segunda-feira, 9 de novembro de 2009

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Sentir-se mais, sentir-se pela primeira vez, enxergar todas as coisas com primeiros olhares, com novas expectativas. Não envolver-se com segundas intenções, nem mesmo com algum negativismo subsistencial. Imagine mil e seiscentas e dezessete notas novas sobre uma folha. Imagina novas histórias pra fazerem crianças amarem dormir, amarem acordar, amarem outras crianças. Paz, talvez paz. Talvez a melhor arma não devesse ser o novo, deveria por sua vez ser a música, o conto, o desenho, esse novo ar que eu respiro? Eu já não sei. Existe o Frankstein e o cavaleiro que corre nos campos de Nárnia, nos prados do Condado, em alguma terra Élfica, alguém armado pelo braço com metal ou pelo corpo inteiro? Me encontro mais uma vez. Me sinto novo. Eu sou mais que um cavaleiro em algum campo épico, eu sou o David, novo.

Quanto existe dentro de mim com vontade de descer alguma geleira na Austrália e conhecer alguma nova praia com águas térmicas vulcânicas. Existe mais em mim do que eu consigo ver. Conseguir me mostrar isso, me tirar de casa nos dias em que eu vivo, me fazer ficar horas pensando nos mesmos planos e me sentir feliz por isso. Realmente a minha palavra é novo, não existe ânimo maior que este. Um, sim apenas um maior que este, ainda não experimentei, mas meu respirar que sente todas as consoantes desenhadas me diz que eu posso experimentar e que eu devo. Pensar nisso me lembra música, me lembra lutar, me lembra o maior salto que já experimentei, excluindo de mim o medo de impacto, o medo da quebra, o medo do desconhecido.
Tomou os meus maus frutos e substitui por bons, que acabaram virando sorrisos ou algo parecido. Então eu peço que quando eu começar a falar sobre bobagens e criancisses apenas me cale. Me deixe em silêncio e me dê boas palavras. Eu quero esquecer sobre dúvidas, sobre pequenos sonhos, ou grandes sonhos mau planejados. Eu quero me lembrar sobre todas as vezes em que fui bom em alguma coisa, sobre todas as vezes que acertei o alvo. Quando eu errar, me lembre porque o fiz, me lembre porque não o devo fazer. Tão simples, complico tudo, você me simplifica, e não o faz.

Sangue do meu sangue, olhos nos meus olhos, mãos que sentem meu coração e que sabem o que ele diz com suas batidas. Ninguém entende o que se passa entre dois mundos, ninguém entende o que se passa durante a noite e o dia. Ninguém quer virar a noite e descobrir, ninguém pensou em nós nestes anos todos e ninguém esperou que fosse você. Ninguém esperou que fosse eu, mas nós estávamos projetados em alguma cartolina cheia de cores que eu nem você poderia ver. Talvez fossemos algum esboço, alguma decidida comédia romantica para adolescentes que nunca existiram. Sonhado por não sonhado, eu conheço a explosão da nova vida, de viver, de respirar sem pensar no pouco e nem no muito, somente no agora. Aprendi a viver, e buscar vida. Novamente, nova, novo. Subsistencial.

Eu me sinto bem, eu agarro pequenas certezas e tomo posse delas quando as sinto grandes!

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