domingo, 31 de maio de 2009

Don't fight with a punk tonight

Nós costumávamos subir em uma pedra que ficava do outro lado do campo de futebol, a gente sonhava com mil e quinhentas coisas, o que compatilhávamos na época era a paixão por dinossauros, não que algum de nós quisesse casar com um pterosauro, mas o assunto nos interessava bastante. A gente conversava muito, e na época ele era meu melhor amigo, porque, bem, uma criança que encontra em uma sala grande, um amigo que gosta de imaginar-se caçando dinossauros, entre vários outros que só querem ficar no real brincando de carrinho, certamente vai fazer um amigo rápido. E foi mais ou menos assim que eu conheci o Guilherme.

Eu passei muito tempo fora da escola, fiz o fundamental em outro lugar, mas nem precisei muito tempo depois de ter voltado, pra gente lembrar das viagens pré-históricas. Não, as histórias antigas nunca mais aconteceram. Ele arrumou um novo faixa, assim como eu, o Farias, e por volta do segundo ano do ensino médio, depois de muita enrolação, criamos a primeira saída da galera. Aquela noite ficou pra história, como aquela em que não fizemos quase nada, mas conversamos muito, e todo papo que não rolava na escola.
Eu me identifico bastante com o Franzmann, porque desde pequenos nós tínhamos as mesmas idéias imagináveis. O tempo passou e esses dias quando a gente voltava da janta eu ouvi ele dizer "É David, a gente precisa sair mais, nós temos algumas idéias em comum...". Eu também me acho parecido com ele em alguns aspectos difíceis de explicar, mas que estão guardados em algum lugar, e não é a doze no fundo do guarda-roupa, mas a maneira de agir em algumas situações embaraçosas.

Eu prezo ele muito como pessoa, e ele é gente fina, pois além de ser o meu primeiro amigo do grupo, e ter tomado o xingão por ter chegado atrasado na aula no dia dos dinossauros, em função de eu ter me escondido na hora, ele sempre ajuda quem está ao seu redor. A gente não costuma se falar mais tanto, e somente nas reuniões, mas eu sei que quando sentamos e começamos a conversar tudo volta à mesma época, porque as nossas cabeças tem idéias compatíveis, exceto pelo lagarto, e os cachorros assassinos dele. De qualquer forma, eis um amigo do qual vale a pena comentar neste blog, daqueles que a gente guarda durante a vida inteira, ou junto da doze no guarda-roupa.

Abraço véio!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

With you my friend

Eu tenho uma amiga que costuma me entender quando conto meus problemas, ela não foi a mais confiável desde o início, mas se apresentou como grande apoio no momento que eu julguei mais precisar. Eu não conversava apenas sobre o tempo, os amigos e os programas que acabavam ocorrendo conosco, nós acostumamos a sentar pra falar sobre Deus, e quem me conhece, sabe o quanto eu gosto disso, desse momento. Os nossos assuntos iam longe, e sempre aparecia alguma coisa engraçada na conversa pra nos deixar alegres.

Eu já tive vários amigos, e muitas amigas na vida, não suponho que ela seja a melhor, mas acredito que neste momento da minha vida, seja ela quem me entende. Quando tudo fica difícil por aqui, e sei que a distância nos separa, eu tento manter contato, sei que nem tanto quanto antes, mas o suficiente pra me sentir confortável a respeito de minhas decisões. Imagino que amigos não foram feitos apenas pra bons momentos, mas pra aconselhar também, e ela, tem feito um bom trabalho, assim como ela também tem dito de mim.
Ela é persistente com as idéias, pra não dizer cabeça dura, e se fosse diferente, não seria ela. Incomum dos meus amigos, ela perdura nas decisões tomadas, a ponto de trilhar o mesmo caminho por sí só. Ultimamente não temos conversado muito, mas quando nos encontramos, é como se o tempo não tivesse importado muito, a conversa começa e logo tudo se encontra no lugar novamente. Uma amizade prática.

A Duper é importante pra mim, e eu prezo ela muito, porque vai além de uma amizade sobre pessoas, mas uma amizade que tem Deus por amigo intermediário, na minha opinião é isso que faz a diferença, saber que minhas palavras causam algum efeito, e ser ouvido. Sei que ela me escuta, sei que ela me aconselha o que pensa certo, e é assim que precisa ser. Pelo menos penso eu. De qualquer forma, esse é o texto da Duper, e mais nada precisa ser dito, apenas que eu vejo ela em um mês, e que hoje deu vontade de falar desta grande amiga que sempre se faz presente quando eu sinto sua falta, ou a necessidade de ser ajudadado.

