domingo, 31 de maio de 2009

Don't fight with a punk tonight

Nós costumávamos subir em uma pedra que ficava do outro lado do campo de futebol, a gente sonhava com mil e quinhentas coisas, o que compatilhávamos na época era a paixão por dinossauros, não que algum de nós quisesse casar com um pterosauro, mas o assunto nos interessava bastante. A gente conversava muito, e na época ele era meu melhor amigo, porque, bem, uma criança que encontra em uma sala grande, um amigo que gosta de imaginar-se caçando dinossauros, entre vários outros que só querem ficar no real brincando de carrinho, certamente vai fazer um amigo rápido. E foi mais ou menos assim que eu conheci o Guilherme.

Eu passei muito tempo fora da escola, fiz o fundamental em outro lugar, mas nem precisei muito tempo depois de ter voltado, pra gente lembrar das viagens pré-históricas. Não, as histórias antigas nunca mais aconteceram. Ele arrumou um novo faixa, assim como eu, o Farias, e por volta do segundo ano do ensino médio, depois de muita enrolação, criamos a primeira saída da galera. Aquela noite ficou pra história, como aquela em que não fizemos quase nada, mas conversamos muito, e todo papo que não rolava na escola.
Eu me identifico bastante com o Franzmann, porque desde pequenos nós tínhamos as mesmas idéias imagináveis. O tempo passou e esses dias quando a gente voltava da janta eu ouvi ele dizer "É David, a gente precisa sair mais, nós temos algumas idéias em comum...". Eu também me acho parecido com ele em alguns aspectos difíceis de explicar, mas que estão guardados em algum lugar, e não é a doze no fundo do guarda-roupa, mas a maneira de agir em algumas situações embaraçosas.

Eu prezo ele muito como pessoa, e ele é gente fina, pois além de ser o meu primeiro amigo do grupo, e ter tomado o xingão por ter chegado atrasado na aula no dia dos dinossauros, em função de eu ter me escondido na hora, ele sempre ajuda quem está ao seu redor. A gente não costuma se falar mais tanto, e somente nas reuniões, mas eu sei que quando sentamos e começamos a conversar tudo volta à mesma época, porque as nossas cabeças tem idéias compatíveis, exceto pelo lagarto, e os cachorros assassinos dele. De qualquer forma, eis um amigo do qual vale a pena comentar neste blog, daqueles que a gente guarda durante a vida inteira, ou junto da doze no guarda-roupa.

Abraço véio!

Um comentário:

Leticia Dutra disse...

Que maara *-*