domingo, 30 de novembro de 2008

More than I smille

A nossa vida leva tanto tempo pra ser mudada, e tão pouco pra dar uma volta completa. Ultimamente tudo é relativo, você pode passar dez horas correndo, e não ter corrido nem um pouco. Ou pode-se dizer que disse tudo que não queria dizer e disse. Relativo. Porque quando eu passei naqueles dias em que não se sabia mais se chuva ou sol dominava a rua, as pessoas estavam descontentes com o que eram. Com o que haviam se tornado, mas ninguém sabia disso, já estamos acostumados com essa névoa.

O meu mundo, o meu mundinho, o meus substantivos que as pessoas tenta colocar no diminutivo, instruídos por outros, por uma sociedade, secreta, alerta. Ultimamente a situação caminha feia pelo passar dos sóis e luas. É incrível ver as pessoas não acreditarem no que existe e abraçarem o que pensam não existir. Eu queria mesmo um copo da água, um sofa amarelo, um dia de sol. Uma núvem agradável aos meus pés e muitas peças novas.
Quando eu desisti do que havia começado, me deparei com algo bonito, singular, azedo. Não queria ter me envolvido tanto, poderia ter corrido, fugido, enquanto era tempo. Mas eu esqueci um pedaço de mim atrás, naquele mês de enchente. Enchente da alma e do coração. Eu não devia esquecer minhas tradições, raízes, sementes. Hora de voltar, hora de abraçar minha viagem e correr pro único lugar do mundo que me faz mais feliz.

Correr como Paulo dizia, correr. Fugir do que não pode me deter e vencer, e guardar, e levantar as mãos. Porque tudo que nós fizermos vai dar certo. Isso é certo. É certo como os últimos montes têm sido. E como ele tem protegido todos os meus amigos. Mesmo quando todos estão dormindo, mesmo quando todos estão calados, mesmo quando são duas horas da manhã e eu me encontro falando contigo. E você diz que nada pode acontecer, a menos que eu peça. Então espere por mim.

Tudo que nós fizermos vai dar certo!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Lost - You found me





I
found God on the corner of first and amistad
Where the west was all but won all alone
I said,"where You been? "He said,"ask anything"

Where were You when everything was falling apart?
All my days were spent by the telephone it never rang
And all I needed was a call it never came
To the corner of first and Amistad

Lost and insecure You found me,You found me
Lying on the floor surrounded, surrounded
Why'd You have to wait?
Where were You? Where were You?
Just a little late You found me, you found me

But in the end everyone ends up alone
Losing her the only one who's ever know
Who I am, who I'm not and who I want to be
No way to know how long she will be next to me

Early morning the city breaks
And I've been calling for years and years, and years, and years
And you never left me no messages and you never sent me no letters
You got some kind of nerve taking all that I want

Lost and insecure You found me, you found me
Lying on the floor Where were You? Where were You?
Why'd you have to wait to find me? To find me?

[sahnilertne sa aiel] - Find yourself lost
[Dedicado a todos que realmente já viveram isto]

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

The links

Eu amava fazer cartões, aqueles do dia dos namorados, bem dos namorados não, mas pelo menos para as pessoas que eu julgava especial. Enfim, me refiro a um em especial ano passado, em que o Henn me ajudava a montar por não ter o que fazer, ou por parceria. Milhares de frases, seleções das menos melosas, e uma quantidade enorme de desenhos pra cada. Uma das melhores histórias românticas da minha vida, às vezes dá pra ouvir o Lucas dizendo "Perdeu, nunca mais...", e provavelmente por isso eu enfrentei meus medos, atravessando a faixa de Gaza pela garota dos sonhos. Coisas do passado, experiências simples que me fizeram crescer.

E agora com Lilian comentando, tomara que não dê enchente outra vez. Ainda pretendo usar meu ticket do panda, não esquece que eu tirei férias pra mudança, não morri, tudo questão de monólogo. Quanto ao resto do mundo pessoal, eu não estou na fase seriado da minha vida, mesmo que eu viva nela. Descobri recentemente que não estou mais dando bailes e muito menos festinhas bombantes. Pra que todos saibam, eu tenho gostado de estar da maneira que estou, e vivo do jeito que sou. Complicado.
Ultimamente eu só quero crescer, só isso. E anônima, manda um abraço pro teu pai e pra tua mãe, faz tempo que eu não vejo os dois. Afinal, são gente fina. No fim do dia de hoje tinha algo novo pra aprender. O bom de tudo é que a metáfora que o pregador usou foi basicamente o que temos feito. Tanto passarinho que só come, e quando não gosta da comida, blué. A idéia é treinar, e quando estiver bem, mandar para o mundo.

A nota dos meus sentimentos vem a seguir. A dúvida sobre meu plano escrito e traçado a tempo por meus pais. Ou parte deles. Ou nenhum deles. Talvez eu não seja bem o que todo mundo fala, ou o que todo mundo pensa. Nem todo mundo me conhce bem. Eu gostaria de traçar um caminho, mas não vejo outro pra caminhar. E mesmo que eu tente contra minha vontade fugir, o caminho me empurra pro meio da estrada. Como histórias da vida que você é pré-destinado a ser. E se você não for, todo mundo esquece você.

Ah, agora caiu a ficha, entendi o porquê dos nomes, é porque são cunhadas!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Last piece of my heart

Eu estava cansado de procurá-la, eu havia perdido a única coisa que me valia, e tudo ao meu redor girava. Risadas, cheiros, cores vivas. Eu não conseguia encontrá-la. Tantas pessoas gritando, festejando a vida, dizendo o que não conseguia, eu estava naquele deserto, coberto por luzes que confundiam meus sentidos. E meus amigos assim como eu assustados, com olhos arregalados procuravam comigo. Como tudo aconteceu, ninguém sabe, e se em algum momento eu a perdesse, tudo, todas as coisas seriam perdidas, foi quando olhei para o beco, ela estava caída no chão.

O meu coração é feito de pedaços, pedaços consertados, pedaços regenerados, amados, odiados, colados, montados, enfeitados, disfarçados. Existem tantas definições para casa um, que às vezes preciso de uma lupa para enxergá-los. Cada um representa uma história, um conselho, uma perda. Lá estava ela, sem saber que pedaço do meu coração escolher, e eu correndo com todas as forças pra salvar a última pérola que sobrara. Quem diria que alguém tão calado tivesse sentimentos.
Com ela em meus braços, cabeça baixa, escuridão da noite, beco sem saída, passos cansados, braços sem força. Olhares desviados, e todas os outros fugindo, porque naquele momento eu lembrei que um dia mandei nas florestas, e fui senhor das montanhas, mas aqui, neste lugar, de nada vale, ela está morrendo em meus braços, perdida, aniquilada. E foi tarde demais, eu cheguei tarde demais, acordei tarde demais, e não sei se ela escolheu o último pedaço do meu coração. Não sei o que ela pretende com ele.

Eu espero, imaginando se há uma segunda chance pra mim, ou se meu tempo passou, se os médicos podem cuidar do coração dela, ou se algum perdão possa ser dado. Corra, é meu conselho, com todas as forças, antes que o seu amor morra, antes que o seu olhar sincero esvaia com a inspiração do mundo. Naquele momento eu queria, esperava que ela vivesse, foi quando ela disse é demais pra perdoar, é demais. Talvez não valha a pena. Talvez eu devesse partir. E eu apenas disse que o que mais doia, era eu não sentir nada. Porque meus sentimentos foram arrancados no dia em que ela partiu.

Anônima lembra os cartões que o Henn me ajudava a escrever ano passado! Coisa hilária isso.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Oh yeah baby, I found you

Minha anônima, realmente não mentiu a idade, tem dezessete, ela ama Deus, tem cabelo castanho escuro, e acredite isto não é um chute. No armário dela, pelo menos no ano passado ela tinha uma camiseta, ou seria, camisa, rosa com estampa escrita em azul marinho. Tinha sapatos, sandalhas, bem, não sei, bem claros, provavelmente brancos, e por fim cabelos lisos até os ombros. Como eu fiquei sabendo? Gravações de inaugurações são o máximo. Principalmente quando eu tenho uma guardada no armário. Só demorei tanto tempo porque imaginei que a gente ainda frequentasse lugares em comum. Enfim, I found you. Porque fiquei com os dez por cento, e um dvd.

É, o crucial, como nome, e quem conheço mais na tua família eu não vou deixar na cara, afinal eu gostei daquela parte do suspense. Mas certamente não teria pensado de cara. Afinal se eu não me engano, a minha anônima também está tentando entrar em medicina. Oh não, eu estraguei tudo, bem agora todo mundo sabe que eu quero medicina. Beleza, acho que desta vez vale a pena. Afinal não tem porque se esoconder.
Ah o suspense, quem dera ele fosse melhor, quem dera eu não tivesse ganhado informações demais, quem dera eu não tivesse pegado minha gravação. Porque quem dera? Afinal eu não sei de nada mesmo, ou não quero, ou prefiro, ou espero, ou anseio não saber quem é. Então anônima, seja quem for, não se revele, deixe tudo continuar igual, pelo menos eu tenho algo com mais de três linhas pra ler na madrugada, ah e não se preocupe, mais gente vem ler a nossa história.

