terça-feira, 5 de maio de 2009

Open your heart

Tão clichê, penso eu comigo antes de escrever o quanto sinto tua falta. Eu sempre dei importância para todas as pessoas, e tentava descobrir o mundo ao meu redor, o motivo de tudo isso, da minha existência. Eu costumava parar nas esquinas e olhar o mundo, como um espectador, sentado. Eu enxergava crianças correndo, pais voltando dos seus trabalhos para um lar desconhecidos a mim, cachorros passeando com seus donos, senhores e senhoras em suas caminhadas, jovens atrasados, preocupados com suas vidas fora do comum. Houve um espectador em algum esquina, por muito tempo, mas eu nunca entendi nada. Então eu fechei os meus olhos, e deixei meu orgulho de lado, deixei a ganância, o interesse próprio, e comecei a escutar, cada vez mais alto, mais forte, o som de sessenta e sete mil corações batendo juntos.

Não existe diferença na batida de um coração, você até pode dizer que alguns soam mais alto, mais baixo, com arritmias ventriculares ou não. Mas quando todos batem juntos, como um exercíto, o caminhar de um bando de elefantes, ou as asas de um enxame de abelhas, somos iguais. Quando choramos, sorrimos, gritamos, nascemos, morremos, somos iguais. Não existe diferença em nossas vidas, não existe nada. No fundo, mesmo com rostos diferentes, notas diferentes, roupas diferentes, somos os mesmos, iguais. Nós amamos quem amamos, e fugimos dos levianos, queremos nossos desejos, e excluímos nossas repulsas. Às vezes então, olhamos tanto a cor, o formato, a idade, e esquecemos de perceber que na verdade somos iguais.
O mundo está cheio de pessoas, querendo uma chance de ser alguém, de ser escolhido, de superar-se, lutar por seus ideais, de revolucionar. Existem pessoas incríveis do nosso lado, todos os dias, e boa parte de nós, nem ao menos sabe disso. Existem melhores amigos lado a lado, e eles não sabem, existem heróis lado a lado, e eles não sabem, genios lado a lado, mas ninguém sabe. Nos prendemos demais a nós. Então os corações batem, e de olhos bem fechados, eu enxergo uma luz, vinda do eco de cada coração a bater, o sonar, se torna minha visão, e aquela vasta multidão, cheia de sentimentos, toca seu ritmo como um. Somos apenas um, eu sou um todo. Neste momento os erros são perdoados, e as lágrimas apagadas, não existe nada que possa me parar, eu sei pra onde corro.

Meu conselho: Seja diferente, mude, faça algo que alegre as pessoas. Diga que você ama, quem quer que você ame. Abrace as pessoas que você julga precisarem de um abraço, cumprimente a todos, espalhe alegria neste mundo. Todos precisam de um amigo, todos precisam de um heróis, todos precisam de gargalhadas e sorrisos enormes. Seja um coração cheio de luz no mundo, faça música e cante pra quem não pode ouvir. Não se apague, não se deixe levar por comentários levianos, idéias levianas, pessoas levianas. Seja quem você é, e faça o bem. Não importa o quão clichê isso possa ser, quando você abrir os olhos, vai entender que o orgulho é a pior parte de uma pessoa, e que afasta tudo, todos. Vai entender que o amor vence tudo, e todos, e isso é tudo que importa agora. Feche os seus olhos, e abra os olhos do seu coração, deixe ele bater junto com os outros, e seja uma luz no mundo. Abra seus olhos!

"Eu sou apenas um pedaço de carne, e sei que mereço ficar sozinho, mas eu só gostaria que você não me odiasse..."

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