segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Frontiers

Primeiro erro. Querer encontrar o amor. Não existe, realmente não existe uma forma de achar. Quem achou rapidamente foi porque esbarrou nele, ou porque atirou pra todos os lados e deu sorte. Não se encontra "o" amor, em algum momento da vida, com alguma idade indefinida você acaba conhecendo alguém de certa forma especial, sem mimá-la, esculhambá-la ou maltratá-la demais, que gosta de você, porque possui aspectos em comum contigo. Alma gêmea é um substantivo que eu uso no plural porque não acho que as pessoas no mundo foram destinadas a um amor apenas, mas a vários lugares onde poderiam ter sido encaixadas. Então desista de achar o tal amor, e sim alguém que vá te fazer feliz, mas sem expectativas de dia, hora ou quando te der na telha.

Segundo erro. O pior erro que você comete é não saber o que falar quando tem uma pessoa que a ti importa muito na sua frente. Trinta segundos nesta ocasião duram uma eternidade incontrolada e se você não tiver ânimo o suficiente ou humor pro momento, só uma coisa a fazer, vá embora com a sua dignidade. Nenhuma guria que eu conheço gosta de um palhaço, então se você não tiver o atributo beleza, que neste caso dispensa papo, não pensa em usar a ferramenta graça. Funciona, pra que você vire o amigo de alguém que você não quer. Te causa dor de cabeça, de cotovelo e mais algumas que eu não gosto de admitir. Coração.
Terceiro erro. Loucura de amor não é recomendada. Você só faz isso e obtem sucesso quando o tempo já passou e a tua parceira te ama, caso contrário só vai funcionar se você tiver alguém pra fazer o trabalho sujo de falar bem de você no dia seguinte. Então esqueça ir pra alguma festa com uma roupa que você nunca usou, ou pra alguém lugar que te dê arrepios, comprar aquela flor, ou vestir tua primeira gravata. Me faça o favor de ir de boné, e se ela não gostar, admita, ela não está tão afim de você. Tenha amor por sí mesmo, volte pra casa.

Quarto e último erro. Não deixe a droga do coração falar mais alto. Só vale se ela já está na mão, se já é seu amor. Garota alguma dá um valor pro elogio que te leve um passo a frente num relacionamento se você ainda não está em um. Então guarde boas palavras após saber que há um compromisso, ou que ela gosta de você. Se você ainda a ama, não se humilhe, isto só piora as coisas, e não pense, vou dar mais uma chance, vou tentar mais uma vez. Garotas são complicadas, mas todas elas sabem quando gostam de um cara. Você só precisa de uma tentativa, se ela não aceitar a primeira, acredite, raramente vai querer te dar a mão no segundo pedido.

Marília, tu já assistiu Lua Nova?

domingo, 29 de novembro de 2009

I care

Eu costumo ver muito seriado. Eu curtia, e ainda curto The oc, e como poucos gostei do fato de que tiraram a Marissa de cena, era triste, depressivo, sempre o problema do episódio. Gostava da Taylor, sabe, alegre, cheia de vida, complicada. Acho que as pessoas gostam disso, por outro lado ninguém curte quando esculhambam com o casal top da série. Eu curto sabe, realmente gosto de ver todo aquele esquema tão simples de conquistar a dama da temporada. Eu aprecio o fato de que na maioria das história juvenis todo mundo é feliz, bem de vida e a beleza se mostra presente. Ninguém quer assistir um filme porque é triste, quer dizer, pouca gente, mas a vida traz realidade demais, e nesses momentos o melhor, pra cabeça pelo menos não é mergulhar no problema, e sim em algo que te alegre pra que possa resolver um.

