terça-feira, 23 de dezembro de 2008

I miss you

Havia um homem que orava comigo no meio do campo de milho. Eu sempre pedia que ele me acordasse por volta das quatro horas para nossa reunião secreta, e ele o fazia. Nós costumávamos sentar sobre os joelhos, e sobre aquele céu estrelado do interior falar com Deus, como se fosse a oração mais importante de nossas vidas. A última vez que nos reunimos, permanecemos alí por alguns minutos, mas naquela noite ele não me deixou acompanhá-lo por muito tempo. Passou o braço sobre meu ombro e disse, "Deus, toma cuidade dele sempre, sobre todos os lugares onde ele andar, onde ele estiver, que ele nunca deixe os teus caminhos e que te ame mais a cada dia, que a fé dele não venha a morrer, e que ele possa te conhecer mais e mais, mantém os Teus olhos sobre ele, pra que ele possa crescer em espírito e estatura contigo, amém. Agora vai dormir rapaz, vai..."
Eu disse "
Tudo bem pai..."

E hoje, mais do que todos os dias, eu sinto falta dele...

sábado, 20 de dezembro de 2008

In love... Again... Oh man

Você está na sua vida, um ano antes, exatamente, precisamente, perto, de um ano da sua vida antes. Você está vendo tudo, todas as coisas, o conjunto inteiro acontecer mais uma vez, e como na última não existe pause ou stop. Você está assistindo sua vida, através de outros. Estes dias eu notava o quão rápido a vida passa, peguei nas mãos do meu afilhado e sabe, ele é uma vida, uma pessoa, um ser humano e eu sei que soa bobo, mas demora pra ficha do milagre da vida cair, e quando cai, existe uma questão de existência maior. Meu amigo que brincava comigo na rua tem um filho, e aquele outro que me dava carona para as noites de sábado, agora também tem um. E quando eu olho nos olhos daquelas crianças, quando eu vivo o momento desta noite sem pause, eu me perco.

A verdade é que estes momentos causam tanto saudade como tristeza. Porque a sua vez passa apenas uma vez, e o mundo continua rodando, quem sabe aqueles jovens sabem que só podem colocar aquele terno por uma noite, e todas as garotas aquele vestido só uma vez. Depois amarelarão. Tempo que passa, eu gostaria de poder dizer a eles para não se aproximarem, que os filhos deles chorariam e que eles iriam se arrepender, mas eu não posso, eu não existo.
Ah, espere você, eu te amo, e nem ao menos sei como, a música diz, eu não te conheço, mas eu quero te conhecer, ainda mais pelo conjunto de qualidades que você pinta sobre o quadro negro das sensações. O seu embrulho, ou cor não me importam, eu queria mesmo perguntar é qual o tipo de flor que você prefere, ou onde você costuma ir, vir, sorrir. Eu só quero saber quando você comprou esse album de memórias que me fazem pensar em ti o dia inteiro. Que não seja o mesmo, e nem o óbvio. Precisa ser definitivo.

Quanto a você, eu não me importo, eu não me escondo. Sim amigo, meu único amigo, meu terceiro amigo, parece que chegou a hora de usar a idéia do tudo a ganhar de forma extraordinária. Quem sabe o que algumas horas podem causar em um mundo que eu não consigo enxergar? Quem sabe onde eu posso chegar se abrir meus olhos, e prender minha mente? Hora de dividir meus pensamentos por desenhos, ou letras grifadas.

Nossa, eu não sabia que isso tinha tanto tempo, eu acho que você deveria arriscar tudo de uma vez só...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Old bonds were broken

Eu olhei no meio da multidão, naquele mar de faces estranhas e conhecidas, eu te conheço, eu conheço o seu rosto, ele se destaca, me atrai, me contagia, eu me sinto vivo quando posso te ver. E por mais de um momento eu te tenho. Então tome as minhas mãos, e os meus olhos, nós ainda temos tempo, eu penso comigo mesmo. Não importa se estivermos caindo devagar, porque aqui onde estamos isso não importa mais. Tão linda. Então eu te protegerei onde quer que fores, onde quer que andares, e quando os dias forem frios, você sabe que vou te abraçar. Se não houverem esperanças, eu te farei sorrir. Nós ainda temos tempo, e você tem um sorriso, o sorriso. Aquele sorriso.

