste que rula e mata a pau, mesmo tendo matado meu squirtle.

Abraço ae velho!

domingo, 14 de setembro de 2008

From every move

De cada história das nossas vidas, de cada marca que adquirimos ficam pedaços de entendimento que compreendemos. A cada dia que se passa, entendemos muito mais quem somos, o que queremos e em que direção estamos indo. À mediade que os dias vão passando eu vou descobrindo que nem tudo que eu imaginava há anos atrás está exatamente como eu previa. Tudo ao nosso redor muda, meu melhor amigo de infância e eu nunca fizemos uma viagem para Santa Catarina aos dezoito anos. Ele se casou e teve um filho. Eu nunca visitei New York, mas ainda olho as fotos na internet. Enfim, nós queremos, mas é necessário planejar um pouco.

Eu quero estar mais fundo, eu quero cair de cabeça em todos os meus sonhos, eu quero voar bem alto, onde nenhuma nuvem me encontre. Talvez eu possa correr ou voar, mas é necessário que eu sinta o mesmo desejo por muito tempo, e isso é de alguma maneira difícil. Nós acabamos sendo levados por desejos diferentes quando crescemos, amadurecemos, envelhecemos. Tanto faz a maneira que te leve a ser um prisioneiro do tempo, contanto que saiba administrar sua vida.
Quando pequeno eu queria ser padeiro, depois, passei a querer ser arquiteto, o ensino médio chegou e eu desejei ser um médico. Tudo bem, eu tinha algo em comum com ele além do meu pai, mas pensar nisso já é demais. E de casa passo e movimento que eu tomo existe uma certa circunstancia a ser paga, e é isso que me faz feliz. O aprender com a vida e o engajar-se nela. O sentir as asas do vento e sua alma regozijando porque tudo que você deseja está em algum lugar ao seu alcance.

Para cada ação existe uma reação marcada, se meus sonhos não são os mesmo da época em que era menino, é porque em algum momento eu tornei meus pensamentos diferentes. E assim cresci, espero para melhor. Bem, pelo menos é nisso que eu acredito. Em algum momento eu escapei de ser criança para sempre, ou neste caso, de ter sido um prisioneiro de algo que eu não poderia controlar, ou ser levado pelas histórias do que nem ao menos escolhia me escolher. Um simples movimento, pode mudar a sua história.

Existem pessoas que estão de jejum desde sábado, e esta é uma longa história!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

She's the moon

Este blog costuma comentar sobre poucas coisas. Minha vida, sonhos, amigos e sentimentos. E é basicamente isso que ele é. Ultimamente começou a esfriar em Lajeado, todo mundo aproveitou para passar no meu emprego e alugar alguma coisa também porque este clima ajuda. Hoje o movimento da loja começa a mudar, para maior assim digo. Anda chovendo também, o clima não anda muito bem. Eu estou cansado, mas não posso dizer que estou, afinal talvez alguém aparece de novo pra dizer que eu me faço de coitado. Deviam lembrar do que cerca minha vida, como as quatrocentas locações que eu fiz só no sábado. Quem se importa?

Nos últimos dias eu tenho sentado em muros, na cadeira do computador, na sacada pensando sobre a minha vida e a vida de todo mundo. Somente pensando no ruma que tudo tomou desde que eu estava no maternal. Era uma criança com uma imaginação ativa, deve ser por isso que sou meio diferente até hoje. Agora, cerca de uns quinze anos depois, eu coloco todas as coisas contra o espelho e comparo. Só o amor tem a cor castanha, e o céu pode ser o útero de toda a minha história. É pra lá que eu olho quando preciso criar algo.
Eu tenho sentado pra pensar, e penso por muito tempo, até cansar de ter pensado em alguma coisa que nada me traz para escrever. Como se a inspiração tivesse me abandonado e me deixado em pânico. Enquanto penso, desejo uma injeção de adrenalina. Queria sentir aquela sensação de novo mais uma vez. Aquela de não saber onde se pisa ou o que fazer a respeito do mundo. Eu queria parar de pensar e economizar. Ou abrir os olhos para a amiga que chega enquanto eu aguenta sozinho.