Eu sou um romantico incurável, cofesso. Curti quando o Jack chegou na Juliet e disse que não tinha medo do Ben, que ele viesse, porque ele estava lá por ela. Quando o Dan foi naquela festa a fantasia e disse que amava a Serena, sabe pequenos atos, que nunca aconteceriam na vida real, por qualquer meio possível. A maioria de nós, reles mortais, como eu, gosto de assistir, de ficar alí curtindo o momento, porque não é normal, não é tão simples, mas é bom ver o imaginável tornando-se o irreal de alguém que mesmo existindo não existe, nem ao menos vai se tornar existível por causa do ato.
Vida real por exemplo é cheia de, talvez, e cheia de dúvidas e intrigas. Totalmente complicada como a Taylor do The OC, o único problema é que a vida, por várias vezes não se dá ao trabalho de ter um bom sorriso, ou algo que te faça rir. O que eu quero dizer é que não importa, nada importa mesmo, eu só assisto os meus seriados porque é uma boa maneira de passar o tempo, e alegrar-se ao mesmo tempo. O irreal não é a vida, mas é legal viver assistindo nem que por pouquinho tempo, quarenta minutos no meu caso, uma história imaginária que dá certo, em todos os aspectos.

Não tem necessidade de passar alguma coisa pra minha vida. É como sorvete, nem sempre te faz bem, mas é legal comer um de vez em quando. Refresca, ou pelo menos dá essa sensação antes que cruze a garganta, alimenta e isso faz realmente, não traz muitos benefícios, além da gordura, leite e açúcar, mas nos faz feliz. O importante nessa vida é ser feliz, o resto é bobagem, eu sei que isso é egoísmo e depois que eu disser isso vou me arrepender, mas em algum momento de desprezo pela vida, eu penso que o importante é ser feliz independente de como você vai fazer isso. O problema nisso, é que a maioria de nós toma caminhos tortuosos e acaba morrendo, só pra encontrar algo que se faça sorrir. Por isso o irreal, e eu me importo com ele, me ajuda e não me faz mal se eu souber como usá-lo.

Ser feliz é o que importa!

sábado, 28 de novembro de 2009

Someone fights for you

Existe alguém que por ti luta, e nas madrugadas caminha montanhas, serpenteia rios e batalha por teu respirar. Doce seria se eu lembrasse quem era, quem foi, quem seria aquele homem. Não, não me lembro, ele era um pouco mais alto do que imaginava e preferia tudo que fosse mais baixo que ele. Questão de ética talvez, como ele dizia, talvez sim, talvez não. Acho que por não muito saber esta era a tática defensiva, fazer de conta que tudo está sob controle. Eu acho que a verdade sobre a história é que houveram momentos em que ele poderia ter baixado a espada por causa da rapunzel, mas ele nem ao menos percebeu isso na época, e quando o fez, se deu conta de que era hora de levantar a espada mais uma vez. Acho que ele preferia viver daquela maneira, lutando.

Os dragões viviam voando tentando domá-lo, mas esqueceram de avisar aos lagartos que aquele cavaleiro não era domado, não nasceu pra isso. Então a maioria dos voos rasantes que ele secretamente fingia não enxergar acabavam tomando a forma de um desgostoso tormento. Ninguém gosta do grito de um dragão, menos ainda da morte tão próxima dos seus ouvidos, e ele, muito menos. Um bruxo do leste veio tentá-lo, dizendo que a esperança estava acabada, e que ele deveria ir embora, corrende de preferência, mas ele nem ao menos piscou. Ele sabia que a velha tapeçaria do seu castelo não lhe causava afeto algum. Melhor era continuar firme com seu barco no oceano.
Quando ele jogou os remos e gritou para o vento, hey você, me leve pra onde quiser, tudo começou a girar e nem ele mesmo sabia onde estava, então a maior das preocupações mesmo, era se haveria algum pensamento que o atormentasse no caminho, sim dragões voltaram, ele tomou a sua espada, um escudo meio antigo e deu-lhe pau nos seus inimigos. Acho que nesse ponto, ele próprio não tinha certeza se valia mesmo a pena, mas ele continuava, algo me dizia que ele sabia porque, mesmo eu não entendendo porcaria alguma.

