quarta-feira, 28 de maio de 2008

O traje sem momento

Bem, domingo foi o dia de colocar terno, não que a gente tenha um dia exato pra isso, mas na verdade temos, mas não era bem esse o motivo do terno. Ah, vou tentar explicar, a gente tem o dia de colocar terno, mas não era dia pra traje social, então resolvemos abrir uma exceção e enfim vestir a gravata pra variar um pouquinho. Situação que não duraria muito tempo, afinal depois de algum tempo o colarinho aperta, fica quenta, e estamos todos de camisa branca novamente, é claro, com nossos pescoços apertados.

A coisa em si, sim a coisa porque eu não estou afim de pensar no termo correto, bem, já perdi tempo, então o problema em si não era o dia nem a hora, mas saber o momento de certos de começar. Dizem muitas pessoas que o momento é tudo pra todo mundo. E assim todos nós nos perguntamos. Bem, na minha opinião o momento senhor substantivo existe sim, dura poucos segundos, até que alguém torne a entender que já passou. É no momento, que descobrimos o sentimento por alguém. E sem ser notado, ou raramente notado ele some.
Dizem que se amamos demais, ou conhecemos demais, o sentimento se vai, e às vezes é assim mesmo, triste é quando o sentimento acaba para o outro antes de você. Sim, egoísmo não pensar nos outros, mas quem escreve aqui sou eu, portanto meia volta e me deixe em paz. Sentir-se só, triste, abatido e cansado é normal. Não, não é. Eu acho, não sei estou confuso agora, mas a solução mesmo é achar o remédio logo. Chato é ser o triste pode ter certeza, nada contra mas os emos tem fama de triste e não andam nas "graças do povo". Acho que isso resume bastante.

O termo em si é saber o momento e não se deixar abater caso não tiver acabado o sentimento em você. Faça um favor a si mesmo e vá assistir desenho animado. Por mais infantil que seja é um "santo" remédio. Tudo que vem para crianças faz pessoas felizes. Não que sair chupando bico e tomando mamadeira vai trazer alegria, afinal, sem exageros. Vá plantar batatas, compre um inseto ou venda um par de botas, mas encontre um caminho que te leve pra fora dessa coisa chata chamada mesmice.

Me acorda quando tu for pro cursinho!

domingo, 25 de maio de 2008

Raindrops keep falling on my head

Chove. Eu já estou cansado de tanta chuva. Cansei da idéia de correr com os braços abertos, enquanto o céu derrama seu orvalho sobre mim. Que idéia infantil era aquela de que tudo ficaria bem sem nenhum confronto. Depois de tanto tempo, a idéia apagou-se. As gotas, continuam a estourar lá fora, secas, estrondosas, lívidas. E não existe mais ninguém que mesmo por um segundo possa impedir novamente o que está por vir. Eu já sei, as gotas de chuva não param de cair sobre a minha cabeça.

Deixe que gritem lá fora, eu já cansei desta barulheira silenciosa. Quando vocês resolverem se levantar, nós já saberemos. Não pensem que somos idiotas. Cai a chuva, cai a chuva e eu espero sem me cansar. Temos gosto pelo que fazemos e os problemas não podem mais nos deter. Ah sim, problemas como chuva, lava seu coração, limpa sua alma. Na hora da luta é que descobrimos quem somos, de que lado queremos ficar, a quem vamos pedir favores. Problemas, são catalisadores de vidas.
Ah, faça-me o favor de correr o mais rápido que puder para um lado. Quem deidir ficar em cima de um muro na hora de decidir pela família, pode acabar caindo onde não quer. Tome decisões próprias e faça o possível pra arranjar o que ter nas mãos. Se os problemas vierem como gotas deixe quem estourem contra seu corpo. Somente você que pode resolvê-los. E deixemos claro uma coisa. A chuva só começa quando você acumula assuntos não resolvidos.

Gotas continuam a estourar na minha cabeça a medida que corro, não importa se caminho, porque elas não param. Descubra quem você é antes que o façam por você. Acredite, é frustrante. Quando a água estourar sobre as calçadas, deixe que ela escoe pelas partes baixas, não a siga, a não ser que o queira, deixe tudo em paz. E viva o que você é. Seja quem você é. O alguém que vive em você.

Há uma escada na sua frente, então começa a subir, porque você já está na pedra de Jacó!

sábado, 24 de maio de 2008

Encontrar seu lugar

Lajeado é uma cidade como qualquer outra, talvez seja como a sua, ou nada parecida, mas se você olhar um pouco mais de perto, talvez encontre alguém parecido com você. Se esforçando pra encontrar seu lugar. Não que seja a melhor cidade do mundo, mas eu gosto daqui de maneira singular. É um lugar que conheço há muito tempo, e posso andar tranqüilo pelas ruas, sentimento que me alegra bastante.

Conheço muita gente aqui, pessoas especiais, amigos e aqueles que não são tão especiais assim. Muitas pessoas tentando descobrir suas personalidades, outras tentando passar ao grupo o que sabem e enfim aqueles com quem eu cultivo minhas idéias, sonhos e futuros não tão distantes. Confesso que antigamente minha ligação com eles não era tão grande. Éramos apenas conhecidos. Amigos sem grande ligação, e o que me faz rir às vezes sozinho é a maneira como nos unimos tão rapidamente em função dos problemas.
Eu acabei me apegando as pessoas. Sabe, poder se sentir parte de algo sempre fez bem pra todo mundo. Contanto que o algo seja positivamente motivante. Com o passar do tempo aquele tipo de ligação sem sentido tornou-se uma forte ligação. Nos vimos fazendo o trabalho juntos independente das situações e hoje somos um tipo de rocha. Todos se defendem, todos se abraçam, todos podem gargalhar a vontade. Ah sim, a vontade. Porque no fim das contas, ninguém tem vergonha de ninguém.

Quando o dia acaba eu me sinto feliz por compartilhar os pensamentos presos. Por espalhar a quantidade de palavras que eu queria, e por não precisar omitir nada. dizem que amigo é o irmão que não mora na mesma casa, e com isso concordo. A verdade é que se você não encontrar ninguém em Lajeado que se pareça com você. Olhe mais de perto e vai encontrar alguém se esforçando para descobrir o seu lugar.

Falem baixo, eles estão no milharal, eles querem o garoto, protejam o garoto!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Saudade

Saudade é basicamente resumida pela conceito de perda, ou falta. Sentimento que gera infelicidade e pode causar depressão. Em grande quantidade causa morte do organismo e em pequena, uma dose de nostalgia. O que causa diferença é o que acaba te trazendo o sentido de que há algo perdido. Pode ser tanto um amigo quanto um objeto, que em certos casos nenhuma importância possui, mas que pode trazer recordações. A verdadeira saudade não é aquela que te faz pensar, mas aquela que dói no peito quando pensada.

As pessoas te fazem falta quando as memórias predominam tua mente deixando diretamente um esboço de passado no ar. Como já disse você precisa se agarrar as melhores memórias se quiser sobreviver, e é exatamente isso que pode te salvar da saudade que mata. Pensar em pontos positivos, ou que te levem a superar tudo. Amigos e pessoas próximas te fazem falta quando tiradas ou afastadas, você sente que nem todo mundo te compreende, mas continua a viver de maneira indiferente.
Quando teus amigos não estiverem mais presentes no teu dia a dia, talvez você se sinta um pouco sozinho, então pra que não entre em loucura por falta de desabafar o peito, procure pessoas que possam te ajudar. Não espere até morrer pensando que as pessoas vão voltar, na verdade, elas sempre partem, então acotume-se a adaptar-se à novas amizades. Muitas te farão bem, como anda acontecendo por aqui. Enfim, simplesmente procure uma maneira de ter com quem dialogar.

A verdade é que ninguém vive o tempo inteiro feliz, e eu muito menos, e aquele que diz ser feliz o tempo todo, pode estar sendo bem hipócrita. Muitos de nós escondem quando tristes, e outros resolvem o contrário, como eu é claro. Somos diferentes, mas certas vontades e sentimentos, todos sentimos. No fim, você vai sentir saudade das pessoas, mas vai precisar se contentar em encontrar amigos que substituam aqueles que não voltam porque precisa de algum ser pluricelular para conversar.

Tu vai precisa é sair um pouco, vai te fazer bem!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

The armor is yours

Ele começou a caminhar como uma galinha quando foi levado a toca de um dragão, então ele empunhou uma espada de prata em suas mãos e notou que onde segurava formavam-se anéis que iam até uma extremidade redonda onde jazia um rubi muito vermelho. Disse então que eles poderiam vir em quantos desejassem porque ele tinha a arma em suas mãos. Correu os olhos entre os companheiros e deu-a nas mãos de Rafael. Andou como galinha até um milharal onde o terreno era mais baixo e olhando para o chão encontrou ali ao chão um arco de madeira e uma aljava verde detalhada com muitos adornos repleta de flechas, foi correndo ao Luciano e perguntou se ele esperava a muito tempo pela arma, quando ele confirmou dizendo que desde que ele tinha nascido. Colocava em suas mãos um arco e em suas costas uma aljava.

