quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ponto de partida

Meus amigos são sorrisos colados em paredes, e com um balde branco de tinta, eu pinto as paredes do meu quarto de vermelho. Sempre quis pintar o quarto de vermelho, mas sempre me deram latas brancas. Sempre, brancas, e isso me frustrava. Mas eu tomei coragem, e comprei a mais cara, aborrotei algumas sacolas, e fiz uma mistura amigável, mudei o rumo dos meus muros confortáveis que costumam me guardar durante a noite. Eu conheci a garota do vestido vermelho, e ela não demonstrou nada demais. Eu descobri que ela tinha a peça, a roupa, o tecido, mas quase gargalho quando lembro que a boca fala do que o coração está cheio. Realmente não se deve julgar o livro pela capa.

Meus amigos são sorrisos colados em paredes, nas minhas paredes, tantos deles não sabem pra onde vão, e às vezes por pensar tanto em cada um, eu recordo que é melhor cuidar da trave no meu olho. Eu acabei fazendo tantas coisas diferentes nos últimos meses que esqueci do quão sensacional era redescobrir uma sensação antiga. A de salvar alguém. Acho que ela havia se perdido no caminho, e eu acabei casualmente redescobrindo-a. Situação bastante encantadora e posso dizer que até mesmo mágica. Uma confusão que acabou me lembrando quão simples e incrível a vida pode ser.
Eu tinha esquecido de que abraçar os meus amigos(as), e dizer que são bons(as) amigos(as) era incrível, e que dizer eu te amo pra minha mãe era, uma maneira inteligente de me fazer sentir bem. Eu tinha esquecido que fazer as pessoas ao meu redor felizes era me redescobrir como humano. E por alguns meses eu esqueci que aconselhar quem se sente perdido era ser quem eu realmente sou. Minha identidade voltou num instante, as mudanças somente adaptaram-se, como se fosse algum tipo de bagagem aplicada.

Os dedos pintam um tempo de descobrir quem eu quero ser, e como quero ser. Se realmente quero medicina, ou se desejo simplesmente pintar quadros de olhos fechados. Não me importa muito o amanhã agora, porque tenho sonhado com o agora, e nem as pessoas céticas, porque quem acredita em mim sou eu. Me importa Deus que me fornece oxigênio em caixas, e às vezes o carteiro que me traz promoções mensais. Mas neste momento, eu tenho só uma vontade, descobrir para que direção eu quero ir, e se vou me esforçar por ela.

Você vai começar os vinte e um episódios da segunda temporada de One tree hill...

Nenhum comentário: