terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Eufemismo detido

Eufemismo é o ato de suavizar a expressão duma idéia substituindo a palavra apropriada por outra mais cortês, diz o meu amigo Aurélio, cujo qual possui todas as vogais para si, e mesmo assim esmiuçando tudo que disse nunca impostou sua voz a ninguém. Afinal nunca ouvi dizer que um dicionário andou conversando com alguma pessoa. Ah sim, as palavras substituídas, as mudanças suaves para preservar amizades, relações governamentais e o sistema por si próprio.

E bem que meu avô já dizia que neste mundo, tudo muda. Suavizar virou moda, hoje já não existem restrições para crianças de poucos anos estarem rebolando para todos os lados, afinal sensualismo não existe mais, quem tomou seu lugar foi o Ousado, e como assim dizendo soa melhor, ou um pouco mais bonito "não faz mal", afinal se a palavra muda, as conseqüências também devem, não?
Outra que resolveu ir ao cartório mais próximo e trocar de nome foi a mentira, agora mais conhecida como Omissão, o medo tornou-se receio, e ninguém nunca mais sentiu nada, digo, obrigação de enfrentar seus desafios . Os perdedores tornaram-se os não-competidores-felizes e o resto ainda está tentando encontrar uma saída como a grande quantidade em Brasília, afinal ningém rouba, só furta. Alguém pergunta "Mas não é a mesma coisa?", "Não" diz o excelentíssimo senhor "... assim soa mais bonito" , enfim, o mundo simplesmente resolveu prender o Sr Eufemismo e usá-lo quando necessário.

Perdão é como eufemismo, você pode ter sido uma palavra apropriada, e por isso magoado alguém, mas não é pelo fato de que resolveu "eufemizar" que alguma coisa mudou. Se suas ações ainda são as mesmas, está claro de que você possui ainda o mesmo significado, independente da palavra escolhida, mas quando decidimos mudar nossa palavra para algo que realmente expresse nova compreensão, teremos a chance de sermos perdoados.

Então diz alguma coisa pra eu te perdoar...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mudança de planos

Como se não bastasse ter uma situação embaraçosa nas mãos, que pensava eu estar quase explodindo, e a empresa me sufocando, ainda consegui arranjar um pouco de repreensão de um amigo mal humorado. O dia deve acabar bem, afinal me disseram que iria ter uma festa no fim do dia. Penso eu "Pelo menos o dia termina bem!". Nós pensamos demais, ocupamos nossas mentes com os acontecimentos mais reconfortantes e quando damos por conta de nosso eu, já estamos resolvendo os problemas pendentes. O mundo está explodindo, o céu está caindo. Pensei que o dia acabaria bem. Pense de novo.

As discussões sempre começam da mesma forma, alguém coloca sua idéia, outro a rebate, algum outro tenta aliviar, um questiona, e aquele último perdido ainda diz que não concorda com nada. A mescla de pessoas já é demasiado confusa quando você coloca o dedo ao alto e começa a puxar os arquivos das prateleiras mais antigas para descobrir se há alguma chance de sairmos todos ilesos da questão não solvida. Com tantos rostos ao seu redor, a atitude mais cômoda seria, correr.
Os problemas começam quando as palavras são dadas, as pessoas discutem, a tensão aumenta, o povo cospe fogo e alguns tentam apagar, eu me sinto realmente colocado contra a parede, e sei que posso escapar, o problema é saber se alguma voz irá levantar-se para me ajudar. O que surpreendentemente ocorre em grande quantidade e freqüência. É claro que isso me coloca de pé, sei que não estou sozinho, sei que tenho amigos, mas agora, possuo a certeza de que caso caia, alguém poderá estender-me a mão.
Perdemos um guerreiro, perdemos um plano talvéz, ainda não sabemos, palavra foram jogadas ao vento, ameaças foram colocadas ao fogo e ao final da noite eu já havia calculado que pelo menos um casal sairía ferido. Amados ou não, cada um toma sua decisão, cada um leva seus riscos e carrega seus fardos.

O futuro não sabemos, as novas histórias desconhecemos, os novos contatos e históricos ainda analisaremos, e diremos em alto e bom som que acreditamos com seriedade no que fazemos. Mesmo que falem e espalhem o que deve ser amarrado, seremos o que somos, da maneira que vivemos, até que Nos diga o que devemos fazer. Até este dia, tudo continuará como está no exato momento.

Se está é a decisão, então eu escolho...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sinais de fumaça

Parece que ultimamente, as coisas começaram a mudar, e decidiu-se aos quarenta e sete minutos do segundo tempo que ainda havia tempo para uma longa discussão antes de começarmos nossas lutas. Há saudade dos tempos em que tudo que eu fazia era sentar e relaxar... Mentira, eu amo essa vida. As vozes começam a se levantar, os nervos começam a se contorcer e o bom clima manda lembranças de algum lugar muito distante. O tempo fechou, a tempestade vem chegando, a atmosfera realmente sumiu. Ah sim, é só mais um dia no calendário.

Particularmente sinto que minhas palavras ditas no ensaio de sábado realmente irião se cumprir, mas não tenho idéia de quem será a pessoa. O pensamento começa a esvair-se a medida que o tempo vai passando e tudo que eu penso nos últimos segundo de desespero é "Não pode ficar pior", realmente não pode porque já ficou, eu coloco a cabeça entre as pernas e digo "O mundo está caindo...", e é em momentos como esse que você levanta, ergue a cabeça e caminha, como se o seu caminho tivesse kilometros de comprimento e horas de caminhada, que por sinal, acabam em alguns segundos.
Os sentidos se aguçam quando você entra em desespero, conviver com as consequências de discussões não te levará a ser uma pessoa passiva, mas a viver em alta tensão. Ali nos momentos mais importantes do seus dia, você descobre o que precisa fazer em tão poucos segundos, encontra as palavras certas, e decide consigo mesmo que mesmo com tantas lutas e esforços é preciso fazê-lo.

E assim vencemos batalhas, sabendo que não estamos perdidos, mas que tudo que você precisa fazer é abrir sua boca e clamar. Não temos a mínima idéia de quando será nossa próxima chance, ou quando teremos mais um lance a fazer. Não vivemos de desespero, mas de oportunidades de olhar nos olhos do medo e vencê-lo, mesmo que a inquietação te diga que tudo está perdido.

Não se preocupe, tudo será resolvido amanha!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Escrito na areia

Existem promessas que cumprimos com certa facilidade e outras que apenas prometemos, mas que esquecemos em alguma gaveta do porão. Promessas sempre são um tipo de contrato que quando ouvido exprime grande certeza e confiança de que a palavra dita realmente tende a tornar-se realidade. É por estas e outras que eu realmente tenho sentido o preço de promessas mal cumpridas, que até quando simples, custam caro.

O blog já tem feito parte do meu dia. Eu que antes não me sentia nada a vontade em compartilhar de minha vida privada com o mundo, agora abro mão para poder me sentir um pouco mais ativo e poder levar meus pensamentos ao exterior. É necessário eu sei, e talvéz eu devesse tentar uma pessoa, mas a confidente não aparece faz algum tempo, por isso adquiri o blogger mesmo.
Promessas começam a ser pagas dolorosamente quando você não as cumpre. "Eu compro amanhã!", "Eu te amarei pra sempre", "Que lindo que ficou!". Realmente, promessas não são coisas que deva-se cometer sem pensar a respeito. A minha, é de que escreveria todos os dias, mas não há nada que se possa fazer, nossas vidas continuam e ninguém vai fazer alarde do rapaz que não escrevia todos os dias, porque as promessas só se tornam incomodas aos que prometem e aos que são prometidos, mas que não vêem resultados. O real custo de nossos juramentos nunca ocorre por si só, não apenas das palavras ásperas daquele que espera mais, mas às vezes a repreensão vem lá de dentro mesmo.

Promissão, voto, juramento. Necessidades de todo Tomé que não garante ou confia. Confiança não surge do dia para noite, palavra não se torna verdadeira até que se prove, contratos não mostram eficiência até sairmos pelas portas e começarmos o trabalho pesado. Prometa o que pode fazer, porque quando prometido o que não podemos alcançar, o tempo nos leva a entender que mais cedo ou mais tarde teremos de encontrar explicações para nossas incapacidades.

Pois é, mas eu queria escrever todos os dias...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Início do fim

Às últimas notas da penúltima música do encore, meu coração batia desesperado, estávamos tanto tristes como felizes, tristes porque sabíamos que não voltaríamos como instrumentistas, e felizes por podermos vivenciar a experiência entre tantos alunos. Mais um maestro subiria ao palco e sabíamos que ao iniciarmos, finalizaríamos mais um ciclo. E este foi o início do fim.