Se é que você me entende, minha vida virou o gossip girl agora e algumas pessoas vem todos os dias dar uma olhada nos meus textos e nas suas respostas. E ah, não, o meu contador não está errado, nem os códigos escritos neles, se você souber o site pra entrar, e o download a baixar, descobre bem quem te acompanha. E isso rula. Oh yeah baby, the hunt is over. Here I'm again. E todo mundo todos nós, todo o resto continue cantando, porque amanhã quem começa a carteira de motorista sou eu, e sim, eu ouvirei muitos, até que enfim, David, estava na hora.

Espera aí, inauguração? Wow, descobri...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Today is the day

Eu descobri, não encobri quem é você. Ahá, loira, dezessete, mas eu não acho que a gente foi apresentado de longe. Porque eu sentei quase ao seu lado. Sendo assim eu tenho quase noventa por cento de certeza de que a caça à anônima teve seus dias acabados. É, a parte mais difícil era tentar descobrir quem pensaria que estaria atrapalhando por aqui. Vocês não vêem que o mundo está girando e hoje é o dia, o dia de fazer tudo e mais um pouco. Levantar, trabalhar, conversar, "verbar". Acionar tudo que o meu mundo faz e torná-lo diferente.

Bem, Porto Alegre foi ótimo. Pessoas cancelando a viagem as quatro e meia da manhã por mensagem de texto, mais pessoas do que estas encontrando-se na frente de uma escola da qual não faço mais parte. E um motorista que amava desligar o ar, ou escutar um pagode. Tudo que a gente esperava contar para os netos. Visto isso, o resto foi bobagem, a estrutura porto alegrense sempre enorme e antiga, diga-se isso de passagem nos fez deslumbrar o que se via no caminho, idéia turista confesso.
Escolhas entre comidas que não se vê todo dia, e muita risada por causa de flores não entregues, ou admiradores que não conseguem seus feitos de primeira na fila do Mac. Um cinema cheio de opções onde três grupos decidiram assistir, musical, comédia, e ação. Quando cansados, fomos dançar, e enquanto dançávamos, cansamos de tudo aquilo rapidamente. Exceto pelos que queriam fazer tudo mais uma vez. Para o dia acabar, apagar, desenvolver.

Então agora é hora de sair e compor muito, o máximo, e fazer de cada frase alguma coisa nova. E quando nós tivermos muito mais, tudo beleza então digo eu. Eu vou hoje todo emocionadamente feliz, e o mundo eu não sei, o mundo é grande demais pra mim, pra todos, mas só um ponto se eu puder acreditar que eu consigo fazer mais que o possível provável pra todos e mais alguns. Ah, quem se importa com o mundo, ah sim, nós todos. Oh yeah baby, let's dance, porque hoje é o dia.

I want it all, want it, want it...

sábado, 22 de novembro de 2008

Vulnerável a felicidade

E se eu estiver me enterrando no meio do deserto, enquanto alguém canta algo sobre um violino quebrado? E se eu estiver entrando em um caminho sem volta? Eu estou? É vergonhoso não se saber pra onde vai, e escrever isso milhares de vezes em uma rocha. Ah, sim, eu tenho um anônim'a' que escreve todos os dias, não poderia deixar de notar isso. Diz ela que ora por mim, que queria me dar um abraço e tudo mais. E escreve bem, acho que ela deveria ter um blog. Talvez eu pudesse comentar lá, talvez ela pudesse aparecer e dizer, hey sou eu. Não, esse tipo de coisa só acontece em filme ou novela. A vida é um pouco mais complicada. Agora, eu só quero pensar em cinco minutos do dia.