Eu acho que no momento em que ele olhou para o passado, fitando aquela metrópole às suas costas, deu-se conta de que não havia perdido nada que lhe importasse. Ele sabia por quem lutava todos os dias, mesmo quando as feridas lhe mostravam o passar do tempo. Ele não se importava, ele sabia, e eu também que a vitória estava próxima. Um dia ele cansou, parou, pensou. E realmente em algum momento se deu conta de que o verdadeiro motivo de toda aquela alegria não era por mera luz do sol. Foi quando ele lembrou que pra tudo havia um motivo e uma solução. Foi neste dia, em um dia nublado, que ele olhou para o campo e se enxergou em cima de uma montanha, em cima de um tapete, e lá, havia muito mais. Valeu a pena.

Eu prometo, que um dia te trarei aqui...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

This is the movement

Nós não fomos feitos pra ver o sol nascer, nem pra enxergar a sua morte. Nenhum de nós cresceu para usar ternos, gravatas, ou uma maleta de couro. Não fomos criados para sermos parte da massa, para construírmos uma casa, salário de seis dígitos e relógio importado. A nossa meta, nossa causa, nosso movimento, não é baseado em palavras vazias, em atitudes sem força, em mensagens sem sal. Nós fomos projetados pra mudar a Terra, pra mexer com o sentimento de todas as nações, pra tomar as redes e lançar ao mar, retirar todos os feridos, todos os necessitados, todos os abalados e ainda firmes, lutar por todos eles. Nossa missão, nossa meta, e objetivo de vida é entrar na escuridão, nas prisões, nas piores cadeias e retirar aquele que não sabe o que é a luz.

Lutamos por isso porque nosso caminho é cheio de surpresas, porque a cada pessoa nova que encontra o que temos, se enxerga muito mais que uma mudança de vida, mas a restauração de uma história. O movimento é bem mais que jovens parados, jovens sentados, jovens assolados. Existe uma causa, e lutamos por ela, significa que onde existir uma pessoa perdida, sem saber que caminho tomar, sem saber onde está a solução, sem saber qual o sentido da sua vida, lá estaremos pra trazer luz. Na pior hora, no pior lugar, na escuridão ou no auge, levantaremos os punhos em furor a plenos pulmões, nós queremos fazer a diferença e não falar sobre ela.
A minha cusa é Cristo e eu vivo por ela, morreria por ela. Nossa causa é viver por ele onde quer que formos, na situação que estivermos pra ver o orfão se voltar ao pai, e o pai reconhecer o filho. Nossa cidade precisa de mudança, precisa de Deus, precisa de um movimento que não se importa com ganhar dinheiro, com uma onda que não pense nos medos, nas dúvidas que prejudicam boas ações. Um movimento que mudará toda a face de uma cidade, e que sem medo vai tomar toda região.

Não somos loucos, nem fanáticos, eu só quero poder passar pelas pessoas nas ruas e dizer que a vida é bem mais que trabalhar todos os dias e buscar uma aposentadoria, eu só quero dar um abraço nas crianças que não tem pais e dizer que mesmo assim Jesus ainda se preocupa com elas, só quero olhar nos olhos da viúva e dizer que ela ainda não foi esquecida. Transmitir esperança, passar o que eu tiver de bom pras pessoas, e permitir que elas tenham um momento de alegria, pra que elas possam se erguer. Eu quero ser diferente, ser alguém pra Deus. Não só falar, mas agir, não só nos lugares bons, mas nos piores possíveis, e dizer para aqueles que sentem a indiferença. Eu vivo por Cristo, e este é o movimento.

E aí velho, conta pra nós, como foi o teu encontro, que chegou primeiro?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Keep breathing

O segredo é não pensar no tempo e na quantidade de segundos que não parecem passar. O tempo anda tão rápido quanto uma lesma em câmera lenta, e os cliques do relógio que você pensava ser tão rápidos quando precisava tomar uma injeção ou falar em público, simplesmente se tornaram pesados. A questão sobre continuar respirando, com ou sem sentido de vida é interessante não com relação sobre o fazer dela, mas o que fazer enquanto se espera. Paciência não é um forte humano, principalmente quando se trata da nossa pessoa, porque ferida dos outros não fere a gente, não sangra, não machuca. Você vê a equação, e até pode saber como resolver, mas não entende como aqueles números tão engraçados podem se encaixar e resultar em algo tão complexo.