Sim eu estou esperando, e tu sabes disso. Antes de nós fazermos um bolo e comermos sorvete me liga, preciso jogar a sujeira debaixo do tapete. Não vejo a hora do novo aparecer mais uma vez e eu poder me sentir um pouco mais vivo do que o normal que no meu caso já se tornou uma rotina. Tenho um problema especial pra resolver ultimamente, e espero ser o último. Digo, resolver hoje. Eu vou dar um jeito, sempre dou. Eu lembro do dia em que dei um abraço sem saber abraçar, época em que tudo era novo.

Vocês podem fazer uma reunião do conjunto na sexta?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

No time for lies












Eu sou uma pena que navega sobre o ar
Tão distante os caminhos que um dia deixei
A vida é uma folha sobre os meus cabelos
Na qual nunca pensei

Tantos debruçados procurando estrelas
Descobrindo a si próprios
Não deixando que a vida os leve consigo
Dando o primeiro passo para lugar nenhum

Eu quero acreditar
E continuam a construir muros
Que seja a última embarcação a partir
Eu não quero lá estar

Eu estou lá quando você não me vê
As ondas do mar batem na madeira
Você não me conta seus segredos
Eu não te conto os meus

Deveria ter me dito o que dizia a sigla
Fui cego para não ver o que queria
Talvez hoje eu tenha entendido
O que meu pai sempre me dizia

Você pode desaparecer quando quiser?
Onde está seu coração?
Onde está seu coração?
Onde está seu coração?

As pessoas deveriam cuidar de quem são, antes de pensar no que vêem!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Muros

E lá estávamos nós sonhando com a vida. Então apareceram sonhos, e me disseram o que fazer, me fizeram relembrar que eu ainda tenho um monte deles guardados. Eu preciso correr e escrever novamente. E isso é o que me traz as más memórias, não é fácil começar tudo de novo. Toda aquela pesquisa, todo aquele tempo perdido, tentando uma chance. Uma chance. É necessário fazer um curso para aquilo que já se nasceu sabendo. Ninguém quer saber das suas fraquezas.

O mundo é pesado. Leve é o amor, o qual te abraça quando te conhece. Mais tarde, dá pequenos e levianos alôs. Eu quero relembrar o que eram os sonhos e os meninos e as meninas e os adultos correndo por onde não sabiam ser o que eram. Eu quero desfrutar do que eu não conheço por plenamente calculado e descer até onde possa ajudar os mais próximos, talvez assim eu descubra como chegar no que está longe de mim. Eu ouvi uma vez que era fácil tocar violão, digam isso pra quem não tocava violino.
O maior provavelmente vai perder as pernas, e os menores irão se levantar, eu não vejo problema em abrir seu coração, mas eu queria, muito, que você parece de se esconder atrás de uma casa de outono. Poderiam abrir nossos olhos e dizeram para todos que um trono quebrado não faz um reino. Eu só quero poder dizer o que eu quero quando todos não quiserem, afinal eu não me importo com o resto quando não há necessidade. Eu apenas corro porque gosto de sentir aquele vento passando pelos cabelos.

E quando eu canso de tudo, de pensar sobre tudo e de falar sobre tudo, eu sento, e digo o que queria dizer, quando todos não queriam ouvir. Eu tomo as decisões difíceis e dez pessoas sabem disso. Trinta imaginam, o resto não sabe, acham que minto. Nada que eu possa fazer para ajudar. Todo mundo se julga decidindo grandes e dificultuosas situações. Eu sou um jovem, eu tenho sonhos, eu estou lutando por eles, e quando eu encontrá-los, espero ter vocês todos lá para compartilhá-los, até lá, eu continuo fazendo tudo sozinho.