Cinco, quinze, talvez vinte. Eu só precisei de vinte pra ser feliz. Como eu posso ser tão vulnerável a felicidade? Às pessoas? Eu queria ser um pouquinho mais fechado às vezes. Sabe, ser menos político e um pouco mais tímido, acabo falando besteira, bobagem, idiotice e me lembro que uma certa parte do David não espera morrer, e nem ao menos quer. A parte criança interior digamos assim, aquele pedaço que vem comigo desde sempre, e que me envergonha na frente das pessoas sérias.
Ao anônimo tudo que eu tenho a dizer é, da minha igreja parece não ser. E não conheço muitas jovens de dezessete. O palavreado não aparenta dezessete, e a maioria das palavras me impõe alguém que realmente leu algum livro de capa escura por algum bom tempo. Ou seja, eu estou no branco, no escuro, sem saber nada. Afinal, perto de mim, você não está. Chega a me assustar. Mas o blog já estava cansado de não ser correspondido. Enfim, a aventura começa.

Viagem pra Porto Alegre esse final de semana, com os jovens da igreja e tudo mais, a van mais rápida que eu fechei em muito tempo. Me assustei também. O pessoas espera ir pra Gramado, parece que vou lotar um ônibus. No mais, por enquanto eu pareço bem, e por algum tempo, parece que vai ser assim, agora é hora de esperar mais um comentário de muitas linhas de um novo alguém, que provavelmente deve escrever todos os comentários deste blog. Ou seriam dois anonimos? Quem sabe? Hora de esperar.

Still falling, inside of me...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Tired

Cansado de ter de me explicar, e de precisar passar horas pensando no que escrever. Cansado de estar cansado, de ser dramático. Eu estou cansado disso tudo. Não aguento mais as mentiras, a falsidade, o vazio em tentar ser só. Eu preciso só de uma mão, que nunca vi, nunca conheci. Preciso de alguém com quem nunca sonhei, mas sei que existe. Eu estou cansado de acreditar nas pessoas, de confiar nas pessoas, de ajudar as pessoas. Porque no fim das contas, no fim do dia, no fim dos anos, as pessoas sempre vão embora. Todos te deixam, te traem, te jogam. Ninguém esconde suas mentiras, limpa sua sujeira. Ninguém empresta a mão quando você precisa.

E é por isso que eu estou no deserto, porque eu não quero mais ouvir a sua voz falando no meu ouvido, quando eu realmente não deveria te escutar. Eu estou caminhando sobre a areia pra que o sol quente da vida possa mudar meus pensamentos bobos em maduros e diretos. Eu estou isolado, pra que eu não me torne o que vi muitos como eu acabaram se tornando. Eu simplesmente não queria estar naquele lugar naquela hora. No fundo, eu realmente esperava não esperando que a minha vida fosse um seriado, uma peça, um filme, mas como meu pai já dizia, a vida não é um filme, e na vida real, nada é fácil.
Eu estou cansado de bancar o forte quando se passam mais de trezentos e sessenta e cinco dias que eu quero chorar. Eu estou cansado de tentar e não conseguir, eu simplesmente quero desistir, mas não tenho com quem contar. Eu estou no dia difícil, no dia em que as minhas forças, os meus segredos, as minhas dores se esvaíram, e o que quero, é segurar uma mão desconhecida, que me dê forças quando eu estiver no escuro, em um momento de fraqueza.

Eu não quero minha velha vida, minhas velhas feridas, sendo criança, com suas atitudes bobas, suas piadas atrapalhadas, com cara de quem nada pode. Eu só queria poder viver um dia, em que meu coração batesse de novo, e a vida pudesse ter cor, sabe, poder ver os pássaros voar de novo, e as crianças sorrirem, eu estou morrendo e ninguém está enxergando, porque eu entrei demais em um deserto amarelo, amarelado, seco, acabado, por fim cansado. Não sei pra onde ir, pra onde andar, se devo sentar. Onde está você ? Alguém me salve, eu preciso ficar em pé, por favor alguém me ouça.

Hide and seek, all those years, they were here first!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

I just miss it

Então eu falhei. Eu perdi o foco, eu perdi, estou perdido. Se eu pudesse apenas pintar um quadro retratando minha tristeza, seria alguém que após ter cansado de correr, sentou na estrada. Eu odeio o fato de ter deixado cair das minhas mãos. É frustrante. Tudo que eu quero é ser alguém sem falhar, ou pelo menos fazendo o máximo pra nunca falhar. A frase "ninguém é perfeito" ecoa na minha cabeça, a "errar é humano" também aproveita pra cantarolar, mas eu simplesmente não aceito o fato de não ter conseguido chegar em uma constante. A verdade é que a cada dia que passa eu tendo a não sentir tanta importância pelo assunto, o que me assuta muito. Já tomei várias decisões, e ultimamente imagino ter de usar opções extremas.