Como eu disse, a questão da sobrevivência, da espera, da igualdade de poder é totalmente despojada em frente ao tempo. Porque quando o maior inimigo de todos os humanos interfere no teu dia a dia como substantivo é porque alguma coisa importante vem te pressionando a responder. Talvez uma velha carta, um e-mail, uma amiga, um irmão esquecido, um pedido de perdão. Qualquer coisa, qualquer pendência pode se tornar o teu motivo de continuar respirando, não que você tenha perdido a vontade de viver nem nada, mas a sua preocupação se foca apenas no problema e até que o resolva, só se pensa em continuar vivo.
Quando eu trabalho, não gosto de olhar para o relógio. Hoje mesmo, meu tio comprou um bem grande e colocou em um lugar de destaque, pra infelicidade minha e de alguns funcionários. Não reclamo do meu trabalho, porque gosto dele, mas prefiro não ter a mínima idéia de quanto me falta pra sair na rua. Quando eu trabalhava na locadora, eu nem pensava no tempo até que escurecia, o que comprova que à medida que a qualidade do seu tempo aumenta, menor é o interesse no próprio tempo. Ele voa quando estamos bem, e se arrasta quando estamos mal. Questão de relatividade, peçam ao Einstein.

Enfim, o que eu quero dizer para todo mundo, é que eu aprendi a cuidar do meu tempo. Não me enrolo mais como antigamente, entro nas lojas, escolho minhas roupas, vou embora. Peço preços, convido pessoas pra passear, visito amigos longínquos, organizo viagens, me prendo ao teclado pra não responder, faço projetos, escrevo músicas, preparo um tempo pra mim. Notei que o tempo não pode ser meu inimigo, mas meu aliado, então eu usufruio dele muito bem na medida do possível enquanto posso. Em algum momento, ele passa mais rápido, mais devagar, porque se não o fizesse, eu teria deixado parte da minha humanidade que me diz estar preso a ele. Mesmo assim, eu continuo respirando, e aprendendo a controlar minha respiração, meu amadurecimento.

Eu sei que eles tem o mesmo objetivo que nós, mas nesta noite podem se tornar nossa pior barreira, porque de alguma maneira não querem que nossa oração por ele funcione!

domingo, 22 de novembro de 2009

Probability

Não existe probabilidade que indique a próxima atitude com poder suficiente para mudar o rumo dos acontecimentos da sua vida. É falho pensar que se tem o controle em algum momento, acho que seria burrice imaginar, e continuar imaginando que é você quem segura o mundo nas mãos. Sem sombra de dúvida, se tem algo que eu penso saber sobre a vida, é que nada, nem uma atitude, nem uma ação repentina, acidente ocasional ou meta pode ser calculado. Acontece que em algum momento, sem planejamento algum, apenas com vontade que o desejo se concretiza-se, as coisas acabam se encaixando. Arrancar cabelos, desesperar-se, gritar a plenos pulmões, não é recomendável, porque quando algo, realmente precisa acontecer, simplesmente acontece.

Iludir-se com a idéia frustrada de que você traça a meta e alcança, só funciona no papel. Ajuda em alguns casos, mas só ajuda mesmo, nada além disso. Caso você fosse um empresário tentando comprar uma conta gorda em alguma multinacional e fizesse o que diz a etiqueta, o que diz a boa aparência, o que diz teu livro de cabeceira e o que a sociedade te ensinou, mesmo com todas estas ferramentas que aparentam ser tão afiadas, não há um número que te garanta que todos os teus esforços resultarão em uma promoção, aumento ou férias prolongadas. Nós apenas seguimos os padrões de idéias criadas por nós, que podem dar tanto certo, quanto errado, mas a maioria de nós não gosta de lembrar.
Você pode querer se matar, mas a corda da forca pode arrebentar, alguém pode te fazer boca a boca, os remédios podem não fazer efeito e o tiro pode falhar. Sou contra a idéia de que não mudamos o rumo das situalções, eu acho que o fazemos e muito, mas em quase todas às vezes, nem notamos que usufruímos do poder disso, e nem mesmo sabemos em qual direção executamos tal ação revolucionária. Mudamos vidas de pessoas, mudamos o rumo das nossas próprias histórias por causa de atos tão pequenos, tão insignificantes, que nos faram a longo prazo nunca mais sermos os mesmos, ou vermos o mundo igualmente, e nem notamos isso. Porque? Porque não se pode calcular a probabilidade de um ser humano. Ele a vive mudando.

