domingo, 20 de dezembro de 2009

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Tempo que não é tempo. Este é o último texto de dezembro comecei a escrevê-lo na madrugada do dia um. E provavelmente o último em que uma imagem aparece tão jogada sobre o canto dos meus pensamentos. De agora em diante, fotos maiores, idéias maiores, menos textos, mais qualidade, sem medo de não ultrapassar dez textos. Afinal eu perdi a droga do tempo e não fiz nada a respeito. Quem estaria em casa meia noite pra atualizar meus textos? Ninguém. Seguinte, eu vou pra praia, pra Austrália, trabalhar bastante até o período de páscoa. Não quero ser interrompido. Vou abrir o blog de novo, qualquer coisa mudo o nome do site e me fecho de novo. Coisa de David.

Eu não sei em que momento as pessoas ficam tristes, porque estar triste é estar abaixo do nível químico cerebral. A substância diminui, nós diminuímos, tudo se junta e confraterniza pra acontecimento, acho que é neste momento que uma galera decide se matar. E neste momento rola de tudo, tanto faca, quanto canivete, quanto alto de prédio e carro contra o cais. Existem também os menos maximizados, que só cortam pedaços, pulsos, cortes fracos. Sangue pra todo lado. Sabe esse tipo de coisa que todo mundo fecha os olhos, grita e chama a polícia.
Na verdade não me convidem pra esse tipo de coisa. A tristeza, a chatice, a inveja não são minha praia, foram, talvez serão por muito tempo, mas hoje, só hoje, a tristeza não faz meus estilo, a alegria também não, nem os outros sentimentos. O que hoje me faz respirar além da existência do meu melhor irmão é saber que eu tenho atitude suficiente de mudar minha história. Isso faz bem pra mente, pro corpo, pro coração principalmente e isso é tudo no momento. Sem cortes, afinal nunca fiz nenhum intencional, sem choro, porque não quero molhar nada, sem risadas forçadas, porque estou sozinho nesse quarto, não preciso agradar ninguém.

Falando em risadas forçadas, elas só me são úteis pra parentes desconhecidos a quem me apresentam, aqueles que contam piadas sem graça e você por educação sopra um rá-rá-rá pra não perder a existência daquele dia. No fim das contas do ano, eu curti dois mil e nove, fiz grandes amigos, escrevi meu primeiro teatro, aprendi a tocar violão, duas decepções amorosas, um talvez amor, um nariz fissurado, um mural, uma causa, um movimento, um grupo de jovens forte, minha primeira prestação, primeiro cartão de banco, primeira carteira de motorista pra motocicleta, uma parede pintada, um apartamente quase comprado e uma vida feliz. Então hoje é um bom dia pra não pensar em ser triste.

"Espera eu comprar um cartão telefônico velho..."

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