É frustrante sabe, agora nós vamos ter de construir tudo de novo! Droga!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Monstros

Nós somos apenas o que queremos ser, alguns de nós esforçam-se mais, outros, nem tanto. A maioria já imaginou um dia onde quer chegar, enquanto os outros ao seu lado foram desistindo no caminho. Alcançar sua superação não é tão fácil quando parece, e é nos piores momentos, nos mais difíceis, mais cansativos e desesperados que encontramos nosso verdadeiro eu. Se você olhar um pouco a mais de cautela ao seu redor, irá notar que sempre existe alguém como você por perto. Tentando dar o melhor de si, tentando melhorar, tentando superar-se.

Em pouco tempo descobrimos a nossa existência, e queremos fazer dela algo notável. Muitos de nós sabem que nunca irão entrar para alguma centro de pesquisa, que não serão cantores famosos, ou receberão um prêmio Nobel da paz. Por isso persistimos em superar o nosso próprio eu. Há aqueles que dão tudo de si, para pagarem o preço e encontrarem o seu próprio coração em algum lugar, que o próprio alguém não lembra mais.
Trata-se apenas de querer vencer as próprias barreiras e os seus limites sozinho. Respirando cada passo como se fosse o último daquela corrida. Quanto mais envelhecemos, mais pensamos no que seria, e no quanto éramos ou seremos felizes. Basta focar-se no presente e construir algo que valha a pena. Começar a sair daquela tela, daquela pintura, e iniciar a sua própria pintura. Não importa se você queira pintar bananas ou maçãs. Apenas seja você o autor.

Vivemos em lugares diferentes, mas se você olhar mais perto, com maior cautela, maior ganância, pode encontrar pessoas mais parecidas com você em qualquer lugar. Pessoas que tentam dar o melhor de si. O máximo. O pico da sua escala. Viver apenas tentando chegar um pouco mais perto do que você queria anteriormente, e deixar que esse alvo continue aumentando a distância. Trata-se apenas de querer, querer mais.

"Quando se convive com monstros, deve se tomar cuidado para que não se torne um deles."

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ecos, silêncio, paciência

A melhor escolha em momentos onde a esperança não aparenta perdurar é começar a sonhar. O sonho é um dos grandes amigos do homem desde os mais antigos tempos. Sendo assim, quando você se sente um pouco triste, abatido ou até mesmo desolado, uma solução bastante eficaz é desejar algo importante, traçar uma meta ou iniciar um projeto. Pelo simples fato de pensarmos que algo novo se aproxima e que é desejável aos nossos olhos, corpo e mente desprendem-se dos males facultativos, que em sua maioria são os principais causadores do mal estar. Em outras palavras, uma boa saída antes que a tristeza tome conta, é colocar o lápis e papel na mesa para começar a desenhar seu futuro.

Eu não acredito em ninguém que tenha deixado de sonhar, porque já deve estar morto, e por assim dizer, nada deve possuir para me oferecer. Também não confio em auto-suficientes, porque não existe homem que tenha cessado de desejar mais da vida. Enfim, não me atenho àqueles que deixaram o arado no meio do caminho e estão esperando que comece a chover. Uma vez descobri que nem todas as coisas me pertenciam, mas que a maioria delas para que pudessem ser minhas, necessitavam de meu trabalho e merecimento. Assim são os sonhos, nem todos estão nas minhas mãos, mas aqueles que assentam-se na estante mais alta, são os que necessitaram de maior empenho para serem alcançados.
A vida nunca foi um mar de rosas e para cada passo que damos nela, ocupamos uma quantidade de oxigênio, e é esta respiração que nos mata pouco a pouco mesmo sem percebermos. Em suma, para cada conquista de nossas vidas é pago um preço diferente, e raramente tem um mesmo valor. Perdendo o nosso tempo, bens e sentimentos acabamos investindo em novos desejos, estes acabam sendo ou não proveitosos no futuro. Tudo resume-se a nossa humanidade, em estar fadado ao desejo tão prazeroso que é conquistar o novo, assim talvez somos e seremos por muito tempo, homens com os corações voltados a ter mais, ou ser mais, onde apenas persistirá um desejo único, que espero eu, seja de crescer interiormente.