Eu tentei mudar os números, à minha maneira, com as minhas ações rotineiras e extrovertidas, e eis que a sólida realidade, mexeu na minha estrutura com muita força. Eu revi conceitos que pensava não precisar e repensei meus atos, não adiantou nada. Eu continuei firme e forte, não com relação a tudo, porque o que precisa ser mudado, cortado, editado, é o lixo, e não o pouco de luz que ainda resta. A verdade é que desanimei em algum momento, mesmo não querendo. Eu sei que ninguém gosta de momentos melancólicos, mas eles existem, e eventualmente irão te abordar, seja com alguma ação que você tenha tomado seis meses antes ou algum ítem que esqueceu de cumprir. Não existe maneira de prever algo. Você simplesmente se adapta ao mundo e vive.

A luta dele levou vinte e quatro dias porque rolou uma guerra no mundo invisível!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Decepcionado

E se você sentir vontade de morrer? Como funciona? Você simplesmente decide que quer se atirar da ponta, finge de morto, o que se faz? Eu não me sinto bem. Nem um pouco. Agonia, aquela mão tirana tentando me derrubar, tentando, conseguindo, perdendo terreno, correndo pra algum lugar que nem eu mesmo sei qual é. É só um sentimento de decepção, de perda, de dupla perda, o que causa maior desânimo ainda. Não, de certa forma até o momento de tripla perda então me desculpem os formóis aqui do meu lado, mas essas cadeias carbônicas na minha parede só ficam me repetindo o que eu não deveria ter feito. De quantas marcas tua vida é feita? De quantas marcações, quantos x?

Eu estou tão arruinado agora, tão afundado pela correnteza que mal penso no que fazer, mal penso no que dizer, no que pensar, eu só queria, eu só queria, eu só queria poder voltar oitenta minutos atrás e refazer tudo de novo. Acha que eu posso? Não. Daí bate o desespero, a insegurança, o medo. E tudo começa de novo, todas as dúvidas sobre nove anos de vida, sobre duzentas e trinta escolhas e todo tipo de pântano escorregadio que eu decidi seguir. Nem eu mesmo sei pra onde ir, é só uma questão de tempo até que alguma coisa aconteça.
Daí que me importa meia dúzida de murais na parede, tintas na parede, vermelho escorregando, quando o único lugar que precisava ser marcado se foi? Eu perdi tem noção do que é isso. A única coisa que eu não queria fazer. Agora é tarde, e sim o peso de consciência é enorme, tanto que acaba me esperemendo entre lembranças vazias que me fazem sentir vergonha quando penso no que me tornei, e no que falei.

Eu não quero esta realidade, eu não quero este final. Na verdade eu não tenho a mínima idéia de para onde minha história anda, então a única coisa que conta é a vontade de ser feliz, e a intrigante certeza sobre nada. Pior que sofer uma decepção de alguém, é sofrer uma decepção própria quando se acredita ser capaz de vencer. É melhor você começar a pensar em algum plano, porque pelo que eu imagino, ninguém pode sair ileso desta vez. O tolo sou eu, ou algo parecido, deveria ter ouvido as instruções, não entendo nem uma sílaba deste jogo e persisto em jogá-lo. Simplesmente não sei para onde andar nesta sessão. Prefiro correr sem saber pra onde ir enquanto fujo da decepção.

Vamos ver 2012!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Antes de começar

Uma clave de sol, seguida de algumas consoantes. Uma pausa e um ponto me indicando que eu deveria repetir tudo mais uma vez, eu estou cansado e balanço minha cabeça protestando meus direitos. Eu quero levantar um pouco mais o tom, parar de permitir minhas palavras soarem através de gestos, mas parece impossível para alguém que acredita nisso. Eu penso no céu nublado que vi hoje à tarde, e no modo como as nuvens refletiam aquele sol pesado nos meus olhos, me fazendo cego. Eu odeio me fazer cego, odeio cegueira, odeio cegos por opção. Aquela rua movimentada cheia de psicanalistas me dizendo pra onde andar, me dizendo em qual direção olhar foi demais pra mim, eu simplesmente ignorei todos eles e me fiz entender. Eu não sou seu, tenho opinião, tenho uma voz, e a usei.

Eu desenho nesta rede tão cheia de choques todo meu plano. Cinco pessoas em uma principal falando sobre o acreditam sem dizer uma palavra. Espera, sem palavras? Me esqueci, pensei que tinha dito querer falar um pouco, expressar um pouco, abrir esta boca. Talvez em outra ocasião meu rapaz, talvez em outra ocasião. Se você quiser chocar alguém, mexer com sua alma, precisa de palavras pesadas, imagens pesadas, sentidos pesados. Visual. Isso, setenta e cinco por cento das pessoas, ou mais, são visuais. Isso me lembra que não ensaiei nada para o casamento da minha antiga melhor amiga de infância, e ainda preciso tocar com um professor. É realmente perdi a noção do tempo olhando pra estas nuvens.
Um menino mais novo, uma meninas dois anos mais velha, ambos sobre um patinete em um filme rodado quatro anos atrás. Porque todo filme na casa de outras pessoas parece melhor do que na nossa? Sempre me esqueço de perguntar isso. Talvez quem me visite pense o mesmo, talvez quem enxerga meu acervo musical no computador pense o mesmo, talvez o gramado verde do vizinho realmente expanda-se mais verde que no nosso. Questão de espaço, de mente, sem importância alguma. A única grama que eu preciso tem se mostrado tão verde que não sinto vontade de olhar para jardim algum, em nenhuma parte. Eu me sinto feliz pela minha cisterna, e consigo sentir o que meu pai me ensinou um dia. Isso me faz feliz.

Eu deveria arrancar esta pilha de papel branco da minha parede, expõe-se agradável, mas me remete alguma aurora infurecida mesclando-se a parede. Não gosto de camuflagens, não gosto de segundas histórias, segundas faces, segundas intenções, eu evito isso, eu acabo com isso, com todo este tipo de falsidade. Entrando em algum idioma degradante, eu não suporto o tato que certas pessoas tem com necessitados. Mas quem sou eu pra julgar, já devo ter cometido meus próprios pecados, minhas próprias acusações. Não, eu não estou aqui para atirar no peito de alguém, a última alternativa que pretendo assinalar agora, nesta hora da manhã, é a execução da criança que não soube o que fazer e desistiu mesmo antes de começar. Falência, é como eu definiria. Não julgo.

Eu me dei conta do quanto estou disposto a me empenhar...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

New

Sentir-se mais, sentir-se pela primeira vez, enxergar todas as coisas com primeiros olhares, com novas expectativas. Não envolver-se com segundas intenções, nem mesmo com algum negativismo subsistencial. Imagine mil e seiscentas e dezessete notas novas sobre uma folha. Imagina novas histórias pra fazerem crianças amarem dormir, amarem acordar, amarem outras crianças. Paz, talvez paz. Talvez a melhor arma não devesse ser o novo, deveria por sua vez ser a música, o conto, o desenho, esse novo ar que eu respiro? Eu já não sei. Existe o Frankstein e o cavaleiro que corre nos campos de Nárnia, nos prados do Condado, em alguma terra Élfica, alguém armado pelo braço com metal ou pelo corpo inteiro? Me encontro mais uma vez. Me sinto novo. Eu sou mais que um cavaleiro em algum campo épico, eu sou o David, novo.