Abraço pra tí Marília!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Close your eyes and believe

Alguém me diz, acredite em mim. Feche os seus olhos e me deixe te levar, me deixe te guiar, me dê sua mão, e deixe que o caminho eu faço. Alguém me diz, confie em mim, e você nunca vai se machucar, nada vai te faltar, nenhum inimigo pode te tocar, nem uma flecha pode te ferir, porque eu estou aqui. Alguém me diz, nada no mundo inteiro pode se voltar contra ti quando você olha pra mim, quando você fecha os olhos e confia em mim, confia no meu julgamento, na minha condição, na minha realidade sobrenatural de mudar tua vida durante trinta dias, onde ninguém poderá te enxergar, somente eu, com olhos fechados. Com teus olhos fechados eu te enxergo, me diz alguém.

Existe uma coisa na vida que se chama viver, e com o viver vem os sorrisos, e os machucados. Não é necesário curar-se de sorrisos, porque eles são verdadeiros e nunca fizeram mal pra ninguém, mas dos pedaços perdidos que causam impacto peculiar. As mágoas foram feitas pra serem perdoadas, os erros que eu cometo com as outras pessoas, com os amigos, com os parentes, com os indivíduos e cidadãos deste mundo, foram feitos pra serem consertados. Cometi muitos erros com muitas pessoas, e procurei redenção. Já encontrei. Hoje sou feliz.
Tudo que eu vou fazer é seguir o chamado e me tornar um caçador, um pescador, um moldador. Eu nunca fui muito corajoso, mas alguns dias de olhos fechados podem me mostrar onde está minha coragem. Eu nunca fui muito confiante, mas alguns dias de olhos fechados podem me mostrar em quem confio, e ainda mais onde posso encontrar força para o resto da minha vida. Eu vou para as montanhas, caçar meus medos, e enterrá-los bem fundo, onde vento algum possa desenterrá-los. E isto é tudo que eu preciso fazer.

Me tornar alguém, antes do mundo me enxergar como o alguém que eles desejam ver. Eu quero descobrir primeiro quem eu sou, quem planejaram que eu seria antes do meu nascimento, eu quero ler as profecias várias vezes, e encontrar a brecha pra que tudo aconteça, eu quero estudar todos os livros e descobrir minhas promessas. Antes de mais nada, eu quero caçar todo terror noturno e colocá-lo sobre meus pés. De uma vez por todas quero me tornar filho da luz. Varão de guerra, homem sedento de justiça e integridade. Eu não quero ser apenas comum neste mundo, por isso vou fechar meus olhos e escolho confiar em ti. Deixar este mundo, pra te enxergar de olhos fechados, confiando no caminho que tu trilha pra mim.

Mãe, pensei que tu fosse surtar quando eu te contasse...

domingo, 24 de maio de 2009

Erased

Curioso como a história de nossas vidas desenrola nossos contos. Quando eu tinha cinco anos nunca imaginei que fosse deixar de assistir desenho animado. Eu ainda assisto, mas não com aquele desejo fervoroso de acordar mais cedo pra curtir um Digimon na televisão. Quando eu tinha dez anos não conseguia imaginar me separar dos amigos que tinha na época, e foi possível, acredite. Eu só tinha dez anos, nada demais, eu não imaginava metade das coisas que sei hoje, era uma criança. O tempo passa, quinze anos e eu não consigo imaginar não ser um médico. Hoje eu consigo pensar nisso numa boa. E não só na profissão, mas também nas coisas e pessoas que vão ficando pelo caminho. Acho que esse será um bom exemplo pra que você entenda.

Pra qualquer lado que você mirar, sabe que não conhece ninguém. Se fitar um indivíduo improvável diz pra sí mesmo que nada sabe sobre ele. Nem o que o irrita, nem o que o alegra, muito menos o que o angustia. Você não conhece suas idéias nem ideais, nem seus fundos ou sonhos. Mas com o passar do tempo e alguma intimidade vocês se conhecem, descobrem que possuem diferenças, e o que os continua unindo, é o simples fato de que os prós vencem os contras. Até o dia em que isso muda, o dia em que a balança muda, o dia em que os defeitos tornam-se incomodantes o suficiente, pra você colocar tudo pra fora, e cada um tomar um lado.
Faltou intimidade? Não sei. Desde o princípio as pessoa me diziam que eu devia me cuidar, me olhar, pensar duas vezes, e por muito tempo eu dispensei estes comentários. Então em apenas dez minutos destruíram mil seiscentos e quarenta e dois dias, de uma só vez. Uma palavra pode mudar tudo, e várias frases muito mais. A palavra é talvez a maior das armas, com certeza a maior de todas elas, a única que não arranca pedaços, mas que diminui dias da nossa existência. E desta maneira cada um de nós caminha pro seu lado, pro seus ideal, por causa de uma conversa que não tem volta.

O perdão permance na minha vida, eu não nunca gostei de magoar ninguém. E assim tento manter a vida, sem mal entendidos ou descontentamentos, mas existem vezes em que os caminhos se dividem, e não existe maneira, meio ou circunstância de agradar a todos em ambas estradas. Sua escolha é apenas uma, que vai fazer toda diferença, hoje, amanhã, depois, em algum momento inesperado. Quando ocorrer você vai colocar o que mais ama em primeiro lugar, o que menos ama, ou que está em segundo, será o substantivo oculto neste texto que caminha no meu caminho contrário e que provavelmente sem sombra de dúvida caminhará também no seu. Apenas faça a escolha certa, e seja firme com ela. Eu estou bem sem você, só vejo isso agora.

...não tem volta.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Fim das teorias

Hoje, sexta-feira, eu acabei minhas aulas teóricas da auto escola. E amanhã às dez horas começa minha prova. Eu sei que eu vou passar, porque confiança precisa estar sempre em primeiro lugar, não o orgulho, e mais, eu tenho passado bem nas provas, estou confiante de que logo logo começo as práticas, e se Deus quiser, logo vou poder fazer minhas viagens fora de hora. É tudo que eu preciso ultimamente, sair de cada no final de semana a partir do momento que eu quiser. Colocar um cd cheio de boas músicas e me divertir com a galera.

Eu quero essa liberdade de poder andar de carro por aí, e quando acontecer, vai ser muito bom. Tenho preparadas já as viagens que quero fazer, os lugares que eu quero ir, as cidades que eu quero visitar. E ah, eu vou ver o mundo lá fora, conhecer muitos hotéis e aproveitar que eu pedi demissão. Ok, eu não estou fora da empresa, mas avisei que fim de agosto serão meus últimos dias naquele lugar. Sem ressentimentos nem nada, mas eu acho que é o momento perfeito depois de tanto tempo, não posso ficar por lá demais, até gosto do trabalho, não gosto do horário, nem do salário.
Mas é a vida, as coisas nem sempre são perfeitas, e pre falar a verdade poucas coisas nessa vida são perfeitas, mas isso já é algo com que me conformei há anos atrás. Quando meu pai me olhou nos olhos e disse pra "ô guri, ninguém é perfeito rapaz...", não que eu não soubesse, mas foi naquela hora, talvez naquele tom de voz, naquele timbre que me fez entender o sentido daquela frase mesmo. Digamos que tudo ficou um pouco mais sério dalí pra diante. Não chato, mas a seriedade me trouxe bençãos.

"Quando eu tinha dezessete anos, fui pego pela polícia, eles me prenderam daí, eu tava andando com placa fria, e eles me pararam porque eu era meio pequeno pra idade, daí eles me perguntaram: como tu fez a placa? eu disse: fiz um desdobre nos caras, eu disse oi gostaria de trocar minha placa, e eles: tudo bem, e eu: ah, mas não vamos trocar a da frente e deixar a de trás velho, faça duas por favor! Parece que depois fechou a loja lá, era na frente do Rocha Fogões, o pior que eu peguei um placa de uma Parati que vi na rua, e no computador deu numa caminhoneta lá de Santa Catarina, não entendo peguei de uma parati."

Depoimento do Adolar em uma das aulas teóricas. Todo mundo riu muito!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Wherever you are

Eu sinto que não poderia estar em outro lugar a não ser do seu lado. Eu quero estar com você, e quando estou longe, penso em você o tempo todo. Eu sentia que a vida não tinha cor sem você. Eu procurava um bom motivo pra minha vida, eu procurava boas palavras pra me convencer de que tudo estava bem, mas foi quando você olhou nos meus olhos e sorriu que eu encontrei o que tanto me faltava. Eu me lembro do teu sorriso, do teu lindo sorriso, das tantas vezes que eu deixei que você me atraísse apaixonado. Em meus pensamentos vejo teu olhar, teu sereno olhar, que me faz sentir completo, confiante, sabendo que cada vez que fecho meus olhos, vejo os teus.

Cada palavra completa que você desperta em mim, é uma lacuna preenchida em meus mistérios. Você me conhece, me descobre, me mostra quem realmente sou, e eu sinto que posso ser eu mesmo contigo. Eu posso rir sem medo, posso gritar sem medo pra todo mundo, que te encontrei, que você me encontrou, que duas pessoas não estão mais sozinhas neste mundo, mas que hoje estão apaixonadas, ligadas no mais profundo do coração. Eu te amo, e amo estar contigo, envolver-me em torno de ti, e expressar tudo que eu tenho, pra que sinta meu amor. Eu nunca me acostumo a viver sem você, eu não me acostumo a isso, eu nunca vou me acostumar a isso, porque é você quem me completa.
Eu me lembro dos dias chuvosos e nublados, quando tudo que fazemos é caminhar, e deixar o vento espalhar nosso amor. Por onde quer que passemos fica nosso cheiro, nossa marca, meu amor irrevogável por ti. Meu carinho aceso no peito, dizendo que nada pode nos separar, que nada pode dissipar o que sinto, o que tenho. Não há nada maior que isso, nem nos campos, nem nos mares, nem nos desertos. Ninguém pôde conhecer algo tão vivo e incrível, ninguém conheceu algo assim, como o dia em que te vi pela primeira vez.

Não há mais nada a dizer, porque tudo que digo, já está em você, e você, meu coração possui, todos os meu sentimentos são guardados por ti, estão nas tuas mãos. Agora todas as coisas são novas, porque eu tinha medo, até o dia em que te conheci, eu não sabia viver, até que te conheci, eu não sabia quem eu era, e o que podia sentir até que te conheci, e conhecer-te tornou-se minha alegria, olhar nos teus olhos, tornou-se minha paixão, escutar tua voz, teu timbre, me faz saber o quão maravilhosa e incrível a vida pode ser. Hoje eu sei o que é viver, e posso dizer que a culpa é sua. Culpa daquela que guarda meu coração. Culpa daquela que me faz ser eu mesmo, culpa daquela que eu amo todo tempo, onde quer que esteja.

For blue skies for...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Definitivo

Eu estava começando um texto, pensando no que escrever. Tentando esquecer que eu não sabia o que escrever, e para alguém que quer ser um escritor, esta seria um notícia bastante pezarosa. Foi então que as órbitas de meus olhos atearam para o único objeto que corria sobre meu corpo, recortando o trajeto adiantado, sobre meu blusão, uma aranha. Uma aranha de oito patas, não uma simples aranha, mas uma aranha média. Eu joguei ela no chão e pisei em cima, sem pensar, sem pestanejar, pareceu prático, simples, comum. Eu matei a aranha.

Eu me lembro de quando fazia piquenique com meus amigos da rua, nós comíamos bolachas com refrigerante e achávamos muito engraçado. Tanto, que nossas tardes, ou para ser sincero aquelas tardes foram divertidas e repetidas é claro. Fazia bem o grupo de amigos fazer algo novo, e nós vibravamos com todo aquele açúcar. Foi revigorante saber naquela época que os meus amigos eram crianças, que não pensavam em tudo que o mundo oferece. Inocentes. Eu matei um animal, matei uma vida, que sem sentido vagou por algum tempo, o motivo: eu ou ela.
Houve uma época na minha vida, por volta de dois mil e seis, onde eu passei muito tempo me livrando de idéias sem nexo. Me livrando de dias irritantes e cheios de hipocrisia. Desde então comecei a ser caçador de insetos indefesos. Tenho matado sem pensar, tenho matado dias, tenho matado horas, tenho feito morte às idéias levianas, e tudo que se condene a elas. As árvores por onde eu passo não tem mudado, porque tudo que eu vejo nelas é vida morta, parada seca, viva. Nada se move por alí, ninguém vive alí, não há ação ou coração.

Deixe morrer em mim as idéias passadas, e nascer como uma árvore cortada tudo que eu preciso saber. O que ainda não entendo, eu quero, como nunca quis, e por isso decidi hoje, por isso é definitivo hoje que eu deixei de lado os pensamentos cheios de medo e rancor, ou todos as figuras na minha cabeça cheias de tristeza. Eu sou livre e pronto pra escolher o ruma da minha vida. E pra iniciar então, em poucos mêses, tudo vai mudar, prometo. Não é tempo de falar sobre isso. Basta saber que tomei uma decisão que vai mudar minha vida a partir de três mêses.

Chefe, é definitivo... E desculpa pela enrolação...

domingo, 17 de maio de 2009

Looking for a reason

Às vezes, os amigos me contam o que os outros falam sobre mim, algumas vezes dizem o que os amigos querem fazer, algumas vezes não dizem nada, e em algumas não poucas, mas selecionadas vezes, me disseram o problema me dando o estalo para uma solução. Eu acho que amor sempre resolve tudo, pode não resolver a fome da criança carente, mas te dá forças para arranjar a comida dela. Eu pensei comigo que ser curto, grosso e rápido não adiantaria nada, e voltei as minhas raízes. Peguei o meu livro, onde eu escrevo de tudo, e pedi que sentassem ao meu redor, li bastante pra eles, e causou a diferença. Um deles me abraçou e disse chorando, "Hoje eu queria largar tudo, mas não vou mais...".