Uma pessoa. Tudo que é necessário pra mudar a sua vida. Uma pessoa, duas mãos, dois olhos, um coração. Ninguém sabe onde o seu amor está escondido, e boa parte de nós busca não descobrir. Nós nos preocupávamos demais com as intrigas, com o que comer e com aqueles jogos, sim aqueles jogos, aqueles laços falsos e com todas aquelas bobagens, que me deixavam tão cansado, tão abatido. Eu não quero ouvir a sua voz, nem ao menos uma lágrima. Eu cortei meus laços vermelhos deste natal, arrumei a gaveta, limpei-a. Uma pessoa muda tudo. Uma pessoa fantástica.
Com o meu coração sóbrio eu posso ver claramente, não é apenas irracional, é descoberto, ávido, sagaz. Agora sim eu posso abraçar o que amo, sorrir o que amo, cantar para o que amo. Eu me envolvi até me afogar, e sempre soube que seria uma pedra no aquário. Laços, laços, uma caixa cheia de laços, um caixote, uma caixa enorme, laços, laços e mais laços, vermelhos, todos vermelhos, marcados com tinta vermelha. Todos cortados, acabados. Eu posso respirar, eu posso ver claramente, eu estou perto de casa, posso enxergar meu vales.

E se te amo, cada dia será maravilhoso, e cada amanhecer será promessa, e cada promessa será uma aventura, e cada aventura será incrível, e cada dia contigo será o primeiro, o único de nossas vidas, porque não é apenas, fora, apenas dentro, apenas nítido, vazio ou surdo. É completo.
Eu imaginei ser o segundo, demasiado cansado de jogos, jogos,
jogos para poder jogar. Eu nunca tive aquela garra escura para poder entrar nesta história, e os jogos, nunca foram mais que jogos. Jogos que partiam a alma, e nunca passavam de jogos. Jogos desprezíveis e atuados sentimentos.

"Falling slowly, eyes that know me, and I can't go back, moods that take me and erase me, and I'm painted black"

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Hora de cantar

Bem, eu sai do trabalho correndo, depois de ter ligado pro chefe dizendo que a prefeitura me chamara uma hora mais cedo. O estado era crítico, nossa banda precisaria se apresentar meia hora mais cedo. Será que alguém estaria lá? Bem, na hora eu mal sabia alguma coisa, estava correndo, caminhando, caminhando rápido talvez pelas ruas de Lajeado, e sim, algo estava embrulhando no estômago, mas não podia. Alguma coragem em se expor ao público por mais que quiséssemos era uma espécie de temos generalizado que vinha aumentando a medida que os segundos voavam no relógio.

Eu cheguei atônito, sem muitas reações, a verdade é que a banda já estava passando som, e quando notei estava lá em cima conversando sobre o que tocar, como tocar, quem estava ouvindo o que nos retornos, que horário começava, que horário terminava e todo tipo de enrolação do tipo. A verdade é que se amontoavam pessoas nas calçadas, e nós alí como se o mundo fosse começar, ou ser iniciado de alguma maneira, passando todo tipo de coragem e positivismo possível eu tomei aquele microfone a passamos uma música, coisa que deveria ser natural.
Pronto, pegar microfone, dizer o boa tarde, boa noite e iniciar, talvez tenha sido melhor do que eu esperava, ou um pouco melhor do que isso. As pessoas até dançaram, pularam, foi diferente, toda glória foi dada a Deus, e boa parte das canções foram cantadas, até demais eu diria, principalmente quando me disseram, "Hey, você precisa cantar a última, assim não dá pra terminar, com uma lenta não...", e o dever, a vida, todos chama, e lá se vai a última música do dia.