Quanto existe dentro de mim com vontade de descer alguma geleira na Austrália e conhecer alguma nova praia com águas térmicas vulcânicas. Existe mais em mim do que eu consigo ver. Conseguir me mostrar isso, me tirar de casa nos dias em que eu vivo, me fazer ficar horas pensando nos mesmos planos e me sentir feliz por isso. Realmente a minha palavra é novo, não existe ânimo maior que este. Um, sim apenas um maior que este, ainda não experimentei, mas meu respirar que sente todas as consoantes desenhadas me diz que eu posso experimentar e que eu devo. Pensar nisso me lembra música, me lembra lutar, me lembra o maior salto que já experimentei, excluindo de mim o medo de impacto, o medo da quebra, o medo do desconhecido.
Tomou os meus maus frutos e substitui por bons, que acabaram virando sorrisos ou algo parecido. Então eu peço que quando eu começar a falar sobre bobagens e criancisses apenas me cale. Me deixe em silêncio e me dê boas palavras. Eu quero esquecer sobre dúvidas, sobre pequenos sonhos, ou grandes sonhos mau planejados. Eu quero me lembrar sobre todas as vezes em que fui bom em alguma coisa, sobre todas as vezes que acertei o alvo. Quando eu errar, me lembre porque o fiz, me lembre porque não o devo fazer. Tão simples, complico tudo, você me simplifica, e não o faz.

Sangue do meu sangue, olhos nos meus olhos, mãos que sentem meu coração e que sabem o que ele diz com suas batidas. Ninguém entende o que se passa entre dois mundos, ninguém entende o que se passa durante a noite e o dia. Ninguém quer virar a noite e descobrir, ninguém pensou em nós nestes anos todos e ninguém esperou que fosse você. Ninguém esperou que fosse eu, mas nós estávamos projetados em alguma cartolina cheia de cores que eu nem você poderia ver. Talvez fossemos algum esboço, alguma decidida comédia romantica para adolescentes que nunca existiram. Sonhado por não sonhado, eu conheço a explosão da nova vida, de viver, de respirar sem pensar no pouco e nem no muito, somente no agora. Aprendi a viver, e buscar vida. Novamente, nova, novo. Subsistencial.

Eu me sinto bem, eu agarro pequenas certezas e tomo posse delas quando as sinto grandes!

domingo, 8 de novembro de 2009

Secrets

Amar mais é como aumentar o botão "erupção" em uma caldeira à cem graus. Amar menos é como pedir para que o tiro acerte você. Eu me lembro de desenhos que fiz, e de muitas sonhos como este que de alguma forma se perderam. Eu não sei bem qual o problema com pessoas jovens, com jovens idosos que só pensam no contexto explícito de agirem na conciência e deixar todo resto sumir como fumaça. Desvairados, a maioria foge pra faculdades. Quem eu queria ser mesmo? Eu queria viajar ou me amarrar a algum lugar? Não lembro. O que eu faço é segurar todas as pontas dos meus problemas, e ajudar a mais próxima que se encontra ao meu lado. Não estou preocupado com o amanhã e sim com o agora. Isso me causa preconceito, eu não me importo.

Porque você passa horas na frente do espelho, quando a parte mais bonita em você não se faz vista por quem deveria ver. Eu simplesmente me encolho, eu não dou bola, eu não encho o saco e nem a bola. Eu faço o que devo e deixo as pessoas pensarem sobre o que eu falo. Descobri que faço as pessoas meditarem, pensarem sobre a vida, sobre as escolhas e toda essa massa interrogativa e estereotipada. No fim eu deixo os pensamentos voarem em algum momento e corro de volta a época em que eu sentava no banco e não fazia nada. Mas essa fase passou, eu sou diferente, e se existe algo diferente é o saber que não tenho segredos.
Segredos, ah como eles sempre me fazem lembrar do verão. Não que eu tenha feito algo no verão, mas amo o inverno e o que ele sempre me traz. No último eu ganhei algo embrulhado numa manta, e a memória tornou-se persuasiva, não a esqueço tão fácil. Talvez fácil como aconteceu, mas as palavras me rompem como papel amaciado e eu me sinto tomado por elas. Enfim tudo mudou pra mim, e tanto tempo, tanto tempo mesmo passou pra mim. Como se semanas fossem horas e meses fossem segundos. O tempo se perdeu nos meus pensamentos.

Não me perdi. Me encontrei. Mais do que em qualquer fase da minha vida. Eu entendo agora o amor dos coríntios. Aquele da décima terceira conjugação, não se trata de paixão cheia de fogo, mas sim de saber viver alegria, tristeza, dias de sofrimento e também de alegria. Todos os tipos de sentimentos lavados de reviravoltas, de compreensão. Amor compreende, amor luta. Paixão dispersa, com pouco tempo leva a desistência. Eu penso nos amores, nos rostos infortunos do passado e lembro do meu futuro, dos meus presentes. Eu sei caminhar na direção certa, eu sei onde estou. E pela primeira vez na minha vida, eu sei onde estou. Nada muda minha alegria, nada rouba minha alegria. Ninguém consegue tirar nada de mim. Eu sou o que sou. Eu mesmo.

Apresento a vocês o irmão gemada, quem mandou pintar esse cabelo! E depois, não esqueçam festa na piscina da Sarah!

sábado, 7 de novembro de 2009

Purpose

Eu te encontrei e não te deixei ir. Não importa o que as pessoas me digam, a verdade é que eu sei o que tenho em mãos. Simples, complicada, cheia da falta de curiosidade e desta vez, cheia de curiosidade em falta. Eu não me canso em pensar todos os dias como o mundo pode dar voltas e te levar pra lugares onde você nunca imaginou estar. Essa semana foi boa, pelo menos pra mim. Na segunda um amigo meu caiu de moto quando a gente voltava da chácara, mas deu tudo certo, e de noite a gente descobriu os principais motivos do acontecido. Eu tenho sido agradecido pelos meus dias, porque tudo tem completado as expectativas. Tem sido perfeito em todas as imperfeições. Em outras palavras, eu me sinto feliz no vermelho. Eu me sinto feliz.

Sabe quando a irritação de um dia frustrante sobe a cabeça e tudo começa a rodar querendo de alguma maneira te levar para o chão? Eu creio que descobri a maneira certa de vencer tudo isso. Apenas um pensamento e tudo é o mesmo mais uma vez, apenas uma pessoa muda toda minha semana, apenas uma idéia em comum e tudo volta ao normal, sou o mesmo outra vez. Tenho desenterrado uma força agradável e inexplorada por mim durante muito tempo. Eu sinto que desperdicei minha vida sem ter vivido este momento. Sem ter visualizado esta saída para mim. Sei que tudo vai dar certo, eu sou positivo quando deixo aquele pensamento me preencher.
Pra poder entender o agora, pense em um grande deserto de terra. E jogue uma bomba de urânio nele, espere a poeira baixar e plante boas árvores. Espera as árvores crescerem e colha bons frutos, espere os frutos lhe concederem boas lembranças e use-as quando desanimar. Tudo pode ser melhor, pode ser mais bonito, ou de alguma maneira aconchegante se houver a pequena possibilidade de acreditar. Uma pequena promessa. Um pequeno ato. Tudo muda com um pequeno ato. Sempre.

Eu precisei acreditar no impossível. Realmente tomei pela mão um pequeno ato e comecei a cultivá-lo, deu resultado. E me fez tão feliz não só como pessoa, resultado, ou ato meu, mas com o que guardo dentro de mim. Esqueço que certas coisas me são inalcançáveis, tudo é simples. Branco, preto. Não há cinza aqui, e nos dias de sol não lembro de ter encontrado algum tipo de empecilho. Não me sinto triste em dizer, em fazer, em nenhum momento. Eu só quero pagar pelo tempo perdido, eu quero encontrar e refazer meus sonhos de alguma maneira, mesmo que longe daqui. Começando por aqui. Terminando em mim. Eu sei que fui formado para pisar em lugares mais sólidos que meus pensamentos. E eu tenho visto impossíveis. Encontrei meu propósito. É mais do que meus olhos viram por sinal.

"Nunca pensei que eu fosse pisar aqui, alí, lá outra vez..."