Quantas vezes em algum momento de tristeza não passa pela cabeça do depressivo que ele não vale nada. Na Índia as pessoas de baixo nível social não pensam valer alguma coisa, dizem pra elas em alguns lugares que elas nem têm alma, são apenas objetos. Mas eu aprendi desde pequeno que Deus ama as pessoas, e o amor pode mudar tudo, por mais clichê que isso soe. A verdade é que a raiva raramente vai nos trazer um bom resultado. Talvez em algum caso determinado pela diferença no sujeito principal a querer ser diferente.
Eu fiquei lendo cada uma das promessas do meu livro, cada uma delas, e lembrando, comentando, e explicando cada uma delas. Lembrando eles que nenhum plano tinha acabado antes que fosse cumprido. Eu lembrei eles do que haviam ganhado, e que antes da benção, veio a tristeza, a luta, a provação. Nada nunca foi dado de mão beijada, mas sempre valeu a pena esperar com amor. E naquele instante eu sabia que as idéias naquelas cabeças começavam a mudar, a criar novos planos, novos desejos, novos horizontes, e me alegrei com isso.

No fim, eu tomei posição, peguei o violão, começamos a tocar, e a cantar, e foi diferente. Foi como ter um motivo pra fazer o ensaio, ter um motivo pra lutar contra as coisas malígnas que o mundo oferece. Acabamos a noite tomando refrigerante e comentando sobre como havia sido tudo. E até mesmo do que faremos no final de semana. Parece que a lagoa da harmonia é um bom lugar, e será, assim espero. A idéia principal mesmo foi nunca desistir de ninguém, mesmo quando tudo diz pra você fazer. Não há saída quando você decide colocar a felicidade em primeiro lugar.

...eu vim, hoje, pra sair, pra desistir de tudo, e eu não vou...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

You've seen me

Quando eu passo pela sessão pediátrica do hospital, vejo muitas crianças, bebês que ainda não tem consciência da vida. Eles mal se mexem, alguns deles não se mexem mesmo, dormem tranquilos em suas vidas tão sossegadas. Tudo pra eles é novo, são frágeis, e o mundo é grande demais, em fato, tudo é grande demais. Eles não tem vergonha de chorar pelo que querem, porque é a única maneira que eles possuem pra conseguir prioridades. Bebês, só pedem o que precisam, nenhum deles em sua limitada sabedoria quer carros, motocicletas ou casa, recém nascidos querem amor, querem colo, querem carinho, querem cheiro de mãe. Bebês não fazem exclusões, eles amam até mesmo o barbudo assustado.

Não importa o quão pequenos eles sejam, os pais sempre imaginam ter o filho mais lindo do mundo. Descobri recentemente que criança de colo bonita é gordinha, e quanto mais, melhor. Pra mim já é mais que suficiente saber que é pequeno, que é uma vida, e que são vários quando eu passo pela sessão pediátrica. As crianças são o nosso futuro, e por serem pequenos demais, ninguém consegue enxergar com excelente definição o dia de amanhã. Os únicos que vêem tudo mais, são aqueles que te amam, mesmo quando você faz cocô nas calças, seus pais.
Hoje eu escutei uma música sobre a vida de um homem, que dizia que se você já tivesse visto um pônei saltitando pelos campos, já o conhecia, e que se tivesse conhecido um homem com um braço apenas acertando o ar, o conhecia. E ele perguntava o que mais poderia pedir. Os bebês crescem, tornam-se lutadores, enfermeiras, fotógrafos e garis, lixeiros, e arquitetos. Cada um descobre uma história, cada um luta pelo que quer, mesmo não sendo mais o choro sua melhor arma, mesmo não querendo apenas o que precisa, mas o que julga precisar.

Eu aprendi com todos aquelas crianças, que se amorosamente eu não for como uma delas, nunca vou ser ninguém na vida. Não me importa ter tudo que eu quiser se eu não tiver com quem dividir. Não me adianta ser tudo que eu quero, sem ninguém pra festejar comigo, não há motivo em dizer eu te amo, se não houver ninguém pra ouvir sua voz. Então hoje, eu tomei a decisão de me tornar alguém, eu chamei a Ana, e sem mais ninguém contei o que pretendo. Amanhã vai ser um dia difícil, digo, hoje, é madrugada. Mas eu preciso disso, eu preciso saber pra qual direção andar. Eu preciso saber qual meu plano.

"Then you've seen me, I always leave with less than I had before..."

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Pessoas que desconheço

Hoje, eu estou perdido. Sobre o que eu tenho pensado, nem eu mesmo sei. Um homem sem sonhos é um morto que respira. Mas eu ainda penso comigo sobre aquele que tem sonhos, mas não tem a mínima idéia de sentido ou direção. Eu nunca me perguntei sobre as pessoas que aparecem nas minhas fotos, se elas tinham algum sonho, mesmo que aparecessem no fundo das minhas memórias, esboçando algum sorriso, ou caminhando pela pequena impressão. Talvez você também não tenha se perguntado, se alguma vez, os coadjuvantes da sua vida sonharam além de você, ou talvez, você tenha sido o coadjuvante o tempo inteiro e não se deu conta.

Hoje eu assisti O leitor, me sentei e deixei que a história fosse contada, em certo momento, um certo homem visita uma senhora, há muito tempo presa em uma cadeia feminina. Ela tenta pegar nas mãos dele, o que consegue por pouco tempo, ela sente que nada é como antes, não existe nenhum sentimento alí. Ele fala friamente sobre o futuro dela, ela age conforme esperado, e fica grata sobre tudo. Mas não existe mais nada alí. Nenhuma gota. Ela vai para seu quarto, e tem sua morte sobre uma pilha de livros.
Eu fico me perguntando, se ele tivesse abraçado ela, cuidado dela, guiado ela para algum tipo de sentimento amoroso, talvez houvesse uma chance. No dia a dia, tudo que eu enxergo é o frio que as pessoas trazem a sí mesmas. O frio que eu um dia vi em mim. Talvez amanhã eu encontre meu caminho pra casa, e quando acontecer, te conto como é abraçar uma pessoa que precisa ser amada. Te digo como é dialogas com aqueles que têm fome de uma conversa há muito tempo. Amanhã, quando eu encontrar o caminho de casa, te conto o que é amar.

E se eu estiver perdido, mesmo que temporariamente? E se, e se, e se? Se houvesse uma maneira de nunca errar, de nunca perder os amigos, de nunca perder a família, de nunca perder tudo aquilo que mais se gosta nesta vida, eu diria que seria amar. Eu não conheço palavra no mundo, que seja tão poderosa quanto "eu te amo". Creio que não exista maior gesto, que aquele movido pelo amor. As pessoas que passam do meu, e do seu lado na rua todos os dias, querem amor, tudo que nos falta, é um pouco de comunicação. Tudo que queremos vem do pedido, por mudança, e isto sempre se resume a se importar com os outros, a se compadecer do menor, a amar sem pensar no pior.

Maybe tomorrow, I find my way home...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

What you don't see

Se houvesse uma maneira de voltar, você o faria? Uma maneira que reparasse os seus erros mais vergonhosos, os mais desastrados, aqueles tão desprezíveis que você tanto tentava esquecer? Você faria? Se eu pensasse menos em mim, e mais nas outras pessoas, acho que coisas boas poderiam acontecer. Existe uma natureza egoísta em ser humano, querer coisas tão fúteis e banais, quando outras milhares de pessoas, não possuem nem ao menos o inicial do que você deseja. Meus erros, são meus, e se resumem extremamente a mim. Saber lidar com uma derrota, uma disciplina, um castigo é difícil, mas lidar com um erro, é tremendamente maior.

Domingo, eu coloquei um terno, subi até uma montanha, abri uma Bíblia e li algumas palavras, esperei que colocassem o caixão no lugar devido, e abracei a mãe daquele homem. Por sinal, era dias das mães, eu saí antes de todos do cemitério, e por alguns segundos eu realmente quis chorar. Mas foi por alguns segundos mesmo, e eu segurei mais uma vez. Eu caminhei por uma rua de barro vermelho, e parei no alto do morro, o sol se punha, e eu enxergava vários campos enormes. Parei por um momento, respirei, e lá no fundo me perguntei, "O que está acontecendo?"
Toda vez que vou a um funeral, penso na vida, e em todas as coisas que não consigo entender, que não consigo ler, que não consigo perceber. Eu lembro que a vida é muito frágil, e que num piscar de olhos, ele pode acabar. Eu lembro de amar mais, e lembrar as pessoas que eu amo do que sinto. Me lembro de fazer o que eu gosto, e aproveitar a vida do meu jeito. Passam-se duas semanas, e tudo começa a tornar-se igual novamente. Eu começo a pensar em mim então, e tudo volta a ser como antes.

Eu não consigo perceber o que acontece, nem ler as entrelinhas da vida. Me falta um pedaço do manual, um pedaço que eu precisarei descobrir em apenas três meses. Eu não tenho todas as peças, e por isso, me falta a percepção de saber o que se encontra na minha frente. Eu gostaria de ter as respostas pra todas as perguntas, ou saber distinguir as respostas. Mas por enquanto, eu sou apenas um rapaz, e fico confuso, quando algumas ondas se levantam no meu dia a dia. De qualquer forma, amanhã é dia de falar com o chefe. Preciso começar a mudar de vida. Ser menos egoísta, e aprender a ler o que não entendo.