Todos a postos, esperávamos pelos sinais do professor, e um misto de memórias e notas misturava-se em nossas cabeças. Alguns não tinham idéia alguma do que estava acontecendo, e entenderiam apenas quando pusessem os pés em casa e enxergassem que não haveria ano que vem. E que o Encore, seria apenas uma fase de nossas vidas tão passageiras. Aos sons da última música, eu lembrava da letra, lembrava dos momentos, e das tantas risadas, do início e do que era o fim.

A música era de "Malandragem" de Cássia Eller e soava triste, dizia que eramos poetas que não sabiam amar. Nunca gostei de "malandragem", nunca quis descobrir o que é não amar, mas a canção soava como triste, vazia no coração dos que iam embora, no coração daqueles que deixavam uma história e enquanto muitos paravam por um instante nas notas mais difíceis eu continuava como um soldado lutando pela última vez.

Triste é aquele que perdeu o dom de amar, desesperado é quem o quer reencontrar, desanimado é o que sente um vazio e único aquele que entende o que a música pode te fazer sentir. Assim, terminamos nosso ciclo, arcos baixaram, flautas não mais sopraram, e palhetas não tocaram mais as cordas. Foi então que o início tornou-se o fim.


Vai lá Valdir!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Adaptação

Pessoalmente imagino que exista um lugar especial em minhas memórias para a nostalgia. Os problemas irritantes nem iniciaram ainda e eu já penso... "mas naquela época", sei que soa esquisito, mas ainda me sinto muito desconfortável, afinal, foram muitos anos fazendo a mesma coisa. E só de pensar que seu horário é mais contado que as vezes em que a globo reproduzio "A lagoa azul", te leva ao desânimo de estar mostrando o que sabe o tempo inteiro.

Antes meus momentos tão filosóficos aconteciam a qualquer hora em qualquer lugar. O máximo que me ocorre hoje são as músicas conhecidas quando a rádio da Univates resolve tocar The Fray. O que faço, é ótimo, porque é mais uma fase da minha história que se completa, mas a adaptação é algo que pode levar tempo. Soa como preguiça aos ouvidos do trabalhador, e talvez como manha para alguns, mas para quem vive o que estou falando é apenas mais um passo na esquina da vida. E ao ouvir o som da música, ao escutar aquelas notas tão conhecidas de "How to save a life", é que penso nas tantas vezes que vivi tardes tão descontraídas e que tudo que me resta é a tão esperada música que toca às cinco e quinze.

E a vida continua do jeito que é, como sempre foi, com seus comentários estúpidos, com suas idéias maravilhosas e suas façanhas extraordinárias, mostrando-lhe que ao passar dos anos, à cada década você será alguém novo com velhos conceitos, e idéias que mesmo renovadas, ainda são antigas, pois se escondem naquele lugar de suas memórias que se chama nostalgia.

Step one you say we need to talk he walks you say sit down it's just a talk...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Gritamos baixinho

Existem diversos "momentos" na vida de uma pessoa que a definem como ela e o mundo a verão. O menino que você vê roubando na esquina, é o julgado pelo mundo. O garoto que passa fome é aquele que está se definindo. Indiferente ao exemplo, o mundo continua julgando, a sociedade continua olhando, mas só quando ocorrem os "momentos" é que nos damos conta do que sentimos.

Conheço muitas pessoas, e ultimamente tenho encontrado mais algumas em meu caminho, cada uma com seu jeito de ser, ligados aos mesmos ramos que eu. Cada pessoa precisa aprender a conviver com seus colegas, e aprender a suportá-los, em certos casos, até mesmo evitá-los. Não quando isso vem daqueles que podem "controlar" suas ações. Muitos realmente se irritam com estes, falam pelas costas, se entreolham, respiram longos suspiros e os fuzilam com o olhar. Com o tempo conhecemos os "controladores" e o que querem, e pouco a pouco você acaba descobrindo seus sentimentos.
Tudo ocorre quando alguém desvia a atenção daquela que precisa, daquela que se sente menosprezada, daquela que muito grita e muito faz, e como muitos, riríamos, diriamos o quão "bem feito" seria aquilo. Sim, diria aquele que não sentiu a mesma coisa que eu. Pena. Pena por conhecer aquela amiga, por entender sua vida, por descobrir sua fraqueza, seus problemas e tristeza por não poder ser íntimo o suficiente para ajudar.