Eu realmente queria saber quem é o meu novo anônimo, que anda elogiando os textos. Na verdade eu deveria apenas ficar feliz por não estar criticando como o último, mas como qualquer pessoa, aquela curiosidade acaba matando. Acho que eu consigo conviver com isso, e não anônimo eu não acho nada do que tu escreve sem fundamento. E lá vamos nós mais uma vez. Desta vez o anônimo se puxou, mulher, jovem, cristã, não me sobram muitas opções sobre quem seria, se os adjetivos estiverem corretos. Que seja, todos tem direito de ser o que quiserem, e eu de escrever o que penso.
Ontem eu lembrei do tempo em que eu guardava facas na manga e olhava estrelas do teu lado. Apaixonado. Chato, cansado de tudo isso. Amor, paixão, paixonite aguda, opções das quais tenho fugido ultimamente. A memória, lembranças, pensamentos persistem em me levar àqueles dias refrescantes, e eu deixo, porque não estou realmente voltando pra lá. Além disso, vi algo estes dias que me deixou de boca aberta. Não por fora, mas incrível por dentro. Me abobei, fazia tempo que eu não via este tipo de substantivo, chegou a ser bonito daquelas de guardar na memória.

Eu ainda tenho sonhos, motivos pra viver, e continuar tentando ao máximo ser mais do que uma marionete. Talvez desta vez eu não perca, me forme, tome sentido, direção, desodorante, ou o que te faça confundir a cabeça. Eu quero mais é formar grupos, levantá-los. Chutar os improváveis, os pessimistas e as amarguras, e deixar que aqueles que ainda têm esperança nestes tempos de colher boas bençãos possam correr nos campos espalhando a palavra do Pai. Quem sabe o quão longe eles poderão ir.

Então tá conjunto, segunda janta lá em casa, vai ter pizza, levem o refri, eu levo o "Grande Dave"!

domingo, 16 de novembro de 2008

Construído

A vida é feita de conquistas, não derrotas. Do livro que eu terminei, do carro que comprei, dos filhos que tive, da casa que construí. Nada é feito de quases, ou talvez. Uma vida é sempre colocada sobre um pilar chamado certeza. Quando eu conheço pessoas que dizem que quase conseguiram, quase compraram, quase chegaram, me alegra saber que tentaram, e por mais lindo que possa ser o momento, sei que não foi o ápice de suas vidas. Podem ter tido os melhores momentos tentando, 'quaseando', chegando nas bordas. Mas nunca alcançaram o núcleo de seus sonhos.

Eu não gosto de meias conquistas, de alegrias meio alcançadas, de sonhos meio construídos. A vida é feita pra ter se ter certeza dos meus sonhos. Onde eu vou, depende do meu querer. E se eu não sei por onde ando, não sei onde vou chegar. Não que quando eu precise pensar não goste de caminhar um pouco pra lá e pra cá, mas a verdade é que na vida real nunca existiu caminhar só por caminhar, sonhar por sonhar, querer por querer. É tudo questão de amor por algo.
Eu já iniciei meus sonhos a algum tempo passado. E no começo, exponenciar tudo isso é bem difícil. Não desisti nem nada parecido. Mas descubri nessas andanças que vou precisar me esforçar bem mais do que imaginava. Tudo que eu sou, tudo que eu tenho precisa morrer, pra que alguém com sonhos novos e uma vontade totalmente nova cresça ao ponto que deve estar. A minha vida é alguma coisa quando estou nas mãos do oleiro, porque estou sendo construído. Nada mais do que isto. Eu sou aquilo que você quiser. E apenas isto.

Eu nem ao menos consigo contar meus problemas pra ti, parece que eu cheguei em um lugar na minha vida que ajudo mais do que consigo me ajudar. Eu tento gritar, mas só tenho pesadelos, alguns metros de papéis me dizendo o que devo fazer e algumas idéias, que são poucas pensando no que devo escolher. É difícil pra um rapaz de dexoito anos decidir pela vida tão rápido. Tão seco. Tão rasteiro. Eu tenho sonhos amigos, eu não sei pra onde caminhar. Por isso vou construindo o caminho por onde passo, até que o encontre mais uma vez.