Onde você colocou o cabo do computador?

terça-feira, 5 de maio de 2009

Open your heart

Tão clichê, penso eu comigo antes de escrever o quanto sinto tua falta. Eu sempre dei importância para todas as pessoas, e tentava descobrir o mundo ao meu redor, o motivo de tudo isso, da minha existência. Eu costumava parar nas esquinas e olhar o mundo, como um espectador, sentado. Eu enxergava crianças correndo, pais voltando dos seus trabalhos para um lar desconhecidos a mim, cachorros passeando com seus donos, senhores e senhoras em suas caminhadas, jovens atrasados, preocupados com suas vidas fora do comum. Houve um espectador em algum esquina, por muito tempo, mas eu nunca entendi nada. Então eu fechei os meus olhos, e deixei meu orgulho de lado, deixei a ganância, o interesse próprio, e comecei a escutar, cada vez mais alto, mais forte, o som de sessenta e sete mil corações batendo juntos.

Não existe diferença na batida de um coração, você até pode dizer que alguns soam mais alto, mais baixo, com arritmias ventriculares ou não. Mas quando todos batem juntos, como um exercíto, o caminhar de um bando de elefantes, ou as asas de um enxame de abelhas, somos iguais. Quando choramos, sorrimos, gritamos, nascemos, morremos, somos iguais. Não existe diferença em nossas vidas, não existe nada. No fundo, mesmo com rostos diferentes, notas diferentes, roupas diferentes, somos os mesmos, iguais. Nós amamos quem amamos, e fugimos dos levianos, queremos nossos desejos, e excluímos nossas repulsas. Às vezes então, olhamos tanto a cor, o formato, a idade, e esquecemos de perceber que na verdade somos iguais.
O mundo está cheio de pessoas, querendo uma chance de ser alguém, de ser escolhido, de superar-se, lutar por seus ideais, de revolucionar. Existem pessoas incríveis do nosso lado, todos os dias, e boa parte de nós, nem ao menos sabe disso. Existem melhores amigos lado a lado, e eles não sabem, existem heróis lado a lado, e eles não sabem, genios lado a lado, mas ninguém sabe. Nos prendemos demais a nós. Então os corações batem, e de olhos bem fechados, eu enxergo uma luz, vinda do eco de cada coração a bater, o sonar, se torna minha visão, e aquela vasta multidão, cheia de sentimentos, toca seu ritmo como um. Somos apenas um, eu sou um todo. Neste momento os erros são perdoados, e as lágrimas apagadas, não existe nada que possa me parar, eu sei pra onde corro.

Meu conselho: Seja diferente, mude, faça algo que alegre as pessoas. Diga que você ama, quem quer que você ame. Abrace as pessoas que você julga precisarem de um abraço, cumprimente a todos, espalhe alegria neste mundo. Todos precisam de um amigo, todos precisam de um heróis, todos precisam de gargalhadas e sorrisos enormes. Seja um coração cheio de luz no mundo, faça música e cante pra quem não pode ouvir. Não se apague, não se deixe levar por comentários levianos, idéias levianas, pessoas levianas. Seja quem você é, e faça o bem. Não importa o quão clichê isso possa ser, quando você abrir os olhos, vai entender que o orgulho é a pior parte de uma pessoa, e que afasta tudo, todos. Vai entender que o amor vence tudo, e todos, e isso é tudo que importa agora. Feche os seus olhos, e abra os olhos do seu coração, deixe ele bater junto com os outros, e seja uma luz no mundo. Abra seus olhos!

"Eu sou apenas um pedaço de carne, e sei que mereço ficar sozinho, mas eu só gostaria que você não me odiasse..."

domingo, 3 de maio de 2009

Forgotten road

Eu gosto de caminhar nas ruas de Lajeado, principalmente quando o tempo começa a esfriar. Eu gosto daquela brisa não tão fria que me faz sentir confortável. Eu gosto daquele ar agradável que tão bem me faz sentir. Eu não tenho um motivo muito concreto para o hábito, simplesmente gosto. Depois de um dia cansativo, depois de horas sobre pressão, ou de alguns problemas aparentemente impossíveis de resolver, eu abro a porta e saio a caminhar. Me refresca as idéias, os problemas parecem ter solução, a pressão se esvai, e todo o resto some. Então neste particular momento do dia, nestes vinte minutos eu me sinto, livre. E eu não abro mão destes vinte minutos.