Não estou acostumado a cantar desse jeito, mas pode ter certeza que é recompensador. E muito. Depois de tudo você sente um quê de missão cumprida e pode descer com a idéia de que tudo está bem. Até ser cumprimentado por alguns, mas sabendo que o parabéns é para outro. Então enfim, nós acabamos, e assim honrados com a oportunidade saímos satisfeitos, algo que eu não pretende esquecer facilmente, principalmente aquele show. É, para uma noite de semana, estava bem mais que lotado.

Boa tarde, boa noite, povo de Lajeado, eu convido a todos para chegarem mais perto do palco, e...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Believe in miracles

Quando abri meus olhos, tudo que conseguia enxergar eram plantas, o topo delas. Como prédios erguidos que elevavam meu olhar até aquela noite de lua cheia. Eu estava deitado, de costas contra o chão, sobre a terra seca, cheia de pedras de barro, ouvindo mistérios incompreendidos, que me faziam chorar como uma criança, meu corpo estava encolido, já não controlava minhas ações. Eu continuava escutando aquele velho amigo, ali mesmo, espremido no contra o chão pelo vento da madrugada. Estava frio, mas eu suava, e isto tudo, foi apenas uma madrugada de sábado.

Tudo começou com o Davis profetizando que seria o monte das nossas vidas, que não houve nada igual antes, e que as armas, foram apenas o começo de uma história muito longa para nossas jornadas. Sim, eu tinha convicção de que algo iria acontecer. Fosse cantando expontâneo com o João por duas horas e meia seguidas, ou falando a noite inteira. Eu sabia que não seria mais os mesmos rapazes, pais de famílias, ou jovens. A idéia era de que foi a noite do começo, da linha de partida, a nossa história para iniciar algo.
Sim, eu ouvi logo, essa noite vou abrir meu coração para ti, o teu plano é maior do que todos os nossos juntos, uma variedade de línguas estranhas nova, perseverança, conjunto em maior união de família, duas gêmeas protegidas a sete chaves, paternidade estendida, pino de centro, tudo ainda de pé por tua santidade, por perseverança, por não desistir, você tem parte nisso. Era tudo que eu ouvia, via, até mesmo, aqueles clarões que ninguém sabia de onde vinham.

E quando caídos no chão ninguém mais levantava. Será que alguém podia se mexer, quando aquela corrente elétrica fez todos pularem, dançarem, saltarem, girarem, tocarem por horas e voarem? Eu acho que não. Não tenho tanta experiência, mas acredito no poder de uma palavra com fé. Afinal basta apenas uma, visto que a noite foi bem mais do que o esperado. E sim, faziam meses que eu não sentia algo assim, forte, talvez quando foi entregue ao Luciano o dom da palavra. Disso não me esqueço tão fácil.

Vocês serão o reflexos dos seus sonhos... Pode escolher o presente que você quer dentro desta caixa...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Amistad

Quando foi que eu me vendi?
Quando foi que eu me entreguei?
Esse mar, essa lama, essa espuma.
Entoado como gota sugada de minha alma.
Onde fui, que não sei como voltar?
Até que ponto eu precisei ir pra trazer você de volta?
Parece que estou me afogando.
Trancado, afogado, trancafiado.
Comprimido abaixo da garganta a última nota da verdade.
Talvez eu nunca me torne o que você queria.
Talvez este seja o meu nome, o seu nome, aquele nome.
Devo estar perdido, pensando ter sido achado.
Quando tudo parecia correto, eu tornei tudo errado.
Eu não te culpo, nem qualquer um ao meu redor.
Eu precisava de uma chamada, e ela veio, mas eu recusei.
Eu coloquei pra fora o que não devia.
Flor que perde pétala.
Seda que arrebenta.
Maçã que é mordida.
Soldado que encontra a rainha.
Deve ser algum tipo de nervos que eu deva ter.
Algum tipo de fraqueza que eu não deva saber.
Perdido e inseguro, deitado no chão, rendido?
Eu não tenho coragem de perguntar, onde está você?
A primeira com a esquina de Amistad está vazia.
Eu estou vazio.
Eu estou de olhos fechados.
E não quero pensar em mais nada.
Talvez escolheram a pessoa errada pro trabalho certo.