Consequentemente nos tornamos o que os "momentos" nos moldam. Uns crescem, alguns engordam e outros perecem. Feitos da mesma matéria e de desejos inigualáveis, somos o que somos em frente a nossas escolhas, perante o medo e a ousadia. Crescemos, nos multiplicamos, e em algum momento de nossas vidas sem explicação ou discórdia julgamos, todos nós um dia julgamos.

Ela foi embora e não me deu oi?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Felicidade em espera

Eu realmente fico pensando por algum tempo antes de escrever, pensando nos pequenos momentos do meu dia que serviriam para um texto que significa algo mais do que um desabafo ou relato. Talvez que servissem para ajudar a vida das pessoas, ou para que me entendessem melhor, mas em um destes momentos hoje ocorreu a mim o quão incrível é ter algo que te faça feliz esperando por você em algum lugar.

Eu entendo os colaborados de empresas, o quanto ocupam de suas vidas nelas, sei que é necessário trabalhar a vida inteira e passar o resto do tempo cansado, tentando cumprir suas tarefas não tão importantes, por isso às vezes, o que te dá mais alegria nestes momentos cansativos, é a certeza de que há algo que te trará alguma singela felicidade à sua espera lá fora. No meu caso o simples pacote de fotos reveladas, que me fizeram lembrar que o dia não estava apenas se arrastando, mas que ao sair do trabalho tinha algo de que gosto para fazer. A cada foto, eu me espanto, rio, observo, e é incrívelmente estranho que possa-se ser feliz com tão pouco, contanto que exista algo que te deixe assim. É necessário vivermos com algo nos esperando lá fora, hoje um pacote de fotos, amanhã alguns amigos, mais tarde, uma família.

E acredito que seja isso que leva tantos colaboradores a continuarem com suas vidas, mesmo quando cansados, a certeza de que suas famílias, esposas(os), bichinhos de estimação ou até mesmo novas compras os esperem em casa. Porque o que os move é o sentimento de que as novidades que fazem seu coração bater estão cada vez mais perto da sua vida, ou te esperando em casa

Fosco ou brilhante? Com margem ou sem? Quantas mesmo?

Perdi o dezessete

E hoje foi o grande dia em que por falta de tempo e organização acabei perdendo um dia no blog. Não que eu tenha um pacto para escrever todos os dias, mas por ser o tipo fleumático, acho que faz parte de mim mesmo essa coisa de organização. Me sinto frustrado por ter postado aos primeiros segundos da meia noite, horário tarde demais para quem gostaria de um arquivo diário, mas só prova que a vida não é perfeita, e que em algum dia perderemos algo, algo que talvez seja realmente muito importante.

Sim, singular tristeza, seguido de um murmuro. Resultado de meu feito ao perder o post, e isso me lembra que quando eu erro, cubro-me de uma sensação estranha. Sensação de que minha vida está desorganizada, em uma dimensão na qual eu não consigo viver, como se meu mundo fosse uma biblioteca, e de repente um livro daquelas imensas prateleiras fosse jogado no meio da sala. Lacuna é aquilo que está vazio, que se prende ao nada, que se demonstra desprovido de algo necessário, pelo menos no meu caso. E apesar de tudo, a melhor maneira de vencer tal lacuna, é continuar a escrever, manter o ritmo e não parar enquanto o trabalho não está terminado. Porque na vida não existem borrachas, nem corretivos. Apenas uma caneta, que por muitas vezes resolve cometer erros. Aprendemos com estes também, e assim continuaremos com pequenas fórmulas que nos ensinem como agir, falar, e ouvir, como se fossemos pesquisadores da vida e do universo.

Assim, vivo meus dias, examinando as antigas linhas para descobrir o que pode ser mudado, onde existem faltas, e em quais áreas devo me integrar ou me abster. O segredo é apenas não parar quando todos te dizem que é hora de desistir porque algo no plano deu errado. Se você souber que sua história ainda não chegou no ponto final, e que há muito mais para ser contado, simplesmente continue escrevendo o tempo que for preciso.

Perdi o dia 17...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Cds pirateados em camelô

Quando reencontramos amigos os quais não viamos há muito tempo, podemos distinguir o sentimento de saudade sendo morto de forma rápida e indolor. Neste caso quando o sentimento é grande e a espera foi muita. E é sobre os dias felizes que quero falar hoje. Aqueles em que você acorda com o pé direito, mostra seu sorriso ao mundo e diz que o dia é seu.

Reencontros são sempre emocionantes, abraços são dados, assuntos pendentes são redescobertos assim possibilitando enxergarmos de um ângulo notório, as novas perspectivas dos recém-chegados. Conversamos muito, e após esmiuçar tudo que podiamos, sentimos conforto. Porque a facilidade em esmiuçar sua vida para alguém, não aparece como cds pirateados em camelô, e sim como enchente em Lajeado. Pessoalmente posso dizer que ter reencontrado minha amiga foi de grande importância em minha vida, pelo fato de que agora o que tinha para ser compartilhado. acabou de fato sendo. E tudo aquilo que guardei por seis mêses valeu a pena.

E como seria fácil, se tudo que tivéssemos que fazer para encontrar um amigo fosse ir ao centro e começar a falar de nossas vidas. Não empolgue-se, é trabalhoso, mas vale a pena. Pelo complicado motivo de que a amizade não se explica, ela simplesmente encaixa na vida daqueles em que Deus deu dá um empurrãozinho. Somos matéria importante demais, para desperdiçarmos com as pessoas erradas. Não desvalorize seus assuntos, compartilhe com aqueles que lhe darão algo em troca na mesma medida.

E então... Eu posso subir na geladeira e fingir que é minha base?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Amigos espaciais

A humanidade ama novidades, o que faz comum ouvir pessoas comentando sobre novas propagandas, programas e notícias. Passado transformou-se no ícone de desaprovação e o termo desatualizado, é o pesadelo daqueles que correm atrás do "novo", para poderem manter aos olhos críticos da sociedade uma boa aparência. Assim sendo, enxergamos um povo que corre atrás daquilo que não conhece, porque assim lhes foi dito pela mídia.

Somos seres com sede de novidade. Nossas músicas são facilmente apagadas, após uma boa semana de uso apropriado. Velhas piadas perdem sua graça na mesma proporção de tempo das lembranças impactantes que certo efeito causam apenas na primeira vez. Vivemos tentando sair do mundo cheio de regras, e imaginando quando essa cadeia de paradoxos sentimentais poderia ser esquecida por cinco minutos.
E são em momentos como este, que com alguma sorte e um pouco de esperança, faz-se possível encontrar pessoas caindo do espaço sideral, que ao encontrarem você abrem seus corações e dizem o quanto você é especial, contam a você qual a sua importância, e porque são seus amigos. Atitudes eficazes que mostram com grande força o quão amparado você encontra-se, e que o "novo" de nada adianta quando os velhos amigos te mostram o que vale a pena.

Cheio de alegria, e com sentimentos que te colocam novamente em pé, você pode caminhar pelas ruas da cidade com fôlego novo, revivendo momentos, consultando palavras de ajuda e abrindo caminhos com um sorriso novo. Porque tudo que você precisa quando se encontra no fundo do poço, são amigos verdadeiros que mostrem que realmente caíram do espaço sideral em cima de você, apenas para demonstrar o quão importante você sempre foi.

Vai dizer que não é legal, sair e conversar sobre tudo como nós?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Novos caminhos

Subitamente em um nanomomento foi decidido que metade do meu apartamento viverá seus dias de glória com a falta de energia elétrica, que assim nada iluminará até encontrarmos uma maneira de solucionar o problema. E é por isso que hoje escrevo de uma Lan House, cuja qual possui o pior teclado em que já digitei, o que agrava mais ainda a minha situação. A verdade é que a culpa disso tudo é totalmente minha, mas felizmente ainda não chegou ao ponto em que os problemas caóticos me impeçam de escrever e continuar compartilhando as minhas emoções com essa máquina tão compreensiva.

"O mundo continua girando" é o que dizem os consoladores, e com ele o meu cotidiano tão surrado, que já chegava ao fundo do poço em um lugar denominado "monótono". Pelo menos é o que pensa, todo aquele que já cansou de apenas dedicar-se as funções domésticas e resolveu dar um passo na vida.
São por estes e outros acontecimentos que coloquei uma bela roupa, um novo sorriso e saí às ruas a procura de trabalho. E é incrível como os acontecimentos procedem quando você realmente precisa do emprego. O mundo, resolve girar um pouco mais rápido e quando você dá conta do que ocorre na sua vida, lembra-se que já está sentado em uma cadeira de escritório cercado de serviços que você ainda precisa aprender.

No fim do dia, você finaliza suas tarefas, conclui seus documentos e entrega seus pedidos com um ar de "missão cumprida", dá um adeus para os que ficam para trás, sai visivelmente alegre pela porta, caminha até a calçada, e com alguma convicção que vem lá de dentro, diz que o emprego é seu. E a esta altura não importa se o mundo está caindo ou se o céu está fechado porque pequenos momentos como este são memoráveis para vida inteira.

Alô, Oraganizações Marina bom dia...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Sons de conserto

O som das notas, e aquele barulho de música, me lembram que a segunda-feira chegou e que os ensaios da banda continuam. Ao entrar na igreja, eu já posso sentir aquela presença confortante que me faz tão bem, e ao darmos as mãos enquanto um de nós inicia a noite com uma oração, posso sentir que nossas reuniões têm se tornado cada vez melhores.

Nossas vidas tornaram-se alvos mais cobiçados a partir de nossas perdas, e foi em função disto que unimos as forças no Único que pode nos salvar, posso garantir que nosso início foi penoso, e que cada passo era dado com muito esforço, mas cada vitória era ainda mais comemorada. E foi hoje que me dei conta que a unidade de que tanto falava tornou-se realidade. Lá estávamos nós, após mais um ensaio conversando sobre nossos cotidianos, quando nos deparamos com o horário de nossa busca ao Espírito Santo. Prostrados ao chão, clamando pela presença que completa nosso vazio, eu podia perceber através das ações do conjunto e da presença Dele, que nossas vidas agora lutam lado a lado, compartilhando novas experiências, consertando-nos uns com os outros, e reconhecendo claramente quando Deus age em nossas vidas. Alegro-me em dizer que a Primícias tem me dado tanta felicidade e que tem se tornado uma importante coluna na hora da aflição, porque sei que posso sempre contar com suas orações, mesmo quando parecem que todos estão cansados, ou arrasados com suas batalhas pessoais.

Estamos lutando contra tudo que possa tentar nos frustrar, e nos fortalecendo cada vez mais, afinal, parece à nós, que dias difíceis estão chegando, sabemos que Deus tem planos conosco, e que sua voz já confirmou isso algumas vezes, estamos esperando por seu chamado, por sua confirmação final, porque sabemos que ainda iremos onde nossos olhos não conseguem enxergar.

Pessoal, eu gostaria de compartilhar algo que aconteceu comigo...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dominós empurrados

Esperar horas em uma fila de banco para ser rapidamente atendido, é uma experiência que paulatinamente te leva à loucura. Mesmo com todo o sistema criado por bancos, lojas, e supermercados, o teste da paciência no momento em que todos tomam o mesmo lugar, torna-se crítico, não pelo atendimento, que em grande parte das vezes é eficiente, mas pelo pequeno trajeto caminhado em um tempo tão longo.

A verdade é que não é a primeira vez que noto isso, mas com o passar dos anos, à medida que crescemos, o pagamento em bancos, lojas e supermercados tornam-se uma realidade crescente em nossas vidas. E é por causa dela que posso compartilhar da minha tão "interessante" tarde desperdiçada apenas nas filas destes estabelecimentos. Nota-se que o comércio tem feito o possível para tornar-se tanto eficiente quanto rápido com seus clientes, e mesmo com todas aquelas poltronas ortopédicas, ares-condicionados e estagiários, a tarefa de pagar uma conta bancária acaba resultando em uma hora monótona, pelo simples fato de que em uma cidade de sessenta e cinco mil habitantes, quarenta resolveram fazer a mesma coisa. A luta, por quitar uma dívida não é para qualquer um, às vezes o atendente passa a bipar quatro vezes seguidas cidadãos frustrados com a fila que reputaram-se por sem tempo e continuaram em outros afazeres, dando lugar para aqueles que providos de alguns minutos a mais, persistiram.

O sistema criado por mentes tão inteligentes, ainda deixa a desejar, e provavelmente deixará por muito tempo. Em primeiro lugar, porque a modernização dos meios públicos caminha lentamente, e em segundo, pois a população vem crescendo a cada dia surpreendentemente. Espera-se que tais estabelecimentos encontrem maneiras de melhorarem seu atendimento, resultando em clientes mais satisfeitos que esperem menos nas tão imensas filas.

