domingo, 27 de abril de 2008

Shadow's back

Então chegou a hora em que ele deixa ela na porta de casa. Os dois encaram-se um pouco receosos, ela esperançosa sorri e ele a beija. Um diretor diz "corta" e eu inicio meu texto. Ceninha clichê. A maneira como as pessoas tem se sentido ultimamente tem sido minha última dúvida. Uma lástima sombria tentando saber o porque dos inconvenientes acontecimentos tão comuns aos que eu via antigamente. Não que o sentimento tenha se sobressaído porque o frio não deixa mais meu corpo, mas parece que tudo tem acontecido sempre e sempre iguais.

Os dias são tão iguais que parecem não continuarem a ser nada. Aquela risadinha tão sarcástica tem sido ouvida tantas e tantas vezes que eu nem consigo mais suportá-la. Enfim, tudo tem se repetido por tanto tempo que chegamos ao ponto em que não é possível suportar o canto daquele pintassilgo amarelo que pousa nos fios elétricos. Canta alegre, infantil, mesquinho. Enche os pulmões pra redigir que o dia nasceu. Ah se ele soubesse quantos dias já nasceram.
Me disseram que o frio tem sido um problema. Mas fiquei sem paciência. Cubram-se, e encontrem soluções para os problemas. Sejam bem mais do que um bando de aflitos vigiando a vida alheia. Mandem embora as teias acumuladas no varal. Porque as pessoas lá fora estão congelando e nós não sabemos quanto tempo elas irão suportar. Eu somente entendo que se não encontrarmos uma saída antes do final do dia, precisaremos correr como nunca.

Então, eu recomendo que respire mais vezes, porque um dia o governo iniciará cobrando pelo oxigênio. Eu aconselho e salvar seus amigos enquanto pode e fazer o possível, e impossível para não perder as boas memórias que te restam porque caso contrário. Você estará preso, sem saída, sem horários, sem chaves, sem documentos rasgados e muito menos, uma luz no fim do túnel. Suas memórias são tudo. Nunca perca-as. Nunca!

Ssauro, eu não consigo lembrar de muita coisa, só o básico mesmo...

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