Você me disse que era eu, será que isso muda?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Tired eyes, minds, souls we slept

Essa escuridão tem um nome?
Essa crueldade, esse ódio?
Como ela nos encontrou?
Ela se meteu em nossas vidas, ou nós a procuramos e a abraçamos?
O que aconteceu conosco?
Que agora mandamos nossos filhos para o mundo, como mandamos jovens para guerra?
Esperando que voltem a salvo.
Mas sabendo que alguns deles se perderão no caminho.
Quando perdemos nosso caminho?
Consumidos pelas sombras, engolidos completamente pela escuridão.
Essa escuridão tem um nome?
É o seu nome?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

I am Found, You're here

Hoje quero falar sobre ontem, o qual foi um dia fantástico. Existem muitos dias, e muitos sintomas pra cada dia. Manhãs que acordamos com vontade de dormir um pouco mais, e aquelas em que precisamos levantar mais cedo. Tudo depende do dia, da disposição, dos acontecimentos, do cotidiano, enfim, de tudo ao nosso redor. E bem estava eu cansado, estava eu alarmado, deslocado do mundo, querendo virar uma concha, remoendo a vida pra fazer uma pérola. Nada feito, seis horas da tarde e nada, nada, realmente, simplesmente nada. Eu estava meio sem esperanças.

Sempre digo que as melhores experiências com Deus são aquelas que não esperamos. Quando não existe espectativa, existe maior surpresa e isso, faz com que tudo seja especial. Eu sentei, notei que meu amigo estava bem além do que qualquer outro, e aquele momento, aquele lugar. Bem, eu não queria fazer parte daquilo, olhei nos olhos dele enquanto passava por mim e disse, "tome o tempo que precisar". Quando sentados ele me perguntou sobre os meus sonhos, sobre os meus medos, porque já sabia sobre o que iria acontecer naquele lugar.
Ele abriu a Bíblia e leu Isaías dizendo "O Espírito de Deus está sobre mim" E nada mais a declarar. Ele me chamou e muita coisa que eu precisava eu descobri, ouvi, chorei. Quanto mais conheço Deus, mais eu descubro que não conheço o amor dele por mim. E isso me leva a entender que o amor dele é maior do que eu possa imaginar. Se abriram meus olhos, eu recebi a terceira promessa. E isso é tudo que eu queria ouvir.

Deus promete, Deus cumpre. Então se preparem porque nem eu sei o que vem por aí, mas preparem-se mesmo assim. Quando tudo começar a tremer, principalmente o vento, e as ondas sonoras de Lajeado, talvez vocês lembrem onde eu estou, onde eu fui, e sobre o que eu falo, sobre o que eu digo, e sobre o que eu prego. Parece que as melhores, são aquelas que não esperamos. Afinal de contas, quem diria que o David iria imaginar, o que ninguém fez? Obrigado pelo meu melhor amigo.

Este cidadão aqui do meu lado, depois de Deus, é meu melhor amigo, e Deus mandou uma coisa pra ti...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Tempo de vida

Se você sabe o que é ser amado, sabe o que é ser feliz. E foi mais ou menos isso que aconteceu depois que eu escutei tudo através de muitos metros de distância. A vida aparenta ser bem mais interessante quando as pessoas mostram atração por você. Você é o imã. Você é mais do que alguém seguindo um caminho para algum lugar conhecido. Então quando alguém diz que você é interessante, a proporção de mundo muda, e tudo ao seu redor muda. Vontade de dançar acho que essa seria a expressão permitida nestes casos. Uma vontade inexpressável de mexer os pés em uma superfície plana. Mesmo que ela não o seja.