Sabe, a floresta não é o melhor lugar do mundo pra se esconder armas, mas foi realmente o melhor lugar para as nossas. Uma breve histórias sobre uma das noites mais marcantes da minha vida. E um abraço pra todos aqueles que me apoiam. E após o arco e flecha eu corria para a plantação de canas, onde eu reinvindicara uma lança enorme que formava uma enorme lâmina em meia lua na extremidade superior. Entregou ao Ederson. Corri para um monte enorme de terra que foi escalado em dois saltos, lá havia um machado de dois gumes entregue ao João. Quando não mais esperei, coloquei um escuda nas mãos de Márcio. E o metal nobre começou a ser derramado sobre as cabeças. Eu não me assustava mais porque tudo aquilo já me movia como a galinha.
Eu ganhava um cajado que por minha decisão dizia não poder tomá-lo pelo fato de que não acreditariam em mim. Fomos a terra, e a grama e deitados foi dito que um iria a um lugar muito alto descobrir seu rumo, outro, que seu coração valia a pena e que uma estrela brilhava sobre si. E por fim e não menos importante que emanaria fogo de suas mãos. Uma pedra azul, amarela e muitas vermelhas foram dadas e houve festa.

Havia ainda um rapaz que recebeu uma capa, negra como a escuridão, e quando revestida por ela, ninguém conseguia enxergá-lo. Nenhum deles podia vê-lo. Subi a uma árvore na madrugada e escalava como um macaco. Saltei do galho que envergara e quando quebrou fiquei pendurado. Estava ali como um lêmure saltador voando para um galho, e agarrando um cajado, que cegaria montanhas. Fomos embora com a certeza de que estamos mudados pelo tempo, e por suas armaduras que subiram por nossas mãos.

Ele me deu o cajado porque eu não desisti quando a árvore envergou e quando o galho quebrou!

domingo, 11 de maio de 2008

War is not near, it's here

Eu tanto falei sobre uma guerra, que certas vezes não me dei conta do quão perto ela estava. Eu vivi a minha vida de maneira feliz, normal, simples e quando me disseram que tudo aquilo passava apenas de mais alguns segundos em um relógio enorme me tornei uma criança chorante. Eu sabia que era verdade, sabia que não eram divagações somente minhas, que a tal luta realmente ia acontecer. Eu só não sabia realmente qual era o horário, ou a data. Enfim, nós somos entre seis, e parece que este número será o nosso. Pelo menos por enquanto.

Eu já estava cansado, tinha falado com muitas pessoas e desgastado sentei-me. Quando por fim eu ouvia uma mulher de braços abertos falando coisas que eu não conseguia compreender. Me dei conta de que o que eu via era loucura. Por um momento então, entendi parte do que ela dizia e caminhando ao seu encontro, não deixei que calassem sua boca. Eu ouvia claramente o que saia dalí. Cada frase, cada, afirmação com a cabeça e sorriso no rosto me mostravam o que até mesmo os meus ouvidos não criam. Eu fui ao último pranto da alma e sentei-me novamente. Tinha a minha resposta.
Foi quando convoquei meus seis. Segurei suas mãos, e perguntava a mulher o que eu não podia dizer com certeza. Estava certo de que nossas vidas estavam mudando. Uma guerra se aproxima, a maior que vocês enfrentaram em vida, Ele disse que dará as armaduras para vocês. Sabe, as pessoas choram, alguns riem, outros ficam em estado de choque. Eu sabia, o que eu particularmente sabia era o fato de que nós seríamos vitoriosos, o resto era bobagem. No mais, somente continuamos a cantas as músicas conhecidas e conversar sobre as crianças que alí riam. Uma verdadeira gargalhada. Pelo menos por enquanto.

Nós saímos felizes, citando que para o mundo em que vivemos é loucura. Ah sim, loucura e da mais confusa possível. Eu creio é que a noite foi de mudança, de esperança pra alguns talvez. Eu lembro de certas perguntas e agora me vejo forçado a respodê-las. Mal sabia eu o que viría a frente. Ninguém realmente sabia. Estávamos aflitos e sedentos. E em futuro ainda descobriremos respostas para as perguntas mais impertinentes dos nossos corações.