Eu não aceito sair deste lugar sem receber o que você me prometeu!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sonho que acontece

O seu amor é extravagante, tão grande que às vezes por alguns momentos eu me sinto constrangido. Existe tanto espaço naquele coração que antes eu imaginava ser tão pequeno e grande ao mesmo tempo. Eu não sei se posso voltar pra casa quando erra grita o meu velho eu. Todos aqueles campos verdes, amarelos, avermelhados. Eu quero aquela sensação de liberdade e você me dá. Ninguém mais pode me dizer que sou livre, só você. Meus momentos silenciosos, e as manhãs sortidas de velhas colheitas abandonadas pelo vento.

E quando o trovão soa e retine as montanhas fazendo com que se juntem, temendo aquele tremer embaraçoso e te chamo para estar comigo. No meio da madrugada no nosso lugar secreto, a sós no meio do nada. Apenas nós dois. Cantando, olhando estrelas que não existem mais no passado futuro alternativo. Melancolia que toca as veias do meu coração. Vento impetuoso que me disse o que fazer. Se alguma mágica momentanea acabou, quem sou eu para impedir.
O segredo é aquele que não existe. Enfim não existe. O segredo da vida é você quem faz, o tamanho do problema, a dificuldade de solucionar equações sem semelhantes, ou expressões sem linhas faciais. Está tudo na sua vontade. Não depende de alguma regra simples ou composta. Apenas de vontade para resolvê-la. E lá estou eu simples, e imóvel no campo, dizendo pra mim mesmo, que todas as coisas eu posso, qualquer coisa.

E nessa história somente a minha vida ganha algo que pode segurar por muito tempo. Como se algo estivesse para acontecer. Um milagre, uma estrela, algo maior. Quem sabe? A pouco tempo eu não acreditava em grandes luzes no meio do nada, ou que sonhos maiores fossem impossíveis. Mal sabia eu que podia voar, ou desaparecer entre as árvores do outono. Contos meus, seus, de ninguém espalhados nas faculdades daqueles que crêem no que pode ser.

Aproveite cada segundo, porque está é a melhor parte dos teus dias!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Every night

Eu disparava quatro quarteirões, vento batendo contra o rosto, cabelos voando, pensamentos muito longe daquele lugar. A pressa tomava conta daqueles passos tão separados, e tudo que eu queria era tomar conta do meu destino. A necessidade não era correr, não era ser o mais rápido. Tudo que eu queria era chegar, te encontrar, abraçar-te. Ter um encontro contigo, sem pressa, sem tumultos, sem mistos de memórias falhadas. Eu desejava mais uma vez olhos grandes, e vivos, pessoas vindo e sorrindo, eu dividindo a cidade, como um grande mar cinza escuro.

Cada batida do meu coração já parou. Ele não continua sem você, para, dispara, emudece. Como os pés da corça nos lugares altos, fica por ti. Firme, e sem movimento, sem tremer, pestanejar. E se por um momento eu decidisse parar de correr pra te encontrar? E coletasse todas as coisas nas minhas mãos e fosse em direção ao campo, onde tudo está sobre controle, pronto para ser cultivado, criado. Onde os problemas são mais fáceis de encontrar. Desertos a frente, nenhuma esperança além dos meus sonhos, e é no deserto que eu acredito.
Quando as pessoas com seus ternos, maletas e gravatas empoeiradas me olham, como se eu não estivesse ali, como se não pudessem me fitar, encontrar-me, eu fujo. Eu ainda corro pros teus braços, pro teu amor, para paz incomum que eu desisti de procurar sozinho. Existe alegria quando os campos começam a secar, e dos desertos emana água. O que eu digo sobre o campo é que quando tudo começa a formar-se errado eu sinto que fiz a escolha certa, e em parte do tempo sinto sua falta.

Eu corro contra o tempo, vento, sento. Não sei mais quais os motivos desta correria intensa, até que você atinja meu coração com mais uma flecha tão tangente que me torne fraco, alegre, inocente. Eu já não sei mais para onde ir. Te buscar eu vou, minha missão está é. Não existem razões para te deixar esperando, talvez eu não tenha todas as manhãs, mas contigo todas as noites, amor encontramos só um, tempo perdido, muitos. Não perca o seu.

Então nós começaremos o tratamento por sessenta dias, e depois vemos os resultados...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

The hero dies in this one

Aqueles olhos estavam cansados, cheios de lágrimas, borrados, enlamaçados. Era difícil dizer quem estava só. Antes eu enxergava várias peças, cavaleiros, torres e bispos tentando atrapalhar minhas chances. Algum tipo de chuva tem caído sobre todos nós. Nada tem estado no meu caminho, parece que existe um tabuleiro limpo, sem peças. Apenas eu no meio de vários caminhos livres, podendo escolher pra onde eu quero ir. E quando a decisão é minha, torno as coisas difíceis. Não é fácil escolher quando tudo está tão fácil.