Somos o que sonhamos, ou pelo menos parte deste frase para aqueles que tem muito dinheiro. Bens materiais sem metas são apenas bens materias, e assim por diante com todo o sistema financeiro. O amor sempre deve seguir os sonhos, que por sua vez levará os desejos a não serem apenas comprados, mas sim vivídos, de preferência com alguém. Uma meta traçada sem amor é como vencer uma maratona sozinho, sem ninguém para aplaudir, entregar o troféu, ou abraçar na linha de chegada. Apenas o eco e o silêncio.

E então chegamos ao 100º post!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vida bagunçada

De repente eu descubro que tenho uma comentarista assídua. Estou sem muitas novidades essa semana, além de amanhã ser o grande dia do pagamento não lembro de muita coisa que valha a pena. Talvez aquele encontro no sábado com a galera do Santo André. Saindo totalmente do comum, e entrado no que eu sempre escrevo, hoje me bateu uma saudade do ano passado. Tiago passou lá na locadora pra me dizer que a festa desse ano vai ser com máscaras. E sim, eu fiquei com muita vontade de ser um penetra. Eu lembro daquela época de colegial em que nós queríamos conquistar o mundo e nem sabíamos o quanto isso custava aqui fora. Sabe, nós queríamos ser heróis, cada um decidir o que fazer da vida e tudo aquilo com o intuito de um dia se tornar alguém infalível e totalmente apreciável. Muita gente já fez o que eu estou fazendo e eu não me importo por repetir este ciclo mais uma vez, afinal já disseram pra mim várias vezes que eu não me importo com a opinião alheia. Que seja.

Às vezes eu penso por alguns minutos nas decisões que deixei de fazer, se eu tivesse me declarado, colado, fugido ou até mesmo me esforçado mais. Eu sei que tenho com quem contar, mesmo que eles tenham namoradas, ou mulheres pra cuidar na maior parte do tempo, sabe, alguns até filhos, okay, a quem estou enganando, noventa e oitenta por cento da banda tem filhos e é casado. O quinteto quarenta, e amigos a parte, zero. Sim, zero, mas ainda não é hora de se abrir pra contar o que anda me encomodando, por isso uso o grande amigo aqui chamado blog pra despejar as partes contáveis da minha vida enquando procuro um meio de resolver aquelas que nem ao menos cito aqui. A verdade é que eu preciso apenas de uma pessoa. Não encontro nenhuma. Eu estou cansado e a maioria das pessoas não nota isso. Ensino médio acabou e pra nós foi somente, nos vemos por aí. Não continuamos tanto quanto antes e apenas de vez em quando a nos encontrar. Farias foi pra Porto Alegre, a gente nem se vê mais, o Franzmann sempre sumido na dele, o Bastião, bem, caso a parte que nunca mais enxerguei. e o Henn está por aí uma vez por semana é claro, grande parceria.
Nosso único contato, a comunidade, mas ninguém mais fala nada de últil lá, alguns tiram os outros, combinamos uma viagem que nunca mais saiu, e a medida que a rotina aumenta, ninguém perde a chance de comentar alguma coisa nova. Eu sinto falta das piadas, e sim, eu não convivo mais com ninguém da antiga, agora eu tenho uma colega que por sinal fala muito, pra me ensinar sobre o quão difícil é enfrentar os problemas de uma família, chego em casa toda noite e bato um grande papo com a minha mãe. Sim, eu converso com a minha mãe, que espanto. E lá vamos nós dois discutindo como resolver os problema do mundo inteiro, tentando estratégias que às vezes nem eu mesmo entendo, mas lá estamos nós. Eu sinto falta de ação, de emoção, de não precisar conversar com um blog pra mostrar para o mundo que eu estou lá. Resumindo eu estou cansado de tantas ondas e desse vai e vem. Parei com o break por um tempo, começarei violão na segunda e academia na terça. Hora de perder uns quilos e ganhar músculos, coisa que cansa muito.