E quem pensaria assim? Que o mundo é cheio de amor e todos aqueles coração avermelhados de desenho animado. De repente eu ando como bobo pelas ruas, canto, sorrio. Alegria. Chatice tudo isso, ser apaixonado é tão bom quanto ruim, todavia bom, mas com suas complicação. Uma complicação enormemente aceitável que segue de condições. Você está submetido a alguém. E não importa como, fácil não é de se livrar da crush em si. A idéia é aproveitar, ou pular fora, e neste caso em exclusivo. Somente neste digamos assim, só neste, exclusivamente, eu acho que é melhor partir pra algo mais, ou o amigo pode se tornar apenas o amigo.
Depois eu decido se funcionou ou eu ainda estou caminhando em cima de um relógio. Tudo depende da felicidade que é proporcionada por uma situação tão boba no próximo post. Bem, informações demais sempre são boas, principalmente se forem a seu respeito, coisas boas deveriam ser faladas sobre nós o tempo todo, porque faz bem, porque levanta as pessoas de suas nóias pessoas, e pensar que às vezes todo mundo gostaria de ser falado ou apreciado. Então boa sorte pra quem é, ou pode ser.

A idéia é pegar o meu projeto principal, montar as músicas, as danças, as interpretações, e por fim, o grupo. Tão simples, mas no fim vai ficar bonito. Eu acho que vale a pena se empenhar em cima de algo que funciona e sabe, vai pra frente. Uma das minhas idéias funcionou e está funcionando, basta que meus amigos paguem suas dívidas e mais idéias me surgirão. Eu preciso de mais idéias, gosto das minhas, mas as dos outros me fazem pensar mais, e me submeter a decidir pelo melhor.

Mostra aí meu, a gente faz uma janta, olha um vídeo do Marco Feliciano, eu to mostrando!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

The search for something more

O meu coração parou. Parou por algum momento, por tanto tempo que eu não consegui contar, eu não sabia se estava morto, se o mundo todo estava caminhando em camera lenta, ou se o único surpreso era a minha pessoa naquela rua. Eu não sabia se tinha tomado um susto, porque durou muito tempo, naquele relógio que contava os biolionésimos de segundos das manhãs de segunda-feira. Eu fechei os olhos, e deixei que aquela brisa levasse os meus pensamentos embora, que limpasse minha mente, meu corpo, alma. Livre. Caminhando em uma rua cheia de flores, amarelas e verdes. Havia alguém em vermelho.

Qual o nome desta escuridão? Onde ela se esconde, porque tenta nos levar com ela, onde estamos, ou o que queremos? Ninguém tem a mínima idéia. Ninguém sabe responder perguntas complexas, ou dizer qual o sentido dos logarítimos naquelas folhas sobre a mesa da cozinha. Ninguém sabe me dizer qual o nosso caminho, nem uma pessoa, nem um amigo, nem um parente. Ninguém. Abro meus olhos, arregalados, eu olho aquela rua, vermelho, sentado, vermelho, pálido. Só existe uma coisa a saber. A maior. Amar, amado, retorno.
Respire fundo, isso, só uma vez. Feche os olhos e pare de ler. Isso, largue das palavras, deixe a vida te dizer o que fazer pra variar uma vez. Porque eu quero me agarrar aos pensamentos que valem a pena. Ao mundo que está esperando alguém do outro lado da rua, lua, chuva. Me atravessou o coração a menina sentada, ou aquela que me desenterra o passado, ou aquela tristemente sentada no gramado, lanchando sozinha. Tristemente.

Então me quebra ao meio, e me molda mais uma vez, porque eu repito, tudo que eu disser, fizer, moldar, vai dar certo. Não importa quantas vezes tentem desfazer meus nós, ou apedrejar minhas janelas. Algo está explodindo dentro de mim, e algo está começando, ouça. Você consegue ouvir? Alguém está cantando, alguém está morrendo. Vermelho, preto, nos braços, choro de criança. Amar, amado, retorno. Revolução que acaba de começar, e quando terminar, a parte mais difícil é abrir um leve sorriso e dizer. Acabou.

All you need is love