Eu posso mudar o mundo. E eu vou mudar. Vou mudar tanto que as pessas ficarão chocadas. Tudo questão de tempo até que eu descubra por qual caminho quero fazer isso. Eu não duvido de mim mesmo. É só a minha vida querendo me abraças e os meus sonhos precisando de mim. Não precisa de tempo, porque eu ainda tenho minha vida, e nesse momento eu posso precisar de um momento pra respirar, por isso posso jogar os problemas como folhas de papel pro alto.
No fim, eu acredito que se continuar no plano de vôo restarão apenas as boas estradas em minha mãos. As boas vozes, os bons compassos, os bons amigos, e todas as boas idéias. E com isso, somado aos projetos, a gratidão incluída em cada dia. Essa é a minha vida, sem motivos, alegre de braços pro ar, sem medo do que vão pensar, andando de bicicleta pelas ruas quando venta muito.E o herói morre, nasce alguém comum.

Eu provavelmente não deveria pensar nisso, e só guardar pra mim, mas é grande demais. E quando seus sonhos são tão grande e querem se espalhar, não existe maneira de impedí-los. Igualmente quando se ama alguém, ou quando dedica-se a algo importante. Os sonhos aos quais eu me dedico tornam-se realidade. Porque todas as coisas correm para o bem daqueles que te amam Deus. E quando você tem o maior dos escritores ao seu lado. Não é necessário inspiração. Você simplesmente respira ela.

Eu quero fazer música, eu quero falar, eu quero montar estruturas que não desmoronem, ensinar o que as pessoas não sabem, mudar o mundo!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Crash into you

A verdade é que em algum momento eu lembrei. Lembrei que não precisava de tantas coisas absurdamente incríveis pra recordar o que é a felicidade. Tão pouco pra mergulhar em um sentimento real até demais. Felicidade é saber que tudo está bem e sentir-se bem com isso. Fazer parte do mundo, e sentir-se bem pelo que você faz. Isso independente de tudo e todos. Como se o mundo pudesse desabar e você não desse a mínima importância. Nesses dias eu esqueço do tempo e tento imaginar o formato que as nuvens poderiam criar. Ando pelas ruas como bobo, canto aquilo que não sabia, não sei aquilo que costumava cantar. E canto.

Entender o porquê de todas as coisas correrem para o meu bem. Simples e claro como água. Em algum momento, por algum motivo tudo começa a se encaixar e as pessoas que você ama são mesmo as que estão por perto. Nestes dias de sol, você se vê o mundo com outros olhos, nem que for por pouco tempo, dá muito mais valor ao que tem, ama de maneira diferente, e pensa, sonha com outro pensar. Suas faculdades limitam-se a saber como vai se sentir, e não como vai chegar lá.
Quando tudo está pronto e seus sonhos são apenas o rascunho do que está por vir, todos começam a te encher de perguntas, dúvidas e crítica. Esperando talvez que todo o seus castelo comece a tremer. Ou que fosse assim. O sábio não é pago para ouvir, sim para pensar. Para medir, e não para improvisar. Que seja um mundo construído de sábios então. E que os tolos não sejam jogados fora. Quem seríamos nós, se nunca tivéssemos aprendido?

Enfim, longa vida ao rei e aos teus sonhos, sim, que durmam e sonhem com outros. Que cruzem campos a procura da felicidade que por segundos te domina completamente debruçando-te contra nuvens intensas e iluminadas. Sorrisos nunca faltam, e tão profundos me fazem imitá-los. Correr para onde os planos não estão sobre mesas e são criados a partir do coração. Sim, do único que nos entende, ou que ao menos, nunca se parte dentro de mim.

Acho que eu não consigo ver isso por mais de dez segundos!

sábado, 8 de novembro de 2008

The leaving song

Naquela época eu costumava rir até minha barriga doer. Eu tinha uma família, um cachorro, alguns amiguinhos de escola. Eu costumava sentar na varanda para comer sorvete em noites quentes de domingo. Eu era o cara que tomava frente quando alguma coisa dava errado. Sempre fui eu quem se irritava nas viagens sobre motoristas que não conheciam o caminho. Eu fui o cara mais sentimental possível, eu dei valor as pessoas, e elas precisavam. Eu cantei, homenageei, candidatei-me e sobrevivi. Recebi a notícia de que minha vida mudaria, mudei, e nem ao menos perguntei porquê. Desde então nunca mais eu fui uma criança. Nunca mais pude ser inocente. Nem ao menos despreocupado.

