quarta-feira, 29 de abril de 2009

Principal conceito

Se fecho os olhos, o primeiro pensamento que enxergo é o de um jovem, com seus braços abertos, em cima de um penhasco, com o mar aos seus pés, o vento bate no seu rosto com impertinência e ele não se importa, a altura trama sua queda, mas ele nada teme, e o céu continua a escurecer. Os braços dele não baixam, ele continua lá, firme, perseverante, sem medo. Quem o enxerga ao longe, imagina que ele seja louco, ou que apenas seja corajoso. Este é o pensamento controverso para todo herói, muito corajoso, ou muito louco. Ninguém nunca aplica ao rapaz do penhasco, que ele acredita no chão que pisa, e não teme o vento que vem e vai. Parece ser simples demais.

Uma coisa que se aprende na vida, é que nada é simples, outra, é de que nada é grátis. Desde os primeiros anos, tentam nos ensinar que encarcerar-se em idéias medíocres sobre a existência humana é preciso. Hoje em dia, eu gostaria de acreditar mais na bondade das pessoas, mas cada vez que penso nisso, penso duas vezes, e enxergo o verdadeiro bobo que me tornei. Toda vez que me ocorre acreditar em todos, me lembro que ninguém é igual, e que posso cair no erro. O mundo deveria ser simples, mas o simples nunca é simples, esse é o conceito principal da vida.
Quando o Henn me contou a verdade eu entendi que nada é simples, que o simples nunca é simples, porque se não for complicado, não reside em graça, mas em monotonia. Eu devo ter tido alguma frescura sobre o ar, mas um aperto eu senti. Situação idiota essa, não queria ter admitido, mas sou claro, como um vidro espelho, onde houver maior luz, lá estou eu mostrando o que sinto, e em certas ocasiões, admito que preferia ser um muro de tijolos vermelhos. A única decisão é saber se vai querer persistir no dia seguinte, e essa decisão, abre uma nova estrada em sua vida. É verdadeiramente importante.

Eu sou um rapaz sobre a colina, sobre o rochedo. Um dia coloquei em mim, dentro de mim, de que o que vivo é algo certo. E o que sinto uma vez, vale até que eu diga o contrário. Que seja claro, eu não vou dizer o contrário, porque eu acredito, e não existe palavra que consiga arrancar isso de mim. Eu me sinto egoísta, me sinto bobo, idiota e até mesmo fora dos conceitos, mas acima de tudo isso, sinto que é a coisa certa a fazer, e jogo tudo fora. Eu me atenho a saber que faço a coisa certa, e creio na certidão de um caminho firme como rocha. Eu moro na rocha, e creio como uma rocha. Firme e perseverante.

Deixa eu ver se eu lembro o nome, como era mesmo...?

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