Eu providenciarei a armadura, pode ter certeza!

sábado, 10 de maio de 2008

Dia de Zôo

Manhã branca. Branca de névoa. Não se podia ver nada na rua. O celular começa a tocar às cinco da manhã para alguém perguntar porque eu ainda não cheguei. O único detalhe é que eu não pensei que realmente alguém fosse estar no ponto às cinco da manhã. Após mais duas chamadas me coloquei de pé, escovei os dentes e comecei a me arrumar. A enduro da gincana tinha acabado pra mim as três e meia. E tudo que eu tinha era sono. Enfim, saimos de casa, pegamos minha prima, e chegamos ao ponto. Vamos para o zoológico.

O micro-ônibus mais barato que encontrei realmente surpreendeu. Som, ar-condicionado, cadeiras reclináveis, e novo. Novo. Pulamos, não cantamos, papeamos e dizem as más línguas que alguns colocaram as fofocas em dia. Pegamos mais alguns na faixa e seguimos rumo ao zôo. Uma galera aproveitava pra ir no banheiro em cada parada. O cd que tinhamos era apenas um. E chegamos ao ponto em que não podiamos mais escutar as músicas. Então chegamos no zoológico.
Dei comida pra estrela do parque, vulgo giraffa camelopardallis. Vi um tigre e uma tigresa entrarem em acasalamento enquanto uma menininha perguntava "mãe, o que eles estão fazendo?", brincamos na praça, comemos o lanche, gritamos para um macaco de bunda vermelha e burlamos a segurança do elefante. Quanto ao macaco, ele nos jogou merda. Tivemos grandes momentos, até mesmo enquanto um de nós segurava uma aranha jardineira na mão e dizia "ela é calminha, não faz nada". Dia que foi uma beleza.

O mais interessante é que ainda teremos muitas dessas, por muitos anos. Faremos várias com histórias bem mais interessantes e com muito mais para contar. Enquanto isso, mantenha contato. No fim, a gente caminhou com os flamingos. Tirei uma foto com cisne e com as tartarugas. Muita coisa pra contar, muitos sorrisos pra guardar, e até rimou. Bem, o zôo saiu, e realmente bombou, em todos os sentidos.

Mas ah, ele é o príncipe lindo, e tu vai terminar hoje!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

A gincana não pode parar

Bem, foi boa, o que? Como assim, que gincana? A do ceat, ali do colégio no centro. Ah sim, foi lá. A gente se vestiu de roxo, pra varias uma cor bem masculina, porque ano passado era rosa, aquele bem chocante por sinal, e teve um momento O retorno dos pink friends, eu doei sangue e achei legal. Tá certo que não achei quando começou a vazar. Tá, nem vazou. Mas por estas e outras de fugir de maconheiros e estranhos durante a madrugada, e fazer provas sobre lost que a gincana teve seus altos e baixos. Bem, eu fui ex-aluno, e foi o máximo.

Tudo começa com um bando de pessoas fazendo o pedido pra que eu comparecesse usando um blusão, um terno preto e tocasse um violão, coisa que eu fiz muito bem. As crianças gostaram de cantar "tchu-ru-rú" no lá menor e Ia Ia Ô em dó sustenido. Diga-se de passagem que apenas arranhávamos as notas, mas quem se importava que tivesse dito. Houve todo um desfile pela júlio de castílhos atrás de um carro-som que particularmente estava insuportável. Mesmo assim, valeu muito a pena.
Passamos a noite sem fazer nada, mas deu pra se divertir rindo do pessoal que dançava a 'dança do quadrado'. Cada pai mais bizarro que o outro 'dançando bonito' só pra ganhar uns míseros pontinhos. Houve uma correria na madrugada enquanto meu amigo Henn passava por uma d.r. enquanto eu fugia de maconheiros as duas e meia da manhã por falta de carona. Mesmo assim, ainda contribui com minha escultura de argila e vinte e cinco respostas de uma tarefa. Sim eu não fiz muito, por isso ficamos em quinto. De seis.

A verdade é que voltar pra escola depois de algum tempo faz bater aquele sentimento de saudade. Mas visto do lado de fora como quem diz, "Ah, eu queria correr para as rapidinhas",mas com aquele ar de ex-aluno que venceu tudo aquilo e hoje vive feliz e contente fora da escola. A verdade é que melhor será viver o clichê do eterna criança do que o adulto imaturo. Ou não. Bem, aproveitem a escola enquanto podem. O mundo aqui fora é só um pouquinho mais complicado. Isso do cara que nem viveu o mundo lá fora ainda. Boa sorte pra vocês.

O que? Saiu uma prova sobre lost? Sai da frente, sai... (chuta, soca, corre. . .)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

The Whole Truth

Aparece antes que o garoto resolva voltar, nem eu ao menos sei o que deveria estar dizendo, somos todos a mesma parte de um barco sem volta, e a filosofia, a filosofia é a parte de uma mente célebre que decide contar ao mundo o que pensa. Sim sem saber o que pensamos já somos o que pensávamos. Se eu entendo tudo aquilo que falo. Não. Eu não entendo. Afinal isso é só o desabafo da minha mente quando eu decido fugir. Não dá pra fugir enquanto se esconde, ou se esconder enquanto se vive. Dizem que é bom olhar pra fora e aparecer pro mundo, coisa que ultimamente tem se tornado lenda.

O que você desejava me dizer, que o parágrafo novo começou, sim eu já sabia desde o início. Até parece que eu deveria ter corrrido porque o tempo estava acabando. Ninguém vai ler isso, afinal são divagações e se lerem será por emoção, esforço, fofocas talvez. Ah eu não aguento mais essa agitação, essa falta de comprometimento, essa falsidade em torno das pessoas. Eu não suporto mais essa falta de amor nos humanos. Sentimento particular, sentimento simples e único. Sentimento meu, somente meu, meu pensamento. Minha maneira de pensar. Eu não consigo mais por um segundo suportar.
Melhor correr, gritar, apertar aquele nó na garganta do que dizer as poucas e boas. Existe gente que não consegue ver um palmo na frente do nariz e finge ser o que não é. Sabe, eu cansei de dar flores pra que pensassem que não fossem minhas. Percepção é algo muito raro pra ser encontrado. Faz o seguinte, vive a vida do jeito que quiser, finja a infelicidade do jeito que der. Só continua empurrando essa embalagem que você chama de vida vazia enquanto puder porque o mundo está desmoronando, mas ninguém se dá o trabalho de olhar. Afinal estamos muito bem dentro de casa assistindo televisão e comendo pipoca.

Eu penso que quando a infelicidade, a ignorância, a falsidade e a indiferença conseguirem tomar as pessoas por completo, já estaremos muito longe tentando salvar nossas verdades intactas. Viva um pouco mais feliz. Traga seus amigos pra perto. Os verdadeiros. Abra exceções pra quem te ama. Crie uma senha pros seus segredos e esconda as memórias. Eu não canso de dizer, esconda elas e esqueça de onde estão. Busque o seu alguém e não tome seu amor. Toma pela mão e perceba quando a hora chegar, de que você sempre este ali.

A gente senta numa mesa então e escreve uma homenagem pra ele!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Hearts and minds

Lavando a louça ocorre a ele o que devia fazer, mas ele sabia que o tempo era curto. O pensamento o invadiu e ele se deixou levar rapidamente. Estranho havia sido como havia demorado tanto tempo para que o tivesse certeza do que faria. Largou os copos, fez um sanduíche e deu algumas desculpas ao resto das pessoas, dizendo que tinha compromissos mais cedo. Ele sabia onde precisava ir, ele entendia seus motivos, mesmo que somente uma força descomunal pressionasse seu peito, com grande dor e desespero. Tomou a mochila, um casaco preto e um sanduíche deixando a porta para trás.

O sol já não era visto naquele dia de inverno. As nuvens estavam por toda parte e ele sabia que seis horas não era um bom horário para visitas. Comia seu sanduíche aflito, apenas mordia os pedaços e os engolia rapidamente. Não havia gosto, não havia formato, nem paladar para ele. Tudo se resumia em chegar logo. Em falar logo, em colocar aquele grito pra fora e dizer algumas verdades. O frio tomava a cidade e tudo ia escurecendo, seus passos aumentavam de velocidade e ao ponto em que chegou ao outro lado da cidade já corria como perdido. Ele precisava se desfazer daquela dor. Corria, passava por carros, pessoas desconhecidas e a escuridão tomava a cidade cada vez mais. Ele precisava visitá-lo, ele precisava saber a verdade.
Atravessou muitas ruas com o fôlego em destaque, e quando chegou a um cruzamento deserto parou. Uma música enchia seus ouvidos com nostalgia, sorrisos e abraços. Ele queria desesperadamente se livrar da bagagem, dar sumiço a verdade e esconder seus olhos. Chegou ao destino, entrou rapidamente e sentou-se. Olhou para a visita como quem não diz com licença, mas nada lhe foi dito. Ele contou a verdade, gritou algumas palavras inaudíveis enquanto vez por outra olhava aos lados para que ninguém o atrapalhasse. Já era tarde. A noite havia chegado. O visitante foi deixado ir embora, deixando ali todos sabendo o que ele precisava dizer. O recado havia sido dado. Ele estava em paz. Prometeu o futuro, e todas as suas forças para aqueles que nem mesmo o ouviam.

Ele desceu a rua cheia de paralelepípedos. Pegou algumas balas, relembrou o que foi dito, virou a esquina, e olhou para as casas atrás de si. O que falara era segredo, ninguém deveria ter ouvido. Aliviado, colocou a mochila nas costas que agora já havia perdido peso e foi embora a passos largos. Era hora de voltar. Hora de voltar essa que lhe deixou atordoado, não sabia mais o que o esperava pela frente, somente que já tinha total convicção do que fazer.

Eu realmente não sei porque demorei tanto tempo pra vir aqui!

sábado, 3 de maio de 2008

Real darkness knocks on the door

O inverno chega com um sopro gelado, não muito tempo depois, a chuva começa a cair, preso dentro de você começa a gritar desesperadamente um alguém chamado Consciência. Você precisa reabrir os armários e mudar as roupas. Necessisa envolver-se de novas memórias e abrir os olhos para seus amigos. Entocar-se e descobrir mais uma vez quem é você. Aquele vento que entra pela janela, logo torna-se uma névoa espessa que te envolve, te prende para que procures sozinho descobrir quem você espera ser pelos próximos anos da sua vida. Ali, emaranhado aos pensamentos, começa a montar um quebra-cabeça que poderá levar anos, muitos anos para ser completado.

Muitas pessoas entendem que a vida é somente feita de sorrisos, e que tudo que se vive está relacionado a felicidade. Alguns outros decidiram que só se vive bem quando o bolso está cheio e se tem pessoas para comemorar, encher taças, gargalhar até o rosto doer e abraçar os amigos. Sim, como são bons tais momentos. Mas chega o dia em que a escuridão resolve bater na sua porta, chega o dia em que o frio toma conta de seu corpo, chega o dia em que o amor parece algo distante. E nesse dia, tudo que você mais quer é fugir, como quem corre, e correr como quem grita e gritar como quem está prestes a desabafar o clamor gélido da alma. Maus tempos estes, que se aproximam à medida que o vento frio começa a uivar entre as frestas da janela. E digo particularmente que o sol está longe de poder resolver o problema com esta chuva tão forte que escorre pelos vidros.
Há quem diga que nessas horas não vale a pena pensar em nada. Existem aqueles que nunca reagem quando a escuridão encontra sua porta. Pesar que desce pelas paredes tristemente, tentando levar tudo que possui consigo. De um momento para outro, sua casa fica vazia, seus pensamentos devaneados refreiam-se sobre o ocorrido, e acaba-se por descobrir que as memórias são tua única saída deste poço corroído. A escuridão é malévola, devora o que encontra pela frente e tenta destruir cada partícula minúscula de sua felicidade. Quando nada mais restar, ela tentará seu coração como último desejo. Se conseguir tal feito, te deixarás escondido, perdido, e amargurado. Tal como aqueles que não possuem mais ninguém como escudo em tempos de guerra.

Quando o vento gélido bater, e a tempestade escorrer por suas janelas, corra para suas maiores memórias, as mais completas e felizes que possuir. Tenho certeza que poderão te abrigar pelo tempo que for preciso. Abrace os amigos, coma tudo aquilo que gosta sem medo. Visite os lugares que mais lhe agradam, assista aquilo que te alegra. Mas de maneira alguma deixe que e névoa te tome. Porque quando aflito e perdido estiver, talvez não possa mais encontrar o caminho de volta sem a mão esperançosa de alguém para você no alto do poço. Então ama aqueles em quem vê esperança e abre teus olhos para as armadilhas, para que não sejas pego pela escuridão nunca. De maneira alguma. De forma nenhuma. Nunca.

Corre, parece que ela vai nos alcançar, eu já disse pra correr!!!