Não esqueçam pessoal, um passo de cada vez, e não fure a fila.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Piadas daqueles tempos

Hoje completam-se 52 desde nossa formatura, agradecemos a muitos, abraçamos várias pessoas e despedimo-nos de grande parte delas. Eu quero falar da sensação que toma conta dos formandos-amigos que são separados pelas distâncias. Sim, a saudade.

Às vezes, eu sinto falta daquele quinteto, uma turma da qual nunca vou esquecer, diferenciada em seu modo de ser, com metas e perfis completamente diferentes, mas unidos pelas mesmas idéias. São memórias que guardaremos em nossas histórias, histórias que nos farão gargalhar por muito tempo, tempo que nunca mais será o mesmo em nossas vidas, e vidas que separadas trilharão caminhos diferentes.
São dias que não voltarão mais, em que acampávamos e ríamos até altas horas da madrugada, reuniões cujas quais faziam alguns vizinhos reclamar do barulho, e tardes que foram muito bem desperdiçadas tomando aquela Coca-cola gelada enquanto comentávamos sobre as provas. Ah, sim, como eu sinto saudade daquelas risadas, daquelas piadas, daqueles tempos, em que o mundo parecia algo tão longínquo, e nossas vidas pareciam tão simples.

Tentaremos nos mater em contato, fazer algum tipo de reunião, chamar os amigos pra jantar, e até mesmo casualmente fazer uma viagem. Queremos nos manter unidos como fomos, porque tempos alegres são experiências que procuramos a vida inteira, e pessoas como essas que os proporcionam, não são tão fáceis de serem encontradas.

E hoje, eu só sinto saudade do tempo que não volta.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Porque tanto drama?

Humanos, são criaturas providas de sentimentos que arruinam suas vidas, sentimentos que nos fazem perder tempo. Indecisão por exemplo. Quanta indecisão para escolher um simples assunto do dia e o transformar em um texto. Pensamentos que passam na minha cabeça, são aqueles que arruinam o meu atarefado horário de escrever no blog. Escolher um assunto deveria ser simples. Não, talvez eu devesse falar sobre os meus sentimentos. Não, poderia ser sobre o que eu escolhi fazer do meu dia, mas acho que iria parecer mais com um diário. Eu deveria escrever algumas mensagens que de alguma forma fossem te ajudar?
Porque?

Ultimamente eu tenho perguntado "Onde está o meu coração?", não que os meus sentimentos tenham se esvaído do corpo, ou que eu não sinta mais aquela vibração no peito, mas quando chega um ponto em que sua alma começa a clamar por aquilo que você sabe onde está, mas não consegue alcançá-lo, você se pergunta, "Onde está meu coração?". A verdadeira pergunta e mais correta neste caso deveria ser, "Porque eu não alcanço o céu?" A vida se torna um caos, a partir do momento em que você deixa, a partir do momento em que você para de sonhar. Você só perde, no momento em que desiste, no momento em que deixa seus pontos fracos te alcançarem e dizerem o que você deve fazer. "Não me diga o que eu não posso fazer!", grande palavras do ilustre John Locke, inspiradoras até certo ponto, em que você se depara com a voz Daquele que pode Te dizer o que você não pode fazer.

O drama, a dúvida e o coração afligido pela indecisão de escrever alguns sentimentos soam como bobos, mas retinem como verdadeiros. Há que ponto chegamos em que o grito de nossas almas ecoa mudo na frente de uma máquina.

Onde estão os nossos corações?

sábado, 9 de fevereiro de 2008

David e o Blog

Estava eu em mais uma daquelas noites, cujas quais eu usava para não fazer nada e ir dormir tarde, quando navegando pela internet surgiu-me a idéia de criar um blog.

Idéia que já deveria ter me ocorrido há muito tempo, mas que acabou sendo introduzida a mim enquanto lia um outro blog escrito por Jorge Garcia. Com algumas idéias e um pouco curioso, decidi que é hora de colocar as opiniões para fora, e analisar os acontecimentos do mundo.

Espero ter minhas idéias colocadas aqui de qualquer forma, uma ótima maneira de não precisar conversar com os seres humanos e compartilhar minha vida com um site na esperança de viver mais uma nova experiência.

Húba!