Eu sei que sou dramático. Mas sempre foi meu jeito de ser, e é assim que eu sou. Comédia, apenas para os tempos em que eu não preciso resolver asneiras. Ou me preocupar com elas. Desde meus tempos nunca mais dormi sem pensar no amanhã. Nunca mais marquei um programa sem pensar na repercussão que teria. Tudo começou a mudar, o que as pessoas falavam, o que os amigos diziam, se diziam, como diziam e sobre o que falavam. Eu fiquei cansado das minhas mudanças. E mudei, pra variar. Eu posso não ser totalmente o senhor felicidade, mas estou bem. Por fim, bem.
Porque a vida começou a mudar enfim. Hoje, eu posso buscar pra mim, pra preencher as minhas necessidades. É difícil, eu confesso, mas eu estou disposto a pagar o preço. Não tenho idéia se funcionará, mas quem disse que alguma vez eu tive certeza de alguma coisa. A verdade é que eu amo. E minhas tentativas tem dado tão certo, que às vezes me apavoram. Enfim, vivendo e descobrindoque nem todos preferem os mesmos caminhos. E nesta hora, eu sigo o meu. Tentando ser meu sonho. Tentando sonhar sozinho.

Essa canção é triste. Mas sacrifícios não são atos felizes. Esta é a última vez, acredito que em muito tempo, que meu coração vem a fora. Hoje começa um tempo diferente em que outra pessoa, começará a escutá-lo, a aconselhá-lo, e amá-lo. Não preciso mais do blog para desabafos. Porque aos poucos eles acabarão. E quando terminarem, tocarei apenas aquela velha música, em acordes surrados, notas rasgadas e melodias amareladas. Para que todos lembrem da canção do rapaz que partia. Para não voltar como costumava ser. Pela última vez.

E eu descobri que meu castelo foi construído, sobre colunas de sal, e areia.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

All of a sudden I miss everyone

Então eu me dei conta de que o tempo estava passando mais uma vez. E tem acontecido com frequência. Eu não tenho notado com o tempo passa rápido. Ontem eram seis anos atrás, e hoje, simplesmente o presente. Eu começo a me preocupar, com o que eu tenho feito, com o que eu vou fazer, e se tenho algum plano guardado. Não sou o tipo que pode dizer que gosta de improvisar, e levando em conta a história de vida, acho que ninguém gostaria. Todo mundo está crescendo, sem exceções. Todos estão seguindo seus caminhos, e a cada dia, isso tem se tornado maior. É hora de pensar no meu.

Ali na frente de todas aquelas pessoas, um bebê estava sendo apresentado. Erguido nas mãos de um pastor. Várias pessoas, na verdade muitas olhando, e muitas testemunhas agrupadas em casais. De repente o bebê é entregue ao pai que passa pelas pessoas mostrando o filho. Com um sorriso no rosto, com aquela expressão tão paterna, com aqueles olhos cheios de amor. E naquele instando houve um clique. Um turbilhão de memórias. Era meu amigo. Ele tem um filho, ele virou pai. Cresceu, é adulto. A vida passa rápido demais.
Parece que foi ontem que colocávamos oito pessoas em um carro enquanto alguém com a carteira provisória, dirigia de encontro a outra cidade. Parece que foi ontem que às três da manhã oito pessoas comiam cachorro quente dentro de uma barbearia por falta de lanchonetes abertas. Tudo parece tão cedo, tão de repente. Tão tarde. Eu nem me dei conta de que envelhecíamos, de que 'adultávamos', de que amadurecíamos. Acho que nunca vou.

Daquele clique eu voltei, meu amigo é um adulto, pai, marido. Eu, eu sou alguém em algum caminho. Traçando hoje uma meta apenas. Ser alguém que valha a pena, e que não desista. Sei que tomei decisões difíceis nos últimos mêses e que talvez eu nunca receba perdão. Eu sei o que sinto, e como ajo com as pessoas. Existem sacríficios quando você quer algo de verdade. Hora de amadurecer, plantar, trabalhar e se tornar alguém. Alguém com um cajado na mão, cajado que cega. Cajado que bate. Cajado, que nunca cairá.

Então, é hora de se preparar, não sozinho, mas em grupo! Acho que isso não é o fim, apenas o começo de uma guerra, precisamos ensinar pessoas a lutar!