Eu assisto a episódios que tem me feito entristecer por enxergar certas partes da minha vida que ainda não passaram, ou que já passaram, devo ser o tipo de cara meio estranho mesmo. Porque está tudo uma bagunça, até esse quarto que nunca foi assim está fora de ordem. Eu espero que alguém diga que tudo vai ficar bem, então lembro que quem diz isso para as pessoas sou eu. E de alguma forma eu lembro das palavras do meu tio, dizendo que ninguém nunca estaria lá por mim, e que sim, eu estaria lá por muitas pessoas. Nunca quis que ele tivesse razão, mas já sabia na época que ele estava falando a verdade. Só existe uma pessoa em quem posso confiar, e espero poder conseguir seu telefone o mais rápido possível, mesmo que isso não seja agora. Ou seja eu sou o tipo complicado, que fala pelos cotovelos e nem ao menos faz sentidom mas que sente falta dos colegas e de seus tempos com poucos problemas. Eu só quero um pouco de paz mais uma vez.

Lindsey você não pode me deixar, não assim, eu te amo...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Novo primo

Lajeado entrou em seus príncipios da primavera, um calorzinho que me deixa com dor de cabeça já começou a se instalar pelos arredores e tudo o que eu quero é esta sensação longe de mim. Quando o dia acaba pego um filme, caminho até o portão de casa e aquela ladeira anterior à minha casa me faz pensar em tudo e mais um pouco. Me lembra do quanto eu gosto de sair com os amigos, e que eu deveria começar a movimentar meus dias novamente. Faz algum bom tempo que eu entrei na rotina semanal de trabalho-casa, casa-trabalho, e pelo jeito cheguei no ápice do sentimento compatível.

Jogar sinuca, algum CS, talvez começar a jogar boliche, um cinema, caminhada, não sei ao certo. Podia até ligar pro Henn e ver se ele não quer dar uma volta de carro, só pra colocar o papo em dia. Sair da rotina e começar a viver um pouco mais do que o meu normal e comum dia a dia. Tudo isso cansa, principalmente quando a única pessoas com quem você conversa é seu(a) colega de trabalho. Com o tempo você passa a conhecê-los e passar com eles mais tempo do que com os verdadeiros amigos, o que acaba transformando tudo numa verdadeira confusão.
Pelo menos aqui em casa está tudo bem. Já se aproxima um ano que meu pai partiu e quanto a isso, sem problemas a resolver. O conjunto tem passado pelos seus momentos, afinal irmãos são pra isso mesmo, tirei mais tempo agora pra igreja e tomara que tudo corra conforme o esperado. Aumento de salário esse mês de trinta reais, já é alguma coisa. Comprei uma câmera digital, assinaram minha carteira, vou começar academia de novo, aulas de violão e quem sabe algo novo em relação aos amores. Ok, eu não vou começar nada com relação aos amores, todo mundo sabe, mas não custa fazer de conta. Esperança é a última que morre.

No final, todo mundo quer ser feliz e ter uma poupança suficiente pra pagar a faculdade dos filhos. Nota para o gravador, meu tio anunciou hoje que está esperando mais um filho, ou seja, primos, teremos mais um por aí. E desta vez pode ter certeza, esse vai seguir os passos do "Dé" aqui e vai entrar no inglês avançado. Nota-se de passagem que estes não são tempos fáceis, mas não importa, até o horário certo, tudo já voltou para o seu lugar, de verdade mesmo, tudo no seu lugar.

Eu acho que hoje eu vou poder levar 'Os reis da rua' pra casa...