Às vezes eu sinto saudade do meu passado, e às vezes sinto saudade do meu futuro. Eu sei que nada pode ser mudado, nem ao menos o futuro, porque no momento que o mundo passado já se tornou. Eu sinto falta de grande parte das pessoas com quem partilhei minha vida, mas não sei se todas elas podem dizer o mesmo. Se houvessem palavras que pudessem mudar esta situação eu aceitaria, um simples aperto de mão que fizesse o tempo voltar, pra que eu pudesse relembrar os seis meses que perdi. Ninguém gostaria de perder um dia, e eu tenho uma lacuna de seis meses, que não consigo preencher.
Toda vez que eu caminho, que eu penso na vida, que eu tento resolver problemas, me frustro em saber que ainda falta um pedaço que foi apagado junto com o que eu não queria lembrar. Eu sabia que as memórias seriam bloqueadas, mas não sabia que o preço era maior, e não sei de nada quando caminho pelas ruas. As árvores costumam balançar nesta época, como um muro ruindo, e eu atravesso todas as paredes verdejantes. Nada importa pra mim quando viajo sobre as ruas da minha cidade. Nada pode me encomodar, porque nestes vinte minutos, eu estou livre.

Todas as pessoas tem problemas pessoas, problemas públicos, e até mesmo problemas inexistentes. Ninguém sabe onde se encontram, mas existem mesmo não existindo em algum lugar. A idéia é perceber o quão chatos são, e o quão comoventes e astutos ainda podem ser. O grande truque é não deixá-los tomar o controle, e resolvê-los o mais cedo possível. E o mais importante é nunca deixar-se levar por pessoas levianas. A idéia enquanto caminho pela cidade é manter a calma, pegar um folha de cada vez e limpar o chão, principalmente nesta época do ano em que elas caem, e o ar frio toma seu lugar nas ruas.

Parece que estas duas horas, são as mais difíceis pra vocês, parece que todos perderam as esperanças...

sábado, 2 de maio de 2009

Invisible faith stars

Nada é previsível. Ninguém é previsível, e por mais monótona que uma pessoa seja, em algum momento pode te surpreender. Acho que em função do mundo, a mídia, as histórias e grande parte do que nos rodeia serem rotulados previsíveis, eu não tenha imaginado que minha situação poderia mudar de um minuto para outro. Eu achava a vida monótona, até te encontrar, e depois disso, todas as coisas, não apenas os pensamentos, são diferentes, agora tudo é diferente. Eu tenho vontade de sorrir para as pessoas, e vontade de cantar ás vezes, sem motivo, mas eu seguro isso. Não parece real à mim, que algo tão incrível tenha acontecido de vez comigo.

Eu tenho uma palavra, que digo nos tempos difíceis, com o passar dos tempos notei que ela não costumava ajudar muita gente, apenas a mim. Depois de tal conclusão tomei posse dela, e não a doei pra mais ninguém. Se era um presente, eu não tinha a mínima idéia, o que eu realmente sabia, é que boas coisas aconteciam comigo, quando eu a usava. E noite passada eu usei, e usei muitas vezes, até o momento em que descontrolei. Lembrei então de uma frase antiga... "Às vezes eu sinto como se fosse voar, é maior que eu, como se me atingisse por inteiro..."
Eu conversei em um dialeto estranho com uma menina, e ela me parabenizou. Foi então que minha certeza caiu por terra, nasceu então dentro de mim uma certeza convicta. Tenho fé, somado a esta convicção, como se eu soubesse o futuro por si só. Eu mal consigo organizar meus pensamentos, porque em todos eles vejo a mesma história, e isso me faz feliz, me alegra, me faz gargalhar até o abdomen doer. Eu estou cheio de certeza, e este tem sido um grande presente. Acreditar é ter mais que esperança em algo que você não vê acontecer, assim como quando olha pro céu de dia, mas sabe que as estrelas estão lá.

Ultimamente tudo que tenho é fé. E é sobre ela que falo o tempo inteiro, porque é isso que me move, e me faz feliz. Ter absolutismo sobre o tempo. É incrível poder voar sem tirar os pés do chão, assim então tenho flutuado. A minha alegria ninguém pode roubar, e as minhas risadas ninguém pode apagar. Tudo que eu tenho é presente que guardo no peito, no coração, onde a traça não corroi, nem roubam os ladrões. Graças a Deus tudo está bem, e tudo corre para o meu bem. Afinal, acreditar é ter mais que esperança em algo que você não vê acontecer, assim como quando olha pro céu de dia, mas sabe que as estrelas estão lá. Simplesmente sei que a noite vai chegar.

Porque você calou a sua voz? Ele quer te fazer falar francês, mas o espelho te leva a falar para russos! O mundo não está caindo! Eu